Discoteca MTV revive dias de luta e hits do Ira!
Resenha de programa de TV
Título: Discoteca MTV
- Vivendo e Não Aprendendo (Ira!, 1986)
Exibição: MTV
Data: 18 de maio de 2007
Cotação: * * * *
“A força da canção é mais importante do que a produção”, bradou Nasi ao fim do episódio da série Discoteca MTV que recordou a importância de Vivendo e Não Aprendendo, o segundo álbum do Ira!, gravado e lançado em 1986, sob a conturbada relação do grupo com o produtor Liminha. “Com o Ira, eu tive dificuldade de trabalhar. Eles eram fechados, sérios”, lembra Liminha, elegante. “O yin não encontrou o yang”, resumiu Nasi, sem deixar de acusar a própria arrogância dos músicos à época como grande obstáculo para a produção do LP que, não obstante todos os problemas, foi um dos marcos da carreira do Ira! e do rock nacional dos anos 80.
O episódio da Discoteca MTV esteve à altura do disco. Vivendo e Não Aprendendo foi realmente dissecado sob vários aspectos. “Ele projetou o Ira! em nível nacional”, saudou o baixista Ricardo Gaspa. “Envelheço na Cidade é o grande hino mod do Ira!”, disse o guitarrista Edgard Scandurra ao falar da música que abria o disco. E que significaria o marco zero da adesão de Samuel Rosa ao rock nacional feito naquela década. “O Ira! foi a minha porta de entrada para o rock brasileiro dos anos 80. Confesso que, até o Ira!, ainda achava tudo uma grande brincadeira”, surpreendeu Samuel. “Ouvi muito o disco do Ira!. Foi o quando o rock mostrou uma cara mais séria, com uma pegada mais forte”, corroborou Kiko Zambianchi.
A seriedade pôs a banda até no horário nobre da Rede Globo. Em 1987, a faixa Flores em Você - gravada com improvável quarteto de cordas - foi parar na abertura da novela O Outro. “Mesmo com toda queda de braço, Liminha foi o cara que viabilizou o quarteto de cordas”, reconheceu Nasi. Outra queda de braço seria travada (e perdida) com a gravadora Warner Music, que exigiu a entrada no repertório de Gritos na Multidão e Pobre Paulista, músicas do início mais punk da banda que já não tinham a ver com o culto aos mods feito no LP Vivendo e Não Aprendendo. Para satisfazer a gravadora sem deixar de marcar sua posição, o grupo optou por incluir as duas músicas em registros ao vivo. “Para mim, o álbum Vivendo e Não Aprendendo são as oito faixas”, confidenciou Scandurra. Enfim, foi um grande programa sobre um grande disco!
Título: Discoteca MTV
- Vivendo e Não Aprendendo (Ira!, 1986)
Exibição: MTV
Data: 18 de maio de 2007
Cotação: * * * *
“A força da canção é mais importante do que a produção”, bradou Nasi ao fim do episódio da série Discoteca MTV que recordou a importância de Vivendo e Não Aprendendo, o segundo álbum do Ira!, gravado e lançado em 1986, sob a conturbada relação do grupo com o produtor Liminha. “Com o Ira, eu tive dificuldade de trabalhar. Eles eram fechados, sérios”, lembra Liminha, elegante. “O yin não encontrou o yang”, resumiu Nasi, sem deixar de acusar a própria arrogância dos músicos à época como grande obstáculo para a produção do LP que, não obstante todos os problemas, foi um dos marcos da carreira do Ira! e do rock nacional dos anos 80.
O episódio da Discoteca MTV esteve à altura do disco. Vivendo e Não Aprendendo foi realmente dissecado sob vários aspectos. “Ele projetou o Ira! em nível nacional”, saudou o baixista Ricardo Gaspa. “Envelheço na Cidade é o grande hino mod do Ira!”, disse o guitarrista Edgard Scandurra ao falar da música que abria o disco. E que significaria o marco zero da adesão de Samuel Rosa ao rock nacional feito naquela década. “O Ira! foi a minha porta de entrada para o rock brasileiro dos anos 80. Confesso que, até o Ira!, ainda achava tudo uma grande brincadeira”, surpreendeu Samuel. “Ouvi muito o disco do Ira!. Foi o quando o rock mostrou uma cara mais séria, com uma pegada mais forte”, corroborou Kiko Zambianchi.
A seriedade pôs a banda até no horário nobre da Rede Globo. Em 1987, a faixa Flores em Você - gravada com improvável quarteto de cordas - foi parar na abertura da novela O Outro. “Mesmo com toda queda de braço, Liminha foi o cara que viabilizou o quarteto de cordas”, reconheceu Nasi. Outra queda de braço seria travada (e perdida) com a gravadora Warner Music, que exigiu a entrada no repertório de Gritos na Multidão e Pobre Paulista, músicas do início mais punk da banda que já não tinham a ver com o culto aos mods feito no LP Vivendo e Não Aprendendo. Para satisfazer a gravadora sem deixar de marcar sua posição, o grupo optou por incluir as duas músicas em registros ao vivo. “Para mim, o álbum Vivendo e Não Aprendendo são as oito faixas”, confidenciou Scandurra. Enfim, foi um grande programa sobre um grande disco!
2 Comments:
grande banda!
Estas resenhas do Mauro sobre o programa são muito boas! Às vezes, melhores que os próprios programas.
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