8 de fevereiro de 2010

Presença bela de Beyoncé inebria arena carioca

Resenha de Show
Título: I Am... Yours Tour
Artista: Beyoncé (em fotos de Mauro Ferreira)
Local: HSBC Arena (RJ)
Data: 7 de fevereiro de 2010
Cotação: * * * * 1/2
Em cartaz no Rio de Janeiro (RJ) - 8 de fevereiro
e em Salvador (BA) - 10 de fevereiro de 2010
Quando, após mais uma troca de roupa, Beyoncé surge com pose e figurino de diva, na beira do palco da HSBC Arena, para cantar At Last, o clássico do repertório da cantora Etta James que ela já interpretou no filme Cadillac Records (2008), ninguém duvida da artilharia vocal da artista mais badalada dos Estados Unidos no momento. Mas não é a voz - potente, afinada, calorosa - que faz o show de Beyoncé eletrizar plateias mundo afora, como aconteceu na noite de domingo, 7 de fevereiro de 2010, na primeira das duas apresentações da I Am... Yours Tour agendadas no Rio de Janeiro (RJ). Mais do que cantora de amplos recursos vocais, usados quando ela entoa baladas como Listen e If I Were a Boy, Beyoncé é a chamada artista completa. Canta, dança, representa - e quem há de garantir que ela não representava a estrela acessível quandor aceitou dar o autógrafo pedido pelo fã do gargarejo no meio de um número? - e comanda com bela presença cênica show hi-tech que inebria. Difícil resistir ao charme ensaiado da neodiva.
Estruturado com maestria em seis blocos, com ajuda de elementos cênicos e de nítidas imagens projetadas em telão de alta definição, o roteiro alterna momentos dançantes com outros mais calmos. Logo no começo, Beyoncé encarna a diva do r & b pop para cantar Crazy in Love, o hit irresistível de seu primeiro álbum solo, Dangerously in Love (2003). Na sequência, vestida de branco à frente de um fundo azul, ela enfileira baladas num set que tem seu momento kitsch quando, já embalada num figurino de noiva, Beyoncé interpreta Ave Maria. Alheio aos (pre)conceitos e aos julgamentos midiáticos que determinam o que é brega ou chique, o público aplaude forte. Como também se deixa levar em seguida pelo bloco pop, simbolizado pela presença de um rádio no centro do palco. É quando Beyoncé lança mão de músicas como Radio e Ego. Na sequência, a temperatura esquenta ainda mais quando a diva desce do palco e caminha pela platéia - cantando - em direção a um palco menor posicionado bem no centro da arena. Neste set mais íntimo (se é que o conceito de intimidade se aplica a um show como o de Beyoncé), a artista se dirige a alguns fãs entre números como Irreplaceable, Check on It e Video Phone. O público delira nas pistas e nas arquibancadas - lotadas - pelo privilégio de ver e ouvir a estrela tecnicamente tão perto. Na sequência, há o revival do Destiny's Child - o grupo no qual Beyoncé se lançou na carreira artística na segunda metade da década de 90 - com medley de sucessos do trio. Pena que Beyoncé se dê ao luxo de queimar um cartucho infalível ao não aproveitar todo o potencial eletrizante de Survivor, o maior hit do grupo. Mesmo isolado do medley, Survivor não aparece com toda a força que poderia ter - apesar das imagens impactantes exibidas no telão. Já Single Ladies (Put a Ring on It) é aproveitada em sua plenitude, com direito ao hilário vídeo em que anônimos mostram suas coreografias para o petardo disparado por Beyoncé em seu terceiro álbum solo, I Am... Sasha Fierce (2008), irregular disco duplo que inspirou a I Am... Tour e no qual há Halo, a poderosa balada que encerra o mix inebriante de pop, r & b, dance e baladas cantado por Beyoncé num show em que a presença - sempre bela e cativante - é tão ou mais importante do que a voz, também (sempre!) bela e cativante.

10 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Quando, após mais um troca de roupa, Beyoncé surge com pose e figurino de diva, na beira do palco da HSBC Arena, para cantar At Last, o clássico do repertório da cantora Etta James que ela interpretou no filme Cadillac Records (2008), ninguém duvida da artilharia vocal da artista mais badalada dos Estados Unidos no momento. Mas não é a voz - potente, afinada, calorosa - que faz o show de Beyoncé eletrizar plateias mundo afora, como aconteceu na noite de domingo, 7 de fevereiro de 2010, no primeiro das duas apresentações da I Am... Yours Tours agendadas no Rio de Janeiro (RJ). Mais do que cantora de amplos recursos vocais, usados quando ela entoa baladas como Listen e If I Were a Boy, Beyoncé é a chamada artista completa. Canta, dança, representa - e quem há de garantir que ela não representava a estrela acessível quandor aceitou dar o autógrafo pedido pelo fã do gargarejo no meio de um número? - e comanda com bela presença cênica show hi-tech que inebria. Difícil resistir ao charme ensaiado da neodiva.
Estruturado com maestria em seis blocos, com ajuda de elementos cênicos e de nítidas imagens projetadas em um poderoso telão , o roteiro alterna momentos dançantes com outros mais calmos. Logo no começo, Beyoncé encarna a diva do r & b pop para cantar Crazy in Love, o hit irresistível de seu primeiro álbum solo, Dangerously in Love (2003). Na sequência, vestida de branco à frente de um fundo azul, ela enfileira baladas num set que tem seu momento kitsch quando, já embalada num figurino de noiva, Beyoncé interpreta Ave Maria. Alheio aos (pre)conceitos e aos julgamentos midiáticos que determinam o que é brega ou chique, o público aplaude forte. Como também se deixa levar em seguida pelo bloco pop, simbolizado pela presença de um rádio no centro do palco. É quando Beyoncé lança mão de músicas como Radio e Ego. Na sequência, a temperatura esquenta ainda mais quando a diva desce do palco e caminha pela platéia - cantando - em direção a um palco menor posicionado bem no centro da arena. Neste set mais íntimo (se é que o conceito de intimidade se aplica a um show como o de Beyoncé), a artista se dirige a alguns fãs entre números como Irreplaceable, Check on It e Video Phone. O público delira nas pistas e nas arquibancadas - lotadas - pelo privilégio de ver e ouvir a estrela tecnicamente tão perto. Na sequência, há o revival do Destiny's Child - o grupo no qual Beyoncé se lançou na carreira artística na segunda metade da década de 90 - com medley de sucessos do trio. Pena que Beyoncé se dê ao luxo de queimar um cartucho infalível ao não aproveitar todo o potencial eletrizante de Survivor, o maior hit do grupo. Mesmo isolado do medley, Survivor não aparece com toda a força que poderia ter - apesar das imagens impactantes exibidas no telão. Já Single Ladies (Put a Ring on It) é aproveitada em sua plenitude, com direito ao hilário vídeo em que anônimos mostram suas coreografias para o petardo disparado por Beyoncé em seu terceiro álbum solo, I Am... Sasha Fierce (2008), irregular disco duplo que inspirou a I Am... Tours e no qual há Halo, a poderosa balada que encerra o mix inebriante de pop, r & b, dance e baladas cantado por Beyoncé num show em que a presença - sempre bela e cativante - é tão ou mais importante do que a voz, também (sempre!) bela e cativante.

8 de fevereiro de 2010 às 09:57  
Anonymous Marcela Cabral said...

Esse show foi tudo, a bey realmente provou de uma vez por todas que eh a melhor da atualidade. parabens tambem pela organização do show, nao vi uma confusão e fez com que tudo fosse perfeito

beijoss

8 de fevereiro de 2010 às 10:11  
Blogger Alan said...

Um show impressionante! Beyoncé tem um carisma e uma desenvoltura para com o seu público que fazem jus ao merecido título de Diva. Canta (e quase sempre sem playback), dança e interpreta(?) no palco com perfeição.
Adorei aquele telão de alta definição criando os cenários para cada música. Até me lembrou o show da Celine, "A New Day... Live in Las Vegas", quando aparecem as imagens do mar ao fundo e ela canta em cima da escada transparente.
Mas a parte que mais gostei foi a interpretação de Radio, onde apareceram as imagens dela quando criança. Lindo!

8 de fevereiro de 2010 às 10:36  
Anonymous Anônimo said...

Assim como Marcela achei o show impecável, mas ela de certo nao enfrentou a fila kilometrica do lado de fora da
arena. A produção pecou muito neste quesito, houve empurra-empurra, correria e clima de tensão em certas
partes da fila.
Acho que as pessoas deviam também aproveitar mais o show e tirar menos fotos.
Assisti da pista premium e estou super feliz de ter visto o furacão Beyonce de perto! Saí de SP pro Rio pela Beyonce e valeu a pena. Uma obs: fiquei super decepcionado com
a Modern Sound, realmente decaiu.

8 de fevereiro de 2010 às 10:50  
Blogger Célia Porto said...

Gosto da Beyoncé, neste mundo pop ela reina, porque canta e dança muito bem. Tem atitude é segura. Pena que não vem a Brasília.

8 de fevereiro de 2010 às 11:56  
Anonymous Anônimo said...

Sobre o espetáculo realmente não há nada mais que acrescentar. Esperava mesmo uma performance em cima de bases pré gravadas e até palyback, mas tinha a banda tocando também.
Agora, aproveito o comentário do anônimo de 10:50 sobre a preocupação maior em fotografar e filmar, do que assistir ao show. A pessoa está na boca da cena e se limita a ver o espetáculo sob o visor do celular ou da máq. fotográfica, para depois alimentar as redes sociais e mostrar que estava lá. Estava mas não viu.

8 de fevereiro de 2010 às 13:40  
Anonymous Anônimo said...

Mauro como sempre um ótimo crítico e um péssimo fotógrafo!

8 de fevereiro de 2010 às 17:20  
Anonymous Anônimo said...

Show maravilhoso. Assisti no Morumbi em SP e a emoção das 60.000pessoas que lotaram o estádio certamente ficará marcado na memória dela.

8 de fevereiro de 2010 às 19:20  
Anonymous Anônimo said...

Mano Freire disse

Eu nao mereço esse tipo de lixo cultural. Essa moça devia ir ajudar o povo no Haiti. Pelo amor de Deus, só Ivete pra trazer coisas desse tipo pro Brasil.

8 de fevereiro de 2010 às 21:06  
Anonymous Anônimo said...

Lixo,Lixo , Lixo !!! Fico me pergu ntando qual a diferença dessa rebolativa cantora e todas as outras "cantoras " americanas 'pop" pós Tinna Turner, e digo não há nenhuma , essa música não se renova e continua a mesma música descartável-com cantoras com a timbre e " potencia " vocal, pra que isso, música que é bom mesmo não se ouve. È um espetáculo , mas brega e piegas . E os brasileiros acham o máximo esse lixo, enquant nossa boa música sofre pra se manter de pé. A culpa é da falta de cultura, que gera coisas como Ivete Sangalo, Claúdia Leite e Wanessa . Que OXALÀ nos proteja.

Alexsandro:Rio de Janeiro.

10 de fevereiro de 2010 às 07:51  

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