29 de março de 2010

Nelly oscila em show confuso que roça o brega

Resenha de Show
Título: Mi Plan Tour
Artista: Nelly Furtado
Local: HSBC Arena (RJ)
Data: 28 de março de 2010
Fotos: Divulgação / Ricardo Amaral
Cotação: * * 1/2
A julgar pelo - irregular - show carioca da turnê Mi Plan, feito por Nelly Furtado na HSBC Arena na noite de 28 de março de 2010, a cantora canadense (descendente de portugueses) não consegue conciliar no palco suas múltiplas personalidades musicais. Nelly oscilou bastante em show confuso que roçou o brega em vários momentos. Com produção aquém de seu sucesso mundial, a artista cantou em inglês, em espanhol e até em português, mas decepcionou grande parte do público que encheu (sem lotar) a pista da arena carioca (as arquibancadas estavam quase vazias). O vibrante número inicial - Maneater, música do álbum (Loose, 2006) em que Nelly recorreu às batidas de Timbaland e Cia. - até fez supor um grande show. Na sequência, Força (tema do segundo álbum, Folklore, editado em 2003) tentou manter o pique, mas a apresentação foi se tornando cada vez mais oscilante - apesar de hits como I'm Like a Bird (cantado em coro desde o primeiro verso), Turn off the Lights e All Good Things (Come to an End) terem garantido momentos de animação na plateia. Em Bajo Outra Luz, uma das vocalistas ficou com parte do rap que, no álbum Mi Plan (2009), é bem cantada por La Mala Rodriguez. Mais tarde, Sozinha - a balada pop de Peninha, entoada por Nelly com um desenvolto português de sotaque lusitano - se tornou um destaque curioso do roteiro irregular. Entretanto, no todo, apesar do longo e vigoroso bis (com sucessos como Manos al Aire e Say It Right) e da boa forma vocal da cantora (perceptível na introspectiva Try), a apresentação não conseguiu manter um padrão minimamente elegante. Ao contrário. As imagens primárias projetadas no telão já ultrapassado, o público desengoçado chamado para dançar no palco em I Will Make u Cry, os dois equivocados figurinos e os recursos cênicos (como a vocalista fazendo número circense na beira do palco) situaram o show próximo do universo brega. Algo incondizente com o status mundial de Nelly Furtado. Esquecível...

10 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

A julgar pelo - irregular - show carioca da turnê Mi Plan, feito por Nelly Furtado na HSBC Arena na noite de 28 de março de 2010, a cantora canadense (descendente de portugueses) não consegue conciliar no palco suas múltiplas personalidades musicais. Nelly oscilou bastante em show confuso que roçou o brega em vários momentos. Com produção aquém de seu sucesso mundial, a artista cantou em inglês, em espanhol e até em português, mas decepcionou grande parte do público que encheu (sem lotar) a pista da arena carioca (as arquibancadas estavam quase vazias). O vibrante número inicial - Maneater, música do álbum (Loose, 2006) em que Nelly recorreu às batidas de Timbaland e Cia. - até fez supor um grande show. Na sequência, Força (tema do segundo álbum, Folklore, editado em 2003) tentou manter o pique, mas a apresentação foi se tornando cada vez mais oscilante - apesar de hits como I'm Like a Bird (cantado em coro desde o primeiro verso), Turn off the Lights e All Good Things (Come to an End) terem garantido momentos de animação na plateia. Em Bajo Outra Luz, uma das vocalistas ficou com parte do rap que, no álbum Mi Plan (2009), é bem cantada por La Mala Rodriguez. Mais tarde, Sozinha - a balada pop de Peninha, entoada por Nelly com um desenvolto português de sotaque lusitano - se tornou um destaque curioso do roteiro irregular. Entretanto, no todo, apesar do longo e vigoroso bis (com sucessos como Manos al Aire e Say It Right) e da boa forma vocal da cantora (perceptível na introspectiva Try), a apresentação não conseguiu manter um padrão minimamente elegante. Ao contrário. As imagens primárias projetadas no telão já ultrapassado, o público desengoçado chamado para dançar no palco em I Will Make u Cry, os dois equivocados figurinos e os recursos cênicos (como a vocalista fazendo número circense na beira do palco) situaram o show próximo do universo brega. Algo incondizente com o status mundial de Nelly Furtado. Esquecível...

29 de março de 2010 às 11:37  
Anonymous Anônimo said...

Não entendi o que faz uma cantora canadense,mundialmente famosa,gravar um album todo em espanhol... se ainda fosse Cristina Aguilera vai lá!

29 de março de 2010 às 12:28  
Anonymous Anônimo said...

Nelly oscila em show o que sempre fez em sua discografia - pop+world music+hip hop & dance+latin pop. Confuso porém bom. Sem falar que canta muito e é gata!

29 de março de 2010 às 12:34  
Blogger Emily said...

Eu achei o show Ótimo , mesmo com o atraso . Adorei , e já sabia que o show seria daquele jeito . se vcs procurassem se informar mais vc tbm saberiam que o show seria daquele jeito ...

29 de março de 2010 às 14:01  
Anonymous Anônimo said...

Mauro, Nelly não segue formulas tipicas de Beyoncé e Madonna mesmo assim é cantora com " C " maiúsculo.Não precisa para apelar para subterfgugios mas se não lotou é compreensivel pois não tem apelo popular das outras.

29 de março de 2010 às 21:57  
Anonymous Anônimo said...

LILY ALLEN,BEYONCÉ,JOSS STONE,NELLY FURTADO ... TODAS AGORA QUEREM O HSBC ARENA ...

29 de março de 2010 às 22:00  
Anonymous Diogo ! said...

Mauro meu camarada, li diversas vezes hoje esse seu texto pra entender porquê sua nota ao show foram parcos " * * 1/2 " e ser taxado como " irregular " .


Ele começou vibrante com " Maneater " e manteve o pique com " Força ",teve os hits obrigatórios ( " I'm Like a Bird ", " Turn off the Lights "," All Good things "),afagos(?)ao brasileiros com " Sozinho " além de " longo e vigoroso bis " como você bem mesmo disse. Sem falar que você também percebeu que Nelly Furtado está em ótima forma vocal!


Talvez esse meu comentário tem um pouco de ressentimento por não ter ido ao show. Gosto de Nelly Furtado e assim como ela sou descendentes de portugueses mas com tudo que você colocou na resenha não acharia o show ' esquecivel ' ...


Um abraço
Diogo Santos
Balneário Camboriú-SC

29 de março de 2010 às 23:00  
Anonymous Anônimo said...

A julgar pela resenha não me pareceu também um show irregular e esquecivel

30 de março de 2010 às 01:11  
Anonymous Anônimo said...

Não dá pra ir em todo e qualquer show internacional e esperar que lote,que tenha aparatos pirotécnicos e etc ...

30 de março de 2010 às 01:54  
Anonymous SIG said...

Nelly é neo-hippie e não tem música estourada nas paradas tupiniquins,lusitanas e do tio Sam.Aliás o fato de lançar um album todo em espanhol mostra que ela nem aí está pra isso!

30 de março de 2010 às 12:03  

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