Tempo nublado arrisca o luau de Jack Johnson
Resenha de CD
Título: Sleep Through the Static
Artista: Jack Johnson
Gravadora: Universal Music
Cotação: * * 1/2
O quarto álbum do astro Jack Johnson não é tão ensolarado como os três anteriores. Além de outros dissabores, a morte de um primo - Danny Riley, a quem o disco é dedicado - fez nublar o pop luau do compositor surfista. Logo na faixa de abertura, All at Once, Johnson deixa claro que o tempo fechou. Apesar das doses de melancolia, altas demais para um artista habituado a compor as trilhas das rodinhas de beira de praia, Sleep Through the Static não altera substancialmente a rotação do som do cantor havaiano. Até mesmo o uso eventual de guitarra elétrica não dilui a atmosfera acústica do disco. É o violão que dá o tom zen de canções como Angel e, no caso de Johnson, menos é mais - como salienta a minimalista They Do, They Don't, o destaque deste repertório de tom linear. Inteiramente gravado em equipamento analógico movido a energia solar, o álbum assinala a retomada da parceria de Johnson com JP Plunier, o produtor de seu primeiro disco, Brushfire Fairytales (2001). Só que algo já parece fora da ordem. Desilusões não combinam com luaus. Ainda que o flerte ligeiro do surfista com o reggae, em Hope, indique que o tempo poderá abrir como antes nos próximos álbuns do artista.
Título: Sleep Through the Static
Artista: Jack Johnson
Gravadora: Universal Music
Cotação: * * 1/2
O quarto álbum do astro Jack Johnson não é tão ensolarado como os três anteriores. Além de outros dissabores, a morte de um primo - Danny Riley, a quem o disco é dedicado - fez nublar o pop luau do compositor surfista. Logo na faixa de abertura, All at Once, Johnson deixa claro que o tempo fechou. Apesar das doses de melancolia, altas demais para um artista habituado a compor as trilhas das rodinhas de beira de praia, Sleep Through the Static não altera substancialmente a rotação do som do cantor havaiano. Até mesmo o uso eventual de guitarra elétrica não dilui a atmosfera acústica do disco. É o violão que dá o tom zen de canções como Angel e, no caso de Johnson, menos é mais - como salienta a minimalista They Do, They Don't, o destaque deste repertório de tom linear. Inteiramente gravado em equipamento analógico movido a energia solar, o álbum assinala a retomada da parceria de Johnson com JP Plunier, o produtor de seu primeiro disco, Brushfire Fairytales (2001). Só que algo já parece fora da ordem. Desilusões não combinam com luaus. Ainda que o flerte ligeiro do surfista com o reggae, em Hope, indique que o tempo poderá abrir como antes nos próximos álbuns do artista.
3 Comments:
o Mauro sempre usa essa expressão mas não compreendo. O que seria um som ensolarado??
bela metáfora, Mauro. Parabéns
excelente analogia, Mauro...Mantenha-se assim!!!!
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