Fundo colhe frutos antigos em seu bom quintal
Resenha de CD / DVD
Título: O Quintal do Samba
Artista: Fundo de Quintal
Gravadora: LGK Music / EMI Music
Cotação: * * *
O melhor quintal do samba carioca deu poucos frutos em 2007. Após excelente disco de inéditas (Pela Hora, 2006), o Fundo de Quintal voltou a se refugiar à sombra das regravações ao vivo, por exigências mercadológicas. Editado em CD e em DVD, com o registro do show feito pelo grupo em 25 de agosto no Canecão (RJ), o Quintal do Samba tem baixo teor de novidade. Mesmo os dois ótimos sambas que serão tidos como inéditos - Boca Miúda e Não Sou de Caô - já foram, a rigor, gravados por Jorginho China em disco de 2005 (China é sambista de Nova Iguaçu, Baixada Fluminense, fundador do grupo Pirraça). No mais, há passeio até certo ponto óbvio por sambas de Candeia (Testamento de Partideiro), Paulinho da Viola (Coração Leviano, No Pagode do Vavá, Devagar Miudinho), Dona Ivone Lara (Tiê), Martinho da Vila (Ex-Amor) - com direito, no final, à paradas nas estações da Bahia e de São Paulo. Enfim, O Quintal do Samba é quase projeto de covers, disfarçado pelo roteiro (razoavelmente) amarrado de Túlio Feliciano, diretor do show. Funciona? Sim, até funciona porque o Fundo ainda exibe a melhor cozinha do samba e porque a gravação é calorosa. O grupo comandou o público na palma da mão. Quase literalmente. E ainda tem a reunião de Zeca Pagodinho e Almir Guineto no partido Mole que nem Manteiga. Mesmo em período de entressafra, os velhos frutos do quintal do samba ainda não perderam o sabor. Apesar do mofo do mercado.
Título: O Quintal do Samba
Artista: Fundo de Quintal
Gravadora: LGK Music / EMI Music
Cotação: * * *
O melhor quintal do samba carioca deu poucos frutos em 2007. Após excelente disco de inéditas (Pela Hora, 2006), o Fundo de Quintal voltou a se refugiar à sombra das regravações ao vivo, por exigências mercadológicas. Editado em CD e em DVD, com o registro do show feito pelo grupo em 25 de agosto no Canecão (RJ), o Quintal do Samba tem baixo teor de novidade. Mesmo os dois ótimos sambas que serão tidos como inéditos - Boca Miúda e Não Sou de Caô - já foram, a rigor, gravados por Jorginho China em disco de 2005 (China é sambista de Nova Iguaçu, Baixada Fluminense, fundador do grupo Pirraça). No mais, há passeio até certo ponto óbvio por sambas de Candeia (Testamento de Partideiro), Paulinho da Viola (Coração Leviano, No Pagode do Vavá, Devagar Miudinho), Dona Ivone Lara (Tiê), Martinho da Vila (Ex-Amor) - com direito, no final, à paradas nas estações da Bahia e de São Paulo. Enfim, O Quintal do Samba é quase projeto de covers, disfarçado pelo roteiro (razoavelmente) amarrado de Túlio Feliciano, diretor do show. Funciona? Sim, até funciona porque o Fundo ainda exibe a melhor cozinha do samba e porque a gravação é calorosa. O grupo comandou o público na palma da mão. Quase literalmente. E ainda tem a reunião de Zeca Pagodinho e Almir Guineto no partido Mole que nem Manteiga. Mesmo em período de entressafra, os velhos frutos do quintal do samba ainda não perderam o sabor. Apesar do mofo do mercado.
2 Comments:
nao vejo nada demais num grupo de talento comprovado regravar sambas de paulinho, dona ivone, compositores de talento também comprovado
Adorei este dvd do Fundo. Destaque para as músicas Ela só quer saber de sambar e Boca Miúda. O GFQ regravou grandes clássicos de autores do nosso samba.
Passeia por sucessos nas vozes de Paulinho (No Pagode do Vavá e Coração Leviano, este último na voz de Clara também), Roberto Ribeiro (Meu Drama), Martinho da Vila (Ex-Amor), alguns do próprio grupo (o belo samba Amizade e Prazer da Serrinha) e sem esquecer de Dona Ivone Lara (Tiê). Sambas de Candeia, Jovelina, enfim, de excelentes compositores do nosso samba.
Destaque também para o dueto Mole que nem Manteiga de Bidi, gravado pela Beth em 2000, no cd Pagode de Mesa 2. Zeca esbanja excelente forma nas improvisações do partido alto. Mas continuo achando que os destaques são as duas músicas que citei acima. Abração,
Marcelo Barbosa - Brasília (DF)
Mauro, saberia esclarecer o por quê da não inclusão da canja da Beth no final do show? Eram problemas contratuais entre Sony/BMG (que distribuiu o projeto do Municipal) e EMI (até então gravadora só do Grupo Fundo de Quintal)?
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