Biglione dá à MPB os tons passionais do tango
Resenha de CD
Título: Tangos Tropicais
Artista: Victor Biglione
Gravadora: Biscoito Fino
Cotação: * * *
Idealizado por Nelson Motta, Tangos Tropicais é disco instrumental em que o ótimo guitarrista argentino Victor Biglione dá os tons passionais do tango a onze sucessos da música brasileira. Nem todo o repertório selecionado por Motta com Biglione se ajusta bem ao clima intenso do tango. Se Eu Quiser Falar com Deus (Gilberto Gil, 1981), por exemplo, é canção de tom interiorizado que perde muito (inclusive a letra filosófica) ao ser vertida para o idioma portenho. Em contrapartida, Tatuagem (Chico Buarque e Ruy Guerra, 1973), pelas tintas já naturalmente fortes, cai muito bem no universo dramático do tango. Esse Cara (Caetano Veloso, 1972) é outro tema já embebido em paixão que soa bem no clima argentino. Até o repertório de Roberto Carlos entra na dança com As Canções que Você Fez pra mim (Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1968) em registro pontuado por citação incidental do clássico tango Volver (Carlos Gardel e Alfredo del Pera). Pena que os arranjos de Biglione abram generosos espaços para improvisos que tiram as melodias dos trilhos originais e acabam tirando também parte do brilho das releituras, feitas por Biglione com auxílio luxuoso do acordeom de Marcos Nimrichter, solista convidado deste curioso projeto que alterna acertos (Dois pra Lá Dois pra Cá - João Bosco e Aldir Blanc, 1974) e uns erros (Mistérios - Joyce e Maurício Maestro, 1979) - com saldo positivo.
Título: Tangos Tropicais
Artista: Victor Biglione
Gravadora: Biscoito Fino
Cotação: * * *
Idealizado por Nelson Motta, Tangos Tropicais é disco instrumental em que o ótimo guitarrista argentino Victor Biglione dá os tons passionais do tango a onze sucessos da música brasileira. Nem todo o repertório selecionado por Motta com Biglione se ajusta bem ao clima intenso do tango. Se Eu Quiser Falar com Deus (Gilberto Gil, 1981), por exemplo, é canção de tom interiorizado que perde muito (inclusive a letra filosófica) ao ser vertida para o idioma portenho. Em contrapartida, Tatuagem (Chico Buarque e Ruy Guerra, 1973), pelas tintas já naturalmente fortes, cai muito bem no universo dramático do tango. Esse Cara (Caetano Veloso, 1972) é outro tema já embebido em paixão que soa bem no clima argentino. Até o repertório de Roberto Carlos entra na dança com As Canções que Você Fez pra mim (Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1968) em registro pontuado por citação incidental do clássico tango Volver (Carlos Gardel e Alfredo del Pera). Pena que os arranjos de Biglione abram generosos espaços para improvisos que tiram as melodias dos trilhos originais e acabam tirando também parte do brilho das releituras, feitas por Biglione com auxílio luxuoso do acordeom de Marcos Nimrichter, solista convidado deste curioso projeto que alterna acertos (Dois pra Lá Dois pra Cá - João Bosco e Aldir Blanc, 1974) e uns erros (Mistérios - Joyce e Maurício Maestro, 1979) - com saldo positivo.
4 Comments:
Idealizado por Nelson Motta, Tangos Tropicais é disco instrumental em que o ótimo guitarrista argentino Victor Biglione dá os tons passionais do tango a onze sucessos da música brasileira. Nem todo o repertório selecionado por Motta com Biglione se ajusta bem ao clima intenso do tango. Se Eu Quiser Falar com Deus (Gilberto Gil, 1981), por exemplo, é canção de tom interiorizado que perde muito (inclusive a letra filosófica) ao ser vertida para o idioma portenho. Em contrapartida, Tatuagem (Chico Buarque e Ruy Guerra, 1973), pelas tintas já naturalmente fortes, cai muito bem no universo dramático do tango. Esse Cara (Caetano Veloso, 1972) é outro tema já embebido em paixão que soa bem no clima argentino. Até o repertório de Roberto Carlos entra na dança com As Canções que Você Fez pra mim (Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1968) em registro pontuado por citação incidental do clássico tango Volver (Carlos Gardel e Alfredo del Pera). Pena que os arranjos de Biglione abram generosos espaços para improvisos que tiram as melodias dos trilhos originais e acabam tirando também parte do brilho das releituras, feitas por Biglione com auxílio luxuoso do acordeom de Marcos Nimrichter, solista convidado deste curioso projeto que alterna acertos (Dois pra Lá Dois pra Cá - João Bosco e Aldir Blanc, 1974) e uns erros (Mistérios - Joyce e Maurício Maestro, 1979) com saldo positivo.
a idéia é boa mesmo, agora se o disco ficou bom são outros 500...
Claro que bateu aquela curiosidade.Hoje inventam tudo,até judaismo messianico
Sofia Barreto
Guapimirim/RJ
Alguem tem este cd para disponibilizar o download. ficarei muito grato.
cleytomgyn@yahoo.com.br
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