15 de abril de 2008

João tributa a bossa em quatro shows no Brasil

Papa da Bossa Nova, João Gilberto volta aos palcos brasileiros em agosto e setembro para render homenagens ao cinqüentenário do gênero que formatou de forma definitiva em julho de 1958 ao gravar a sua revolucionária batida diferente no disco de 78 rotações que seria lançado no mês seguinte, apresentando ao mundo a primeira gravação de Chega de Saudade na voz do cantor. João vai fazer quatro shows no Brasil. Em agosto, o artista vai se apresentar em São Paulo (dias 14 e 15 de agosto, no Auditório Ibirapuera) e Rio de Janeiro (24 de agosto, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro). Em 5 de setembro, João fecha o ciclo de shows nacionais com um recital no Teatro Castro Alves, em Salvador (BA). O patrocinador dessa miniturnê é o Banco Itaú.

24 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Taí um artista que gostaria de assistir um dvd documental ( assim como o ' Coração Vagabundo ' do Caetano Veloso feito pelo Fernando Andrade ).Poderia até ser em cima desses shows pois serão 4 apresentações em 3 belos teatros.

Que João venha ..
Que tenha DVD e participações especiais. E inéditas !

15 de abril de 2008 às 09:56  
Anonymous Anônimo said...

Mas se o João Gilberto não gosta nada de ser rotulado de papa da bossa nova,porque ele esta se rendendo a tal homenagem?Me perdoem a grosseria,mas acho que este senhor esta querendo mesmo é faturar.E com certeza,não vai ser pouco.

15 de abril de 2008 às 09:57  
Blogger Daniel Achedjian said...

Mauro, que noticia para mim! A gente nunca sabe quando vai ser a ultima oportunidade de ver o Joao ao vivo. Ja que tinha a intençao de voltar no Brasil em agosto, até vocé indicou as datas!
Infelizmente, adivinho que os preços dos ingressos vao ser a altura do evento. A ultima vez que assisti a um show dele foi em 2005, na Olympia de Paris.
Abraço

15 de abril de 2008 às 10:03  
Anonymous Anônimo said...

O João não precisa fazer show no Brasil para faturar. Se fosse para faturar, faria show em qualquer lugar do mundo, lotaria e lucraria muito mais. Procure outra razão...

É simplesmente o músico popular mais importante do mundo na atualidade, e um dos mais incríveis de que se tem notícia desde que a música foi gravada pela primeira vez.

15 de abril de 2008 às 11:11  
Anonymous Anônimo said...

Será que ele vai aparecer no dia?

Se eu fosse a produção, deixaria a Rosa Passos de standby.

15 de abril de 2008 às 11:15  
Anonymous Anônimo said...

11:11.Popular??????Hummmm!E vamos aguardar os precinhos dos ingressinhos.Posso estar enganado quanto aos motivos dos shows,se é apenas coincidência com a comemoração dos 50 anos da bossa.Mas o João dizer que não é bossa nova é apenas um sambista,fere e desrespeita o conceito de um movimento formado por pessoas também geniais e admiráveis quanto ele.Para começar do Jobim responsável por 80% dos grandes sucessos que o João canta.Por
mais que ele queira ser,ele não é um tipo artista que se formou e se transformou a parte de um movimento musical.Ao contrário do Jobim.Este sim um gentil gênio da raça.

15 de abril de 2008 às 11:55  
Blogger Ju Oliveira said...

Estarei lá com certeza! Há até alguns anos (2002, 2003) João fazia shows em SP com uma certa regularidade, principalmente na casa Tom Brasil. Fui a vários e eram sempre maravilhosos, só ele, voz e violão. Cada vez que ele canta uma música ela é diferente... Achava que nunca mais iria vê-lo. Ao contrário de outros artistas, o preço que for vale a pena. Esses podem ser os últimos shows que ele faz. Ótima notícia, Mauro, obrigada!

15 de abril de 2008 às 12:33  
Anonymous Anônimo said...

Se alguém sabe já se os ingressos já estão sendo ou qdo serão vendidos, diga por favor aqui.

15 de abril de 2008 às 14:00  
Blogger Flávia C. said...

"Se eu fosse a produção, deixaria a Rosa Passos de standby."

Araca, rolei de rir com seu comentário, hehehehe.

Anônimo das 9:57, independente do fato de João Gilberto rejeitar ou acatar o rótulo de Papa da Bossa Nova, o Mauro não disse que ele vai se render à homenagem, mas que ele vai render homenagem, ou seja, ele também vem ao Brasil para fazer shows em homenagem aos 50 anos do movimento.

É nessas ocasiões que mais sofro por morar fora do eixo Rio-São Paulo. Eventos culturais como esse nunca chegam ao interior do Paraná. =\

15 de abril de 2008 às 14:41  
Anonymous Anônimo said...

Flávia o João mora aqui no Rio.E quando eu digo "se render" não estou deturpando as linhas do Mauro.Apenas constatando mais uma das contradições desde grande gênio.

15 de abril de 2008 às 15:30  
Anonymous Anônimo said...

Já estou juntando a minha grana!

15 de abril de 2008 às 18:31  
Anonymous Anônimo said...

Para a Ju Oliveira
Não acho que a gente deve ir a algum show achando que pode ser o último de algum artista. Coisa mórbida. Mercedes Sosa falou disso quando o empresario anunciou que ela estaria fazendo a sua última digressão.No do JG não vou nem de graça. Como sou correntista do Itaú que é quem tá patrocinando e tendo em vista o lucro que eu dou prá eles estourando diariamente o meu cheque especial e pagando juros estratosféricos, de repente o gerente da minha conta me dá um convite que eu venderei imediatamente, podem crer.

15 de abril de 2008 às 23:32  
Anonymous Anônimo said...

Mauro,

não sabe o quanto esperei por essa notícia...

Certamente estarei no Rio para assistí-lo pela primeira vez.

E para o anônimo das 11:55,

acho que vale a pena repensar a relação Tom e João... É verdade que Tom compôs 80% dos sucessos do João Gilberto, mas atente-se para o fato de que a música de Tom só alcançou a projeção planetária que existe até hoje pelas possibilidades ritmicas criadas por João Gilberto. Mesmo antes de João, Tom já compunha musicas modernas, mas principalmente no que se refere à harmonia. Em se tratando de ritmo, tanto ele quanto todos os colegas fundadores da bossa nova ainda estavam presos ao samba-canção. Só a partir da tal batida diferente INVENTADA por João, que dialogava perfeitamente com as aspirações do grupo, a bossa nova se formou e a música de compositores como Tom, Menescal, Bôscoli, Carlos Lyra ganhou nova dimensão.

"É simplesmente o músico popular mais importante do mundo na atualidade, e um dos mais incríveis de que se tem notícia desde que a música foi gravada pela primeira vez". (2)

Anderson Falcão
Brasília - DF

16 de abril de 2008 às 08:09  
Blogger Pedro Progresso said...

Que inferno, é JOÃO GILBERTO!
Parece que as pessoas falam dele como um artistazinho aí qualquer.
O cara não é apenas o papa da bossa nova, ele é a base e influência de toda grande música que foi produzida de 50 até hoje. Então para com esse discursinho sonsinho, caiam na real, o cara faz show no Brasil de favor mesmo.

O último show dele em SP custou 40 reais, foi no sesc vila mariana em 99, e teve duas horas de duração e NENHUMA reclamação, por que havia estrutura (e nenhum ar condicionado).
Agora como esses shows serão realizados no Auditório do Ibirapuera, provavelmente sairão por 30 reais que é o preço "fixo" de lá.
15 reais meia entrada.
Se o tio quisesse ganhar dinheiro, faria um cd e lançaria no Japão. Ou então faria uma temporada no Carneggie Hall.

16 de abril de 2008 às 09:35  
Anonymous Anônimo said...

Anderson quem quer anular tudo que voce disse e que eu concordo é o próprio John Gilbert.Mas que sem o repertório do Tom eu duvido que ele teria tal projeção.Parece até que você acha que ritmo é superior á harmonia.Por isso que nossa musica esta tão decadente.Sempre se privilegia as batidas perfeitas,né?Pedropeter encantadora sua ingenuidade e admiração pelo John.Agora achar que o lucro uma turnê do Jonh se resumirá apenas nos preços dos ingressos...

16 de abril de 2008 às 14:18  
Blogger Pedro Progresso said...

Não, claro que não é preço dos ingressos. O contrato dele é milionário.

Mas o que interessa pra mim é o preço dos ingressos que EU vou pagar, sempre.
O quanto ele ganha? Espero que seja bastante, por que o show dele não deixa nada a desejar e chega a ser melhor do que os últimos discos de estúdio.

Mas o que eu digo é que as pessoas vem e começam a falar de um jeito tão sonso, que parece que estão falando de um qualquer, entende?
Comentários do tipo: ele quer faturar, ou, negando sua genialidade, me irritam.
hauhauhauahuhauhauhauhauhahauhauhauahuahuah

To doido pra ir ver esse show, mas já vou dizendo que de ingênuo eu não tenho nada!
kkkkkkauihauhauahuauahua

16 de abril de 2008 às 16:25  
Blogger Ju Oliveira said...

Ao anônimo das 11:32,

Não disse que quero ir a esse show porque o João pode morrer a qualquer momento (o que, concordo, seria de mau gosto). Disse apenas o que está realmente escrito: que, como há alguns anos ele não se apresenta no Brasil, esses PODEM SER OS ÚLTIMOS SHOWS QUE ELE FAZ.

Mas, mesmo assim, obrigada por sua preocupação com o meu estado de espírito.

PS - Que tal mudar de banco?

16 de abril de 2008 às 16:49  
Anonymous Anônimo said...

Já assisti a esse provável e derradeiro show:mesmo repertório,mesmo banquinho,mesmo violão...Ah!E os críticos e fãs dizendo:mas a voz,a criatividade,a a técnica perfeita,quanta mínima diferença!

16 de abril de 2008 às 17:14  
Anonymous Anônimo said...

Pois eu tenho medo que o João morra sem que eu assista ao seu show. Por outro lado eu tenho medo de morrer sem assistir ao show do João.
Morrer faz parte da vida!

16 de abril de 2008 às 19:16  
Anonymous Anônimo said...

Anônimo de 2:18 PM,

não me interprete mal.

O encontro de dois gênios como João e Tom em tantos trabalhos só poderia trazer benefícios a ambos. Nesse sentido, não quis dizer que ritmo é mais importante que harmonia, mas sim que, naquele momento pré-bossa nova a música brasileira já apresentava um grande número de composições de harmonia altamente sofisticada como as de Ary Barroso ou posteriormente as dos rapazes da bossa nova (muito influenciados pela construção harmônica do jazz).

A harmonia da bossa nova, por mais elaborada que seja, não chega a ser uma novidade. O x da questão está no ritmo, na batida inventada por João que caiu como uma luva nas canções que surgiam do então pequeno movimento carioca.

Mas devo ressaltar que Tom é, talvez, o compositor de harmonias mais fantásticas que já ouvi e que, o caminho inverso também é totalmente válido. A projeção de João foi muito potencializada pelo repertório jobiniano. Porém, é válido registrar ainda que canções de Caymmi, do próprio Ary Barroso, assim como muitos sambas da década de 30 e 40 também ganharam projeção mundial depois da voz e violão de João Gilberto, como Doralice, Pra machucar meu coração e tantas outras. Até Estate João transformou em standart mundial.

Por fim, só digo mais uma coisa: Não sei se a decadência da música brasileira a que se refere(com a qual eu não concordo, deixo claro) se deve a prevalência do ritmo em detrimento de outros elementos musicais. Só sei que ritmicamente, nada desde 1958 é tão importante quanto a batida de João.

Abraço,

Anderson Falcão
Brasília - DF

16 de abril de 2008 às 21:45  
Anonymous Anônimo said...

Na verdade Anderson,o acontecc é que o violão-voz suavilíssimo do Jonh Gilbert não acontece sem harmonias ou apenas valorizando o rítmo.Coisa que infelizmente não ocorre com frequência na música popular brasileira hoje.A batida é o que interessa.É o ouro da música.Um artista brasileiro especialista e mestre em harmonização dificelmente sobrevive bem aqui.Então um Jonh neste momento(e sempre) é imensamente importante.E quando ele ignora,nega e renega,e as vezes até agride seus parceiros,seguidores,e mesmo eu o considerando o máximo,jamais vou calar a boca ou achar que o cara esta fazendo favor para quem gosta e precisa dele.Viva Caymmi,viva Jobim!Viva a humildade e a generosidade,pois ninguém é um sozinho.Abraços também!

17 de abril de 2008 às 08:12  
Anonymous Anônimo said...

É homenagem á bossa-nova mas dois shows são em $ão Paulo e não no Rio terra que onde foi criada.No final todo artista vai aonde o$ povo$ estai$!Bem,onde esta a sede do Itaú.

17 de abril de 2008 às 09:40  
Anonymous Anônimo said...

Anônimo das 9:40, o Rio de Janeiro continua lindo, apesar da dengue e do prefeito que elegeu, mas a capital cultural do Brasil hoje é São Paulo. Não há como negar. Exemplo: Marisa Monte, expoente de talento e sucesso, carioca da gema, faz mais shows na capital paulista que em sua terra natal. Com João Gilberto não seria diferente. O poder da grana manda, e é assim em todo lugar.

17 de abril de 2008 às 14:22  
Anonymous Anônimo said...

Realmente, brasileiro merece a miséria em que vive.

João Gilberto é o artista mais importante da MPB, e se ele quiser cobrar R$300,00 reais para subir no palco, cantar Chega de saudade e ir embora sem dar tchau, ele PODE e já vai ser muuito.

Esse povo não sabe que João Gilberto revolucionou a estética da MPB, é ignorantes mesmo, ou só tem mau gosto?

Agradeçam pelo Brasil ter um João Gilberto pra chamar de seu.

21 de abril de 2008 às 13:53  

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