Dub não faz pueril receita roots passar do ponto
Resenha de CD
Título: Abre a Janela
Artista: Ponto
de Equilíbrio
Gravadora: Kilimanjaro
Records
Cotação: * * *
Grupo de reggae formado no bairro carioca de Vila Isabel, terra do samba de Noel Rosa, o Ponto de Equilíbrio segue a cartilha roots sem abrir a sua janela para o pop que entra forte pelas frestas das obras de Cidade Negra e Armandinho, por exemplo. Como reggae é religião, a boa banda é cultuada com fervor por sua tribo. Que certamente vai assimilar bem este segundo CD. A azeitada produção de Chico Neves tornou o som do Ponto menos pueril e inseriu alguns toques de dub sem fazer desandar a receita enraizada nas tradições de Bob Marley e Cia. Sim, músicas como Só Quero o Que É Meu e Poder da Palavra aludem nas letras a conceitos do rastafarismo que vão restringir o interesse do trabalho aos seguidores de Jah. Ainda que O Inimigo incorpore até a batida do rap de V100T na sua pregação contra os políticos e a discriminação racial. No discurso em favor do amor e da justiça social, a banda lança mão de clichês, samba de Gracia do Salgueiro (Janela da Favela, grande sacada) e de standard de Bob Marley (Soul Rebel, com direito a refrão em português no final da faixa). Enfim, é disco para uma tribo... E esta saberá relevar o tom monocórdio dos vocais de Hélio Bentes. Inclusive porque o Ponto de Equilíbrio soa honesto e acerta ao fechar sua janela para o pop praieiro que vem banalizando e diluindo o reggae made in Brazil.
Título: Abre a Janela
Artista: Ponto
de Equilíbrio
Gravadora: Kilimanjaro
Records
Cotação: * * *
Grupo de reggae formado no bairro carioca de Vila Isabel, terra do samba de Noel Rosa, o Ponto de Equilíbrio segue a cartilha roots sem abrir a sua janela para o pop que entra forte pelas frestas das obras de Cidade Negra e Armandinho, por exemplo. Como reggae é religião, a boa banda é cultuada com fervor por sua tribo. Que certamente vai assimilar bem este segundo CD. A azeitada produção de Chico Neves tornou o som do Ponto menos pueril e inseriu alguns toques de dub sem fazer desandar a receita enraizada nas tradições de Bob Marley e Cia. Sim, músicas como Só Quero o Que É Meu e Poder da Palavra aludem nas letras a conceitos do rastafarismo que vão restringir o interesse do trabalho aos seguidores de Jah. Ainda que O Inimigo incorpore até a batida do rap de V100T na sua pregação contra os políticos e a discriminação racial. No discurso em favor do amor e da justiça social, a banda lança mão de clichês, samba de Gracia do Salgueiro (Janela da Favela, grande sacada) e de standard de Bob Marley (Soul Rebel, com direito a refrão em português no final da faixa). Enfim, é disco para uma tribo... E esta saberá relevar o tom monocórdio dos vocais de Hélio Bentes. Inclusive porque o Ponto de Equilíbrio soa honesto e acerta ao fechar sua janela para o pop praieiro que vem banalizando e diluindo o reggae made in Brazil.
1 Comments:
nada contra a tribo de Jah, mas tô fora!
Postar um comentário
<< Home