8 de maio de 2007

Na cola de Caio, Guedes exercita lado Kenny G

Resenha de CD
Título: Certas Coisas
Artista: Milton Guedes
Gravadora: Som Livre
Cotação: * *

Bom saxofonista propagado em shows de Lulu Santos, Milton Guedes tentou carreira de cantor escorado na pose de galã, nos anos 90, mas a voz inexpressiva o trouxe de volta à seara instrumental. Com sua faixa-título extraída do repertório de Lulu, Certas Coisas é CD produzido por Luiz Carlos Meu Bom na óbvia cola do sucesso comercial de Caio Mesquita, o saxofonista juvenil projetado no programa de Raul Gil que vendeu 269 mil cópias de seu CD Jovem Brazilidade. Na ilusão de que o êxito de Caio tem raiz em suposto interesse do público pela música instrumental, a Som Livre deu sinal verde para que Guedes exerça seu lado Kenny G em disco pautado por recriações easy listening de hits de Billy Joel (Just the Way You Are), Sade (Smooth Operator) e de Norah Jones (Don't Know Why). Guedes se reveza entre os saxes e a gaita (requisitada em Isn't She Lovely? e em Eu me Rendo). Mas não há um arranjo mais criativo ou refinado - ainda que a intervenção do bandolim de Hamilton de Holanda valorize Diamante Cor de Rosa e que o grupo Soul Funk faça a Maria Fumaça correr pelos trilhos da Black Rio (mas sem clonar o genial suingue original). Em suma, Certas Coisas embala hits para um público que prefere a música mastigada para consumo fácil. Mas há quem goste e compre discos como este, não? Falta apenas pôr Guedes no programa do Raul Gil.

16 Comments:

Anonymous Anônimo said...

sim, todo mundo gosta de curtir uma música sem firulas, só críticos (músicos frustrados?) é que querem ouvir rebuscamentos que tiram a beleza das músicas.

8 de maio de 2007 às 11:21  
Anonymous Anônimo said...

Tem gente que acha q é facil viver de musica no Brasil.Com certeza é bem mais complicado do que escrever em Blog.

8 de maio de 2007 às 13:05  
Anonymous Anônimo said...

olha a agressividade, mauro... vc tá se queimando cada vez mais

8 de maio de 2007 às 13:16  
Anonymous Anônimo said...

Lá no Raul Gil ele não toca. O outro não é bobo de abrir concorrência contra suas "galinhas dos ovos de ouro". Todo mundo sabe que a família Gil expõe os pobres calouros fazendo CDs com repertório insano como continuação de seu simplório palco e depois larga pelos novos. É pra comer enquanto está quente, o que já é requentado.

8 de maio de 2007 às 13:35  
Blogger Pedro k. said...

Caros leitores do Mauro Ferreira,

Tenho que vos contar uma piada.

Sabes aquele “cara” que quer ser famoso e tem que mudar de nome?

Esse cara é o Kenny G

Passo a explicar:

Kenny G chama-se Kenny Gorelick que é muito parecido com Garlic (alho) e já agora Gore lick pode se traduzir livremente para lambidela nojenta ou brutal.

Imagina um artista POP chamado João Alho?

Kenny G não!

Obrigado,
Pedro k.
Rock-n-brasil.com

8 de maio de 2007 às 13:40  
Anonymous Anônimo said...

"Na ilusão de que o êxito de Caio tem raiz em suposto interesse do público pela música instrumental". Se faço uma leitura correta, isso quer dizer: o Caio é jovem e bonitinho, por isso vende milhares de CDs. O Milton não é nenhum galã e já está caindo de maduro: logo, não vai vender nada... Ora, Mauro, pra que tanto preconceito! O programa do Raul Gil nem é um veículo tão poderoso assim para impor um "produto popular"; certamente, há outras razões para explicar o sucesso do garoto. O fato é que provavelmente se abre um filão interessante na música popular brasileira (ou ao menos na mercado de discos no país), pois há muitos bons trabalhos instrumentais por aí que poderão agora ganhar mais visibilidade. E esse fato deveria ser festejado pelos críticos. Ou, no mínimo, interpretado com mais rigor e menos preconceito.

8 de maio de 2007 às 13:40  
Anonymous Anônimo said...

O Mauro falou tudo.
Rosângela, todo mundo vírgula!

Jose Henrique

8 de maio de 2007 às 14:17  
Anonymous Anônimo said...

Mesmo gostando de Jazz eu não curto o som do sax e o Kenny G abusa do direito de ser meloso.
Quanto ao Milton Guedes posso dizer que ele é muito requisitado tocando gaita( instrumento que toco ).Um dos mais requisitados ao lado do Rildo Hora e Flávio Guimarães.
Já a participação da Soul Funk era pule de dez pois Milton pertence a banda(que tem Junior Lima como baterista).

Um abraço a todos
Diogo Santos (48 horas sem visitar o blog )

9 de maio de 2007 às 01:40  
Anonymous Anônimo said...

Na minha opinião, o Milton Guedes é um dos maiores músicos do Brasil!
É até indecente compará-lo ao Caio Mesquita...lamentável!!!

Daniele Motta

9 de maio de 2007 às 19:29  
Anonymous Anônimo said...

TAMBÉM TERÁ HAMILTON DE HOLLANDA ?
ISSO É BOM POIS ELE É BÁRBARO E SEU ESTILO É ÚNICO, POR ISSO ENRIQUECE QUALQUER CD !

10 de maio de 2007 às 03:33  
Anonymous Anônimo said...

Apareceu ontem no Jô.

10 de maio de 2007 às 11:14  
Blogger Francis Valadj said...

Cara que coisa feia falar mal de dois caras tão talentosos.
Eu nem sabia que vc existia.

14 de maio de 2007 às 14:57  
Anonymous Anônimo said...

Olá Mauro! fiquei admirado com a forma pejorativa de sua crítica. logo vc, que me conhece e sabe da minha tragetória, que por mais "irregular" que possa parecer à alguns, tem seus méritos, inclusive pela quantidade de trabalhos que acredito serem muito relevantes à música brasileira. Respeito seu trabalho e a relevãncia de suas críticas, que acabam envolvendo uma opinião pessoal, e vc tem todo o direito de criticar o trabalho apresentado, mas não julgar os motivos que me levaram a fazê-lo ou mesmo julgar meu comportamento artístico. minha carreira solo não foi calcada na idéia de me tornar um galã. apresentei um trabalho acreditando em algo que poderia ser dito ou mostrado naquele momento. sou um artista acima de tudo. instrumentista também, e não estou tentando uma concorrência instrumental em função de um "fracasso"(?) na carreria de cantor. não acredito que minha voz seja inexpressiva. continuo fazendo trabalhos cantando e vc deve saber que isso não determina o que será um sucesso no mercado discográfico. este novo trabalho é mesmo simples, mas eu o faço com respeito e propriedade. nada ali é por acaso. qto ao Raul Gil, estou a espera do convite.
abraços
Milton Guedes

14 de maio de 2007 às 15:15  
Anonymous Anônimo said...

Parabéns vc é show e tendo certeza q pela pouca idade o Caio se inspirou muito em vc por isso também é show.Quanto ao programa do Raul tenho certeza q muita gente adoraria ver vcs dois juntos.Todo sucesso do mundo pra vcs dois.

16 de maio de 2007 às 09:32  
Anonymous Anônimo said...

Quanto aos comentarios do Mauro não tenho muito a dizer, pois não é de hoje que ele vem se referindo negativamente ao meu trabalho.Gostaria MUITO de saber o que significa boa música para você!Gostaria de saber quais artistas você adimira no cenario musical Brasileiro!Será que eu vendo CD's DVD's e shows só porque sou "novinho e bonitinho"? 500 Mil cópias em menos de um ano é algo inexpressivel se tratando de música instrumental?Você por acaso tem noção do quanto vendem os artistas Brasileiros?Se eu sou tão ruim quanto fala, os outros são o que então se eu terminei o ano como 2º artista mais vendido no País?Logo você, um senhor inteligente, culto, procure analisar com mais cautela as coisas, e vai ver que tem algo errado em suas colocações!E quero dizer, que minha felicidade é IMENSA em saber que o Milton está lançando um CD solo, e tenho CERTEZA de que vai ser um GRANDE sucesso, porque entre nós não existe concorrencia, medo, ou interesse, entre nós existe uma amizade, pura, e duradoura, e acima de tudo, o Milton é um instrumentista no qual me inspirei muito, e ele sabe disso!E quanto ao convite para ir ao programa Raul Gil, tenham certeza de que quando menos esperarem o verão la, e quem sabe junto comigo!
Grande abraço pro Milton, e aos leitores do Blog.
e Mauro, não se refira assim à quem vem fazendo tanto bem a música brasileira!Tente compreender a "popularidade" do trabalho.
Abraços

16 de maio de 2007 às 12:53  
Anonymous Anônimo said...

Inacreditável o comentário do "crítico" em questão. O texto é uma composição insana que reúne alguns elementos que se destacam:
1 - Preconceito
2 - Desconhecimento musical
3 - Falta de conhecimento do mercado musical
4 - Falta de conhecimento da carreira dos artistas
5 - Ego super elevado

Estranho ler que o Milton Guedes abandonou a carreira como cantor pois sua voz é "inexpressiva". Que comentário mais inexpressivo!. Se fosse assim, o Beto Guedes (para aproveitar o mesmo sobrenome) teria abandonado, ou melhor, nem iniciado sua carreira. E o William Bonner seria o melhor cantor brasileiro.

Se apenas a beleza e juventude definissem o sucesso no mercado fonográfico, o Zeca Pagodinho seria desconhecido até hoje. Exemplos não faltam. Falta mesmo é conhecimento do "crítico". Este sim, mostrou motivos para a descontinuidade de sua "carreira".

11 de junho de 2007 às 14:49  

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