Carrilho faz música ímpar em 30 anos de choro
Resenha de CD
Título: Choro Ímpar
Artista: Maurício Carrilho
Gravadora: Acari Records
Cotação: * * * *
Músico participante da turma que revitalizou o choro em fim dos anos 70, a bordo do grupo Os Carioquinhas, formado em 1977, Maurício Carrilho teve a sua carreira de violonista sempre ligada ao universo de um gênero que - mais do que um ritmo - expressa a forma específica de tocar. Arranjador talentoso, cujo nome consta nos créditos de discos de craques como Paulinho da Viola, Carrilho chega renovado aos 30 anos de carreira. Choro Ímpar sinaliza já a partir do conceito a disposição do músico de buscar um caminho de inventividade. A proeza de Carrilho no CD é compor e tocar o choro em compasso ímpar em vez do tradicional 2/4. Na teoria, pode até parecer que o disco soa cerebral como um trabalho de Arrigo Barnabé. Só que não, não soa. Na trilogia Seu Cristóvão, Dino e Meira - tributos do autor a Cristóvão Bastos, a Dino Sete Cordas e a seu mestre Meira, respectivamente - fica claro que a ousadia estilística não implicou a perda da vivacidade rítmica do gênero. Transitando sobretudo nos compassos 3/4 e 5/4, entre outras combinações, Carrilho põe seu violão sete cordas a serviço de polcas (Maluquinha, Cachaça) e de valsa, Saudosa, parte da suíte Cenas Cariocas, dedicada aos violonistas Sérgio e Odair Assad. O trocadilho é tão óbvio quanto irresistível: o belo choro de Maurício Carrilho é realmente ímpar!!
Título: Choro Ímpar
Artista: Maurício Carrilho
Gravadora: Acari Records
Cotação: * * * *
Músico participante da turma que revitalizou o choro em fim dos anos 70, a bordo do grupo Os Carioquinhas, formado em 1977, Maurício Carrilho teve a sua carreira de violonista sempre ligada ao universo de um gênero que - mais do que um ritmo - expressa a forma específica de tocar. Arranjador talentoso, cujo nome consta nos créditos de discos de craques como Paulinho da Viola, Carrilho chega renovado aos 30 anos de carreira. Choro Ímpar sinaliza já a partir do conceito a disposição do músico de buscar um caminho de inventividade. A proeza de Carrilho no CD é compor e tocar o choro em compasso ímpar em vez do tradicional 2/4. Na teoria, pode até parecer que o disco soa cerebral como um trabalho de Arrigo Barnabé. Só que não, não soa. Na trilogia Seu Cristóvão, Dino e Meira - tributos do autor a Cristóvão Bastos, a Dino Sete Cordas e a seu mestre Meira, respectivamente - fica claro que a ousadia estilística não implicou a perda da vivacidade rítmica do gênero. Transitando sobretudo nos compassos 3/4 e 5/4, entre outras combinações, Carrilho põe seu violão sete cordas a serviço de polcas (Maluquinha, Cachaça) e de valsa, Saudosa, parte da suíte Cenas Cariocas, dedicada aos violonistas Sérgio e Odair Assad. O trocadilho é tão óbvio quanto irresistível: o belo choro de Maurício Carrilho é realmente ímpar!!
3 Comments:
isso é música, pra valer!
Mauro, vc sabe por que o Ben Jor limou a faixa "Aquela Senhora" da edição do disco "Recuerdos de Asunción 443"? O disco sairia com 11 faixas mas só chegou às lojas com 10, sem essa pérola que só foi executada em público uma única vez, num show no fim dos anos 70 ou início dos 80, e da qual me lembro vagamente... mas era divertidíssima e espera reouvi-la agora Porém, que pena... ele mais uma vez limou a canção! sei q isso não tem nada a ver com o post do Maurício Carrilho, mas foi só pra te dar esse toque na esperança de que vc consiga desvendar o mistério dessa canção... valeu?
abraços
MCarrilho é um músico espetacular. Gênio da raça. Maurício tem uma genialidade e uma sensibilidade raras. É um dos maiores músicos de choro da atualidade (e todos os tempos).
Convivi com o Maurício durante quatro anos nas Oficinas de Choro que ele, juntamente com um time de craques, ministrava na Lapa (RJ). O maior legado dessas oficinas foi a criação de um conceito estético do choro que jamais irei esquecer, e que acabou servindo como fundamento para a apreciação(e execução) de toda a forma música. Música livre. Ímpar.
PResidente
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