7 de maio de 2007

Blues Etílicos nas águas lamacentas de Waters

Resenha de CD
Título: Viva Muddy Waters
Artista: Blues Etílicos
Gravadora: Delira Blues
Cotação: * * * *

Em 1986, já influenciados por Muddy Waters (1915 - 1983), alguns músicos criam no Rio o grupo Blues Etílicos, copiando a formação da banda do bluesman americano, batizado McKinley Morganfield e descoberto em 1941 pelo pesquisador musical Alan Lomax no Mississipi, berço do blues. Vinte anos depois, o grupo carioca - que sempre transitou à margem do mercado fonográfico como sólida referência do blues tocado in Brazil - encara o ótimo repertório de Waters em disco que inaugura o selo Delira Blues, a divisão da gravadora Delira Música dedicada ao seminal gênero. As duas décadas de estrada lhe garantiram o êxito da empreitada.

Com direito a uma boa inédita de Charles Musselwhite (Seems Like the Whole World Was Crying), o quinteto se embrenha nas águas lamacentas de standards como Walking Blues, Trouble no More, I Can't Be Satisfied - entre um belo tema de Willie Dixon (I Want to Be Loved). Virtuose nativo do gênero, André Christovam adiciona seu violão em She's Nineteen Years Old. Nas 11 faixas do CD Viva Muddy Waters, fica bem claro que Greg Wilson (voz e guitarra), Flávio Guimarães (voz e gaita), Otávio Rocha (guitarra), Cláudio Bedran (baixo) e Pedro Strasser (bateria) têm o blues. Há 20 anos.

5 Comments:

Anonymous Anônimo said...

tenho simpatia pelo grupo, agora pergunto: não é melhor ouvir as gravaçoes originais do muddy?

7 de maio de 2007 às 10:23  
Anonymous Anônimo said...

Ouça o disco... Ele não é uma cópia dos trabalhos do Muddy.

7 de maio de 2007 às 14:07  
Anonymous Anônimo said...

Concordo com o Celso, aliás, seu xará é a maior fera do blues brasileiro.
Celso Blues Boy toca guitarra bem pra caramba, faz e canta letras bem bacanas em português.

Jose Henrique

8 de maio de 2007 às 01:14  
Anonymous Anônimo said...

Flávio Guimarães e sua gaita.
Um dia eu chego lá!
Será ?


Um abraço a todos
Diogo !

9 de maio de 2007 às 01:54  
Anonymous Anônimo said...

Como dizia Caetano, Gente, fundiram a cabecinha de vocês...

A coisa mais estagnante para o Blues no Brasil é esse papo de lá em 50/60 era bom, só vale a pena ouvir fulano ou ciclano.

Tive a cabeça aberta de ouvir o disco sem preconceito e tenho certeza que tanto o Celso quanto o José não ouviram o disco para estar falando isso ou se ouviram não conhecem Muddy a fundo para notar as diferenças.

Paulo Fernandes

PS: Não sou fã do Blues Etílicos

9 de maio de 2007 às 14:12  

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