Voz opaca de Luz impede brilho de ode a Marçal
Resenha de CD
Título: Sem Compromisso
Artista: Moacyr Luz e
Armando Marçal
Gravadora: Deckdisc
Cotação: * * *
A idéia, excelente, foi prestar tributo à dinastia da família Marçal, partindo do patriarca Armando Vieira Marçal (1902 - 1947), parceiro do lendário Bide (1902 - 1975), até chegar ao filho - o percussionista Nilton Delfino Marçal, o Mestre Marçal (1930 - 1994) - e ao neto, Armando de Souza Marçal, o Marçalzinho, também percussionista, partner do compositor Moacyr Luz neste CD Sem Compromisso, que traz o registro de estúdio do show que a dupla vem apresentando pelo Rio desde o ano passado. Mas houve dois percalços no percurso que impedem um brilho maior do disco. O primeiro é a voz opaca de Moacyr Luz, compositor que até defende bem sua produção autoral, mas que jamais poderia tentar uma carreira apenas como intérprete. O segundo é a seleção do ótimo repertório. A inclusão de sambas de Luz (Rainha Negra, Mandingueiro, Zuela de Oxum) desvia o álbum do conceito inicial de prestar homenagem à nobre linhagem da família Marçal, representada por jóias antigas como A Primeira Vez, Agora É Cinza e Não Diga a minha Residência. Dois detalhes que acabam comprometendo o resultado final do álbum, que apresenta inédita (Que Batuque É Esse?, parceria de Sereno com Luz) entre sambas gravados com produção econômica que une voz, violão (também de Luz) e a percussão luxuosa de Marçal.
Título: Sem Compromisso
Artista: Moacyr Luz e
Armando Marçal
Gravadora: Deckdisc
Cotação: * * *
A idéia, excelente, foi prestar tributo à dinastia da família Marçal, partindo do patriarca Armando Vieira Marçal (1902 - 1947), parceiro do lendário Bide (1902 - 1975), até chegar ao filho - o percussionista Nilton Delfino Marçal, o Mestre Marçal (1930 - 1994) - e ao neto, Armando de Souza Marçal, o Marçalzinho, também percussionista, partner do compositor Moacyr Luz neste CD Sem Compromisso, que traz o registro de estúdio do show que a dupla vem apresentando pelo Rio desde o ano passado. Mas houve dois percalços no percurso que impedem um brilho maior do disco. O primeiro é a voz opaca de Moacyr Luz, compositor que até defende bem sua produção autoral, mas que jamais poderia tentar uma carreira apenas como intérprete. O segundo é a seleção do ótimo repertório. A inclusão de sambas de Luz (Rainha Negra, Mandingueiro, Zuela de Oxum) desvia o álbum do conceito inicial de prestar homenagem à nobre linhagem da família Marçal, representada por jóias antigas como A Primeira Vez, Agora É Cinza e Não Diga a minha Residência. Dois detalhes que acabam comprometendo o resultado final do álbum, que apresenta inédita (Que Batuque É Esse?, parceria de Sereno com Luz) entre sambas gravados com produção econômica que une voz, violão (também de Luz) e a percussão luxuosa de Marçal.
8 Comments:
Caro Mauro, de um compositor como Moacir Luz não deve ser exigido grande voz. Conta a intenção.
Concordo com o Mauro, a voz do Moacir é péssima e nem bom compositor ele é. É apenas regular.
Me lembrei do Nelson Cavaquinho, esse sim um compositor genial, que tinha uma voz que não agradava a todos, mas o que cantava era tão bom que isso passava despercebido.
Jose Henrique
Discordo o Mocir canta bem sim. Não é nenhum Roberto Ribeiro, mas o seu estilo é mais "Nara Leão do samba", introspectivo. É um excelente compositor sim, que já fez belíssimas músicas com Aldir Blanc e Paulo César Pinheiro. E tem dois sucessos gravados pelas deusas: Bethânia (Medalha de São Jorge) e claro, Beth Carvalho (Saudades da Guanabara). Este último um clássico do Rio de Janeiro. Abraços e com certeza também comprarei,
Marcelo Barbosa - Brasília (DF)
Acho que eu vou dormir , eu tô com sono . Deve ser isso .
Ou eu li que o Marcelo chama Maria Bethânia e Beth Carvalho de 'deusas '?
Te garanto que são melhores do que Ana Carolina, Sandy, Wanessa Camargo, Ivete Sangalo,... cantoras fabricadas pela mídia.
Ao anônimo das 04:11.
É questão de gosto. Eu as considero. Um abraço.
Marcelo Barbosa - Brasília (DF)
Voz opaca? O que seria isso, Mauro?
Moacyr, como intérprete, gravou um dos melhores discos de samba que já foram feitos nesse país: Na Galeria. Repertório e interpretações impecáveis. Ouçam a gravação de "Leva o meu coração", de Roberto Martins e Mario Lago. É primorosa.
Como compositor, Moacyr tem uma lista enorme de obras primas. É gênio da raça!
Olho vivo e faro fino.
Presidente.
Voz opaca? O que seria isso, Mauro?
Moacyr, como intérprete, gravou um dos melhores discos de samba que já foram feitos nesse país: Na Galeria. Repertório e interpretações impecáveis. Ouçam a gravação de "Leva meu coração", de Roberto Martins e Mario Lago. É primorosa.
Como compositor, Moacyr tem uma lista enorme de obras primas. É gênio da raça!
Olho vivo e faro fino.
Presidente.
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