Enfarte para o coração matuto de Pena Branca
Aos 70 anos, José Ramiro Sobrinho (1939 - 2010), o Pena Branca, saiu de cena na noite desta segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010, vítima de enfarte fulminante. Legítima voz sertaneja, Pena Branca formou dupla com o irmão Ranulfo Ramiro da Silva (1942 - 1999), o Xavantinho, com quem obteve projeção nacional na década de 80, quando a dupla - dissolvida forçosamente com a morte de Xavantinho, em outubro de 1999 - gravou álbuns como Velha Morada (1980) e Uma Dupla Brasileira (1982). Naturais de Uberlândia (MG), onde iniciaram carreira em 1961, Pena Branca & Xavantinho ganharam fãs ilustres como Milton Nascimento - de quem recriaram O Cio da Terra (parceria de Milton com Chico Buarque) com muita propriedade - pela devoção aos sons dos sertão. Formavam inusitada dupla caipira que - sem concessões ao repertório sertanejo mais populista - transitava eventualmente até pela MPB entre modas de viola e temas folclóricos. Com a morte de Xavatinho, Pena Branca prosseguiu em carreira solo que rendeu álbuns como Semente Caipira (2000), Pena Branca Canta Xavantinho (2002) e Cantar Caipira (2008), último suspiro fonográfico dessa voz sertaneja fiel ao canto interiorano.
8 Comments:
Aos 70 anos, José Ramiro Sobrinho (1939 - 2009), o Pena Branca, saiu de cena na noite desta segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010, vítima de enfarte fulminante. Legítima voz sertaneja, Pena Branca formou dupla com o irmão Ranulfo Ramiro da Silva (1942 - 1999), o Xavantinho, com quem obteve projeção nacional na década de 80, quando a dupla - dissolvida forçosamente com a morte de Xavantinho, em outubro de 1999 - gravou álbuns como Velha Morada (1980) e Uma Dupla Brasileira (1982). Naturais de Uberlândia (MG), onde iniciaram carreira em 1961, Pena Branca & Xavantinho ganharam fãs ilustres como Milton Nascimento - de quem recriaram O Cio da Terra (parceria de Milton com Chico Buarque) com muita propriedade - pela devoção aos sons dos sertão. Formavam inusitada dupla caipira que - sem concessões ao repertório sertanejo mais populista - transitava eventualmente até pela MPB entre modas de viola e temas folclóricos. Com a morte de Xavatinho, Pena Branca prosseguiu em carreira solo que rendeu álbuns como Semente Caipira (2000), Pena Branca Canta Xavantinho (2002) e Cantar Caipira (2008), último suspiro fonográfico dessa voz sertaneja fiel ao canto interiorano.
Este texto foi postado às 9:18 de terça-feira, 9 de fevereiro de 2010, mas aparece com data de ontem para coincidir com o dia da morte do artista. Abs, Mauro Ferreira
O céu está ficando um lugar cada vez mais legal. A gente é que fica triste aqui, com saudades.
Uma dupla que deixa muitas saudades, responsável pela melhor interpretação de "Cio da Terra" que já foi feita e por ter lançado "Calix Bento" antes mesmo da gravação antológica do Mílton.
abração,
Denilson
Lindura,
"para", segundo a nova ortografia, não tem mais o acento agudo.
Um saco essas mudanças, não é mesmo?
beijo na orelhinha,
Lourdes Maria
Lourdes, na realidade, eu - juro - sabia, mas fiquei com a sensação de que estaria escrevendo errado se não usasse o acento. Achei que ninguém fosse notar. Mas seu comentário me fez concluir (de uma vez por todas) que as mudanças ortográficas são inevitáveis. Grato, de qualquer forma, MauroF
Mauro, apenas uma observação: enfarte não é o caso.
Diga (escreva) infarto, ok?
Enfarte foi uma invenção do Ibrahim Sued, em priscas eras, e como ele era um colunista muito lido foi rapidamente divulgado (erroneamente).
Abç.
jota não deixa de ter razão, mas hj já se aceita a grafia 'enfarte', embora em termos médicos permanece infarto (IAM - infarto agudo do miocardio).
lamentável, com 'e' ou com 'i'.
Maravilhosa dupla.
O Pena Branca fazia um som sertanejo sem poluição. Maravilhoso. Ele era carinhoso com as pessoas e o show sempre lindo e emocionante. Cio da Terra com eles era especial.
Siga em paz!
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