Santos bate o tambor do congado em ótimo CD
Resenha de CD
Título: Iô Sô
Artista: Sérgio Santos
Gravadora: Biscoito Fino
Cotação: * * * *
Com alguma carga de ancestralidade, a voz de Dori Caymmi abre este CD idealizado por Sérgio Santos com inspiração no congado, o ritmo de origem africana que proliferou na sua nação mineira. Não há ranços folclóricos nessa incursão do compositor pelo congado. O piano de André Mehmari em Senhora do Rosário - tema inspirado no candombe, o ritual do congado em que os antepassados são reverenciados com o bater dos tambores - já sinaliza que não houve intenções ortodoxas nesta pesquisa do artista. E o fato é que Iô Sô reafirma a grandeza de Sérgio Santos, espécie de Guinga das Geraes. Inclusive o grande letrista que põe versos em algumas boas melodias de Santos - Marimba, Falange e Congadeiro, entre outras - é o mesmo Paulo César Pinheiro que já foi parceiro de Guinga. Comparações à parte, Sérgio Santos bate tambor com o auxílio luxuoso da voz de Joyce - em A Caixa Bateu - e apresenta vigorosa safra de canções. Destaques do repertório, Toada Cabocla e Carreiro de São Thiago são ótimos exemplos da inspiração profícua deste compositor que merece ser mais ouvido (e mais gravado). Ainda que pareça pertencer a um outro tempo...
Título: Iô Sô
Artista: Sérgio Santos
Gravadora: Biscoito Fino
Cotação: * * * *
Com alguma carga de ancestralidade, a voz de Dori Caymmi abre este CD idealizado por Sérgio Santos com inspiração no congado, o ritmo de origem africana que proliferou na sua nação mineira. Não há ranços folclóricos nessa incursão do compositor pelo congado. O piano de André Mehmari em Senhora do Rosário - tema inspirado no candombe, o ritual do congado em que os antepassados são reverenciados com o bater dos tambores - já sinaliza que não houve intenções ortodoxas nesta pesquisa do artista. E o fato é que Iô Sô reafirma a grandeza de Sérgio Santos, espécie de Guinga das Geraes. Inclusive o grande letrista que põe versos em algumas boas melodias de Santos - Marimba, Falange e Congadeiro, entre outras - é o mesmo Paulo César Pinheiro que já foi parceiro de Guinga. Comparações à parte, Sérgio Santos bate tambor com o auxílio luxuoso da voz de Joyce - em A Caixa Bateu - e apresenta vigorosa safra de canções. Destaques do repertório, Toada Cabocla e Carreiro de São Thiago são ótimos exemplos da inspiração profícua deste compositor que merece ser mais ouvido (e mais gravado). Ainda que pareça pertencer a um outro tempo...
13 Comments:
desde quando voz de joyce é 'auxílio luxuoso'? faça-me o favor...
mais ouvido, mais gravado e resenhado em mais de um parágrafo, Mauro...
Guilherme,
a voz de Joyce não é auxilio luxuoso a vc, a mim e ao Mauro ela o É.
Num verso da própria Joyce:
"Pintando aquarelas em terra de cegos...
Bordando sutilezas e finas malícias,
Delícias num país que não tem paladar"
O que será que quer dizer "ainda que pareça pertencer a um outro tempo..."? Que tempo é esse? O passado? Porque chegou a essa conclusão? Fico sem entender, porque acho o Áfrico, um dos CDs do Sérgio Santos, um trabalho que vai continuar sendo atual daqui a 50 anos. Ainda não ouvi direito o "Iô Sô", mas do que ouvi, me parece que vai pelo mesmo caminho. E aí Mauro? Explica aí...
Faça-me o favor!! É duro. Questionar dessa forma a voz de uma cantora como a Joyce, que o mundo todo reverencia. E que canta, compõe e toca como poucos. Que bom que esse grande compositor que é o Sérgio Santos pode recorrer a esse auxílio muito mais que luxuosíssimo para fazer ainda mais bonito o seu trabalho. Tenho dois CDs do Sérgio. Esse ainda não ouvi mas já gostei muito!!
Guilherme tem todo o direito de questionar a beleza da voz de qualquer um. Lembrem-se... democracia.
Mas a voz de Joyce é auxílio luxuoso sim. Voz inconfundível, grande artista e compositora, adorável.
Falou uma estrela, Mauro.
Sarapatel.
Alguém sabe onda dá pra conseguir o cd Mulato do Sergio Santos? Valeu!
Adoro a Joyce mas achoq ue o "auxilio luxuoso" vai para todo o conjunto porque ela pode ser moderna, classica, bossa novista, maluquinha, otima compositora, ativista, otima musicista e internacionalissima, e ainda mora no Rio e tem um blog bem lindinho.
Agora, todos meus melhores amigos nao gostam do trabalho dela..o que eh uma pena...eu nao esquento pois todos ja acabaram se rendendo ao meu gosto musical...hahahaha
Em tempo, Joyce pra mim protagoniza um dos mais belos duetos de todos os tempos da MPB gravado no disco "Entre amigos", onde ela simplesmentch abaaaaala junto com Gal na faixa "Misterios"...voz lindissima e afinadssima de Gal e um violao doce e uma voz super delicada de Joyce. Viva elas e viva o "Io so"..ja vou querer comprar.
Eu estou querendo dois cds dele, o Mulato e o Aboio. Se alguém souber, por favor, deixe recado.
Este novo, Iô Sô, eu já encomendei.
Anônimo das 3:04.
O Mulato e o Aboio são dois lindíssimos discos, mas que não se consegue encontrar mesmo. Pelo que parece pertencema a selos que não existem mais. Aboio acho que é da extinta Saci, e Mulato sei que é da Pau Brasil. Como a Biscoito Fino anda relançando coisas da Pau Brasil (Mantiqueira, Monica Salmaso, Gil), o jeito é torcer para que ela relance o Mulato. Ou achar algum amigo que tenha, rsrs.
Joyce já havia participado da faixa "Quilombola" no cd de Sérgio Santos: "Áfrico - Quando o Brasil resolveu cantar" de 2002.
OI SOU DE BELO HORIZONTE, GANHEI UM TAMBOR DE CONGADO- SABE ONE POSSO APRENDER? UM ABRAÇO - HELENICE.
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