Mariene está em casa na sagrada roda baiana
Resenha de CD
Título: Santo de Casa
ao Vivo
Artista: Mariene de Castro
Gravadora: Sem
indicação
Cotação: * * * * 1/2
Mariene de Castro fica em casa na sagrada roda do samba da Bahia. Santo de Casa ao Vivo -segundo disco da cantora baiana - repisa a melhor parcela do repertório de seu primeiro promissor álbum, Abre Caminho (2004). Ainda à procura de (merecida) projeção nacional, Mariene é dona de voz quente e tem presença luminosa em cena - o que vai poder ser comprovado no DVD Santo de Casa, a ser editado até o fim deste ano de 2010, na sequência deste CD ao vivo que registra 15 números do show feito em 15 de fevereiro de 2009 no Teatro Castro Alves, em Salvador (BA), sob a direção musical de Jurandir Santana. Produzido por Gerson Silva, em parceria com a própria Mariene, Santo de Casa é CD extremamente bem gravado que capta todo o calor do show aberto com Saudação, o tema de domínio público que prepara a entrada de Mariene em cena ao som de Temporal, música-vinheta de Roque Ferreira (presença ilustre na Vinheta Santo de Casa que encerra o disco). Autor de temas como Mamãe na Areia e Chico e Chica, o compositor hoje celebrado por Maria Bethânia e Roberta Sá é nome recorrente em repertório de tom afro-baiano que põe na roda a religiosidade festiva do Candomblé. Entre o samba de terreiro e o culto aos orixás, Mariene canta cirandas, acentua a origem baiana de sucesso de Alcione nos anos 70 - Ilha de Maré (Walmir Lima e Lupa), com um ligeiro toque forrozeiro dado pelo acordeon de Cícero Pereira - e revive o maior clássico de Geraldo Pereira (1918 - 1955), Falsa Baiana, samba - aliás - moldado para a graciosa postura cênica da intérprete. Nessa roda que abarca temas folclóricos da cultura popular afro-baiana - e que tem o mar como assunto recorrente de vários sambas - emerge também Prece de Pescador, parceria de Roque Ferreira com J. Velloso que honra a dinastia das canções praieiras de Dorival Caymmi (1914 - 2008). O samba de roda é o ritmo dominante em disco fervoroso que reitera o talento de Mariene de Castro, voz que faz milagre ao unir o sagrado e o profano no já diluído terreiro da música baiana.
Título: Santo de Casa
ao Vivo
Artista: Mariene de Castro
Gravadora: Sem
indicação
Cotação: * * * * 1/2
Mariene de Castro fica em casa na sagrada roda do samba da Bahia. Santo de Casa ao Vivo -segundo disco da cantora baiana - repisa a melhor parcela do repertório de seu primeiro promissor álbum, Abre Caminho (2004). Ainda à procura de (merecida) projeção nacional, Mariene é dona de voz quente e tem presença luminosa em cena - o que vai poder ser comprovado no DVD Santo de Casa, a ser editado até o fim deste ano de 2010, na sequência deste CD ao vivo que registra 15 números do show feito em 15 de fevereiro de 2009 no Teatro Castro Alves, em Salvador (BA), sob a direção musical de Jurandir Santana. Produzido por Gerson Silva, em parceria com a própria Mariene, Santo de Casa é CD extremamente bem gravado que capta todo o calor do show aberto com Saudação, o tema de domínio público que prepara a entrada de Mariene em cena ao som de Temporal, música-vinheta de Roque Ferreira (presença ilustre na Vinheta Santo de Casa que encerra o disco). Autor de temas como Mamãe na Areia e Chico e Chica, o compositor hoje celebrado por Maria Bethânia e Roberta Sá é nome recorrente em repertório de tom afro-baiano que põe na roda a religiosidade festiva do Candomblé. Entre o samba de terreiro e o culto aos orixás, Mariene canta cirandas, acentua a origem baiana de sucesso de Alcione nos anos 70 - Ilha de Maré (Walmir Lima e Lupa), com um ligeiro toque forrozeiro dado pelo acordeon de Cícero Pereira - e revive o maior clássico de Geraldo Pereira (1918 - 1955), Falsa Baiana, samba - aliás - moldado para a graciosa postura cênica da intérprete. Nessa roda que abarca temas folclóricos da cultura popular afro-baiana - e que tem o mar como assunto recorrente de vários sambas - emerge também Prece de Pescador, parceria de Roque Ferreira com J. Velloso que honra a dinastia das canções praieiras de Dorival Caymmi (1914 - 2008). O samba de roda é o ritmo dominante em disco fervoroso que reitera o talento de Mariene de Castro, voz que faz milagre ao unir o sagrado e o profano no já diluído terreiro da música baiana.
13 Comments:
Mariene de Castro fica em casa na sagrada roda do samba da Bahia. Santo de Casa ao Vivo -segundo disco da cantora baiana - repisa a melhor parcela do repertório de seu primeiro promissor álbum, Abre Caminho (2004). Ainda à procura de (merecida) projeção nacional, Mariene é dona de voz quente e tem presença luminosa em cena - o que vai poder ser comprovado no DVD Santo de Casa, a ser editado até o fim deste ano de 2010, na sequência deste CD ao vivo que registra 15 números do show feito em 15 de fevereiro de 2009 no Teatro Castro Alves, em Salvador (BA), sob a direção musical de Jurandir Santana. Produzido por Gerson Silva, em parceria com a própria Mariene, Santo de Casa é CD extremamente bem gravado que capta todo o calor do show aberto com Saudação, o tema de domínio público que prepara a entrada de Mariene em cena ao som de Temporal, música-vinheta de Roque Ferreira (presença ilustre na Vinheta Santo de Casa que encerra o disco). Autor de temas como Mamãe na Areia e Chico e Chica, o compositor hoje celebrado por Maria Bethânia e Roberta Sá é nome recorrente em repertório de tom afro-baiano que põe na roda a religiosidade festiva do Candomblé. Entre o samba de terreiro e o culto aos orixás, Mariene canta cirandas, acentua a origem baiana de sucesso de Alcione nos anos 70 - Ilha de Maré (Walmir Lima e Lupa), com um ligeiro toque forrozeiro dado pelo acordeon de Cícero Pereira - e revive o maior clássico de Geraldo Pereira (1918 - 1955), Falsa Baiana, samba - aliás - moldado para a graciosa postura cênica da intérprete. Nessa roda que abarca temas folclóricos da cultura popular afro-baiana - e que tem o mar como assunto recorrente de vários sambas - emerge também Prece de Pescador, parceria de Roque Ferreira com J. Velloso que honra a dinastia das canções praieiras de Dorival Caymmi (1914 - 2008). O samba de roda é o ritmo dominante em disco fervoroso que reitera o talento de Mariene de Castro, voz que faz milagre ao unir o sagrado e o profano no já diluído terreiro da música baiana.
Caro Mauro, penso que há um errinho logo no início do texto, ao invés de "repisa" deve ser "reprisa"... ou estou enganado? abraço terno
Como faço pra adquirir o CD?
Alguem pode me ajudar???
O que dizer de Mariene? Ouvi-la é um prazer difícil de explicar, assistir a um show seu é um impacto de cultura brasileira e conhecê-la é como se deparar com uma divindade africana. Mariene é pouco explicável, é para se sentir. Quem não a conhece, que a ouça! Mariene é mais que uma artista, é uma benção.
Como tenho ânsia de que o Brasil conheça e admire o trabalho dessa artista. Ela é genuína, visceral, impactante, poderosa. Evoé, Marienne.
Mariene é imprescindível. Que venha logo cd e dvd. Assisti a esse projeto em Salvador, muito bom!!!
Belas palavras, me sinto orgulhoso por Mariene, pela Bahia e pelo que ainda o trabalho de Mariene irá alcançar.
Mariene é surpreendente. Assisti um show dela na Concha em Salvador e no dia seguinte saí correndo prá comprar o cd dela. Quando é que essa Baiana se projeta nacionalmente? Qual é a gravadora dela? Se fosse da Biscoito Fino já tinha arrebentado
Abração Mauro, sempre ligado nas coisas boas
Teu xará, Mauro -São Paulo
Como faço pra adquirir o CD?
Alguem pode me ajudar??? (2)
E para variar, se alguém souber informar como faço para adquirir o disco Nas escritas da vida, de Dona Ivone e Bruno Castro, também agradeço. Abs,
Marcelo Barbosa - Brasília (DF)
Vem mais pro Rio Mariene, vem mais pro Rio que acontece.
Como todo mundo fora da Bahia, também estou louca atrás desse CD!
Me passaram as seguintes informações (mas ainda não tentei):
A loja Pérola Negra CDs, em Salvador, vende e envia para outros lugares do Brasil. (71) 3336-6997 www.perolanegracd.com.br
Pô, gente, que preguiça né...
No site oficial diz: mande e-mail para santodecasaproducoes@gmail.com
http://www.marienedecastro.com.br/
Ju
Cara Juliana
Esse é o caminho óbvio. Daria certo se a produção respondesse os emails, o que infelizmente não acontece.
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