Maquinado prioriza guitarra no segundo álbum
Resenha de CD
Título: Mundialmente Anônimo
O Magnético Sangramento da Existência
Artista: Maquinado
Gravadora: Opium Records
Cotação: * * * 1/2
Projeto solo de Lúcio Maia, guitarrista da banda Nação Zumbi, Maquinado debutou em disco em 2007 com álbum, Homem Binário, que já evidenciou no título seu tom cibernético e eletrônico. Foi um disco de produtor, repleto de experiências e convidados. Segundo título da discografia de Maquinado, lançado neste mês de março de 2010, Mundialmente Anônimo desvia Maia da inicial rota individual. As guitarras assumem lugar de destaque e os sons orgânicos - também presentes em Homem Binário - se tornam prioritários, ainda que as bases ostentem molde eletrônico. Faixas como o rap Tropeços Tropicais - cujas versos são ouvidos na voz de Lourdes da Luz (do Mamelo Sound System) - e Pode Dormir quase roçam o convencional formato pop. Mesmo assim, pairam no álbum as distorções, a psicodelia e a influência de Jorge Ben Jor - cuja Zumbi é recriada em grande estilo na abertura do disco - que não deixam o ouvinte esquecer de que se trata de um álbum de Maquinado. Embora haja dois temas instrumentais no disco (a roqueira SP e Recado ao Pio, Extensivo ao Lucas), Mundialmente Anônimo é também o trabalho em que Lúcio Maia se assume cantor, entoando sete das oito faixas interpretadas sem virtuosismos vocais (uma dessas sete faixas é Super Homem Plus, extraída do repertório do grupo Mundo Livre S/A). Contudo, é o guitarrista Lúcio Maia - este, sim, um virtuoso - que brilha no CD. E o fim arrebatador com SP, tema supra-citado que traduz em sons de guitarra os desvarios urbanos da paulicéia, não deixa dúvidas de que o homem nem tão binário sabe o que toca - firme na posição de grande guitarrista da Nação.
Título: Mundialmente Anônimo
O Magnético Sangramento da Existência
Artista: Maquinado
Gravadora: Opium Records
Cotação: * * * 1/2
Projeto solo de Lúcio Maia, guitarrista da banda Nação Zumbi, Maquinado debutou em disco em 2007 com álbum, Homem Binário, que já evidenciou no título seu tom cibernético e eletrônico. Foi um disco de produtor, repleto de experiências e convidados. Segundo título da discografia de Maquinado, lançado neste mês de março de 2010, Mundialmente Anônimo desvia Maia da inicial rota individual. As guitarras assumem lugar de destaque e os sons orgânicos - também presentes em Homem Binário - se tornam prioritários, ainda que as bases ostentem molde eletrônico. Faixas como o rap Tropeços Tropicais - cujas versos são ouvidos na voz de Lourdes da Luz (do Mamelo Sound System) - e Pode Dormir quase roçam o convencional formato pop. Mesmo assim, pairam no álbum as distorções, a psicodelia e a influência de Jorge Ben Jor - cuja Zumbi é recriada em grande estilo na abertura do disco - que não deixam o ouvinte esquecer de que se trata de um álbum de Maquinado. Embora haja dois temas instrumentais no disco (a roqueira SP e Recado ao Pio, Extensivo ao Lucas), Mundialmente Anônimo é também o trabalho em que Lúcio Maia se assume cantor, entoando sete das oito faixas interpretadas sem virtuosismos vocais (uma dessas sete faixas é Super Homem Plus, extraída do repertório do grupo Mundo Livre S/A). Contudo, é o guitarrista Lúcio Maia - este, sim, um virtuoso - que brilha no CD. E o fim arrebatador com SP, tema supra-citado que traduz em sons de guitarra os desvarios urbanos da paulicéia, não deixa dúvidas de que o homem nem tão binário sabe o que toca - firme na posição de grande guitarrista da Nação.
2 Comments:
Projeto solo de Lúcio Maia, guitarrista da banda Nação Zumbi, Maquinado debutou em disco em 2007 com álbum, Homem Binário, que já evidenciou no título seu tom cibernético e eletrônico. Foi um disco de produtor, repleto de experiências e convidados. Segundo título da discografia de Maquinado, lançado neste mês de março de 2010, Mundialmente Anônimo desvia Maia da inicial rota individual. As guitarras assumem lugar de destaque e os sons orgânicos - também presentes em Homem Binário - se tornam prioritários, ainda que as bases ostentem molde eletrônico. Faixas como o rap Tropeços Tropicais - cujas versos são ouvidos na voz de Lourdes da Luz (do Mamelo Sound System) - e Pode Dormir quase roçam o convencional formato pop. Mesmo assim, pairam no álbum as distorções, a psicodelia e a influência de Jorge Ben Jor - cuja Zumbi é recriada em grande estilo na abertura do disco - que não deixam o ouvinte esquecer de que se trata de um álbum de Maquinado. Embora haja dois temas instrumentais no disco (a roqueira SP e Recado ao Pio, Extensivo ao Lucas), Mundialmente Anônimo é também o trabalho em que Lúcio Maia se assume cantor, entoando sete das oito faixas interpretadas sem virtuosismos vocais (uma dessas sete faixas é Super Homem Plus, extraída do repertório do grupo Mundo Livre S/A). Contudo, é o guitarrista Lúcio Maia - este, sim, um virtuoso - que brilha no CD. E o fim arrebatador com SP, tema supra-citado que traduz em sons de guitarra os desvarios urbanos da paulicélia, não deixa dúvidas de que o homem nem tão binário sabe o que toca - firme na posição de grande guitarrista da Nação.
Mauro, só uma coisinha a corrigir.
"E o fim arrebatador com SP, tema supra-citado que traduz em sons de guitarra os desvarios urbanos da paulicélia, não deixa dúvidas de que o homem nem tão binário sabe o que toca - firme na posição de grande guitarrista da Nação."
Na verdade, não é paulicélia. É paulicéia. Ou melhor: pauliceia, obedecendo à reforma ortográfica.
Abraços,
Felipe dos Santos Souza
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