Covers de Gabriel ficam entre o épico e o trivial
Resenha de CD
Título: Scratch
my Back
Artista: Peter Gabriel
Gravadora: EMI Music
Cotação: * * * 1/2
Peter Gabriel oscila entre o épico e o banal em seu CD de covers Scratch my Back, tido como primeiro título de um projeto amplo de intercâmbio entre compositores. No toque orquestral do mentor do Genesis, Mirrorball - música da lavra do Elbow - mais parece um grandiloquente tema orquestral de trilha sonora de filme. Produzido por Bob Ezrin e arranjado por John Metcalfe, o primeiro disco de Gabriel em oito anos se caracteriza pela ausência de bateria e guitarra. Cordas e sopros criam a cama orquestral na qual o artista se deita - confortável com seu piano - para abordar repertório recolhido entre dinossauros do pop rock (David Bowie, Paul Simon, Lou Reed, Neil Young) e nomes da volátil cena indie (Arcade Fire, Regina Spektor, o citado Elbow). Entre um e outro estágio, situa-se o Radiohead, representado pelo arrojado cover de Street Spirit (Fade Out). O formato orquestral engessa, de certa forma, as doze releituras. Mas é inegável a classe do projeto. Quando Gabriel acerta, como em Heroes (de Bowie) e em The Boy in the Bubble (de Simon), o resultado roça o sublime. The Power of your Heart - balada de romantismo bissexto na obra de Lou Reed, à qual Gabriel adicionou refrão com aprovação do autor - tem quase seis minutos de crescente beleza e intensidade. Contudo, à medida que avançam as 12 faixas do CD, Scratch my Back vai perdendo impacto pela uniformidade do formato (como uma trilha sonora de filme que soa repetitiva no CD-player). E o fato é que há momentos realmente banais, como Philadelphia, a canção de Neil Young pela qual Gabriel nada faz. Acima de erros e acertos, no entanto, paira o talento criador deste inquieto músico, que acaba de completar 60 anos em 13 de fevereiro de 2010. O CD Scratch my Back está em sintonia com a maturidade do artista.
Título: Scratch
my Back
Artista: Peter Gabriel
Gravadora: EMI Music
Cotação: * * * 1/2
Peter Gabriel oscila entre o épico e o banal em seu CD de covers Scratch my Back, tido como primeiro título de um projeto amplo de intercâmbio entre compositores. No toque orquestral do mentor do Genesis, Mirrorball - música da lavra do Elbow - mais parece um grandiloquente tema orquestral de trilha sonora de filme. Produzido por Bob Ezrin e arranjado por John Metcalfe, o primeiro disco de Gabriel em oito anos se caracteriza pela ausência de bateria e guitarra. Cordas e sopros criam a cama orquestral na qual o artista se deita - confortável com seu piano - para abordar repertório recolhido entre dinossauros do pop rock (David Bowie, Paul Simon, Lou Reed, Neil Young) e nomes da volátil cena indie (Arcade Fire, Regina Spektor, o citado Elbow). Entre um e outro estágio, situa-se o Radiohead, representado pelo arrojado cover de Street Spirit (Fade Out). O formato orquestral engessa, de certa forma, as doze releituras. Mas é inegável a classe do projeto. Quando Gabriel acerta, como em Heroes (de Bowie) e em The Boy in the Bubble (de Simon), o resultado roça o sublime. The Power of your Heart - balada de romantismo bissexto na obra de Lou Reed, à qual Gabriel adicionou refrão com aprovação do autor - tem quase seis minutos de crescente beleza e intensidade. Contudo, à medida que avançam as 12 faixas do CD, Scratch my Back vai perdendo impacto pela uniformidade do formato (como uma trilha sonora de filme que soa repetitiva no CD-player). E o fato é que há momentos realmente banais, como Philadelphia, a canção de Neil Young pela qual Gabriel nada faz. Acima de erros e acertos, no entanto, paira o talento criador deste inquieto músico, que acaba de completar 60 anos em 13 de fevereiro de 2010. O CD Scratch my Back está em sintonia com a maturidade do artista.
3 Comments:
Peter Gabriel oscila entre o épico e o banal em seu CD de covers Scratch my Back, tido como primeiro título de um projeto amplo de intercâmbio entre compositores. No toque orquestral do mentor do Genesis, Mirrorball - música da lavra do Elbow - mais parece um grandiloquente tema orquestral de trilha sonora de filme. Produzido por Bob Ezrin e arranjado por John Metcalfe, o primeiro disco de Gabriel em oito anos se caracteriza pela ausência de bateria e guitarra. Cordas e sopros criam a cama orquestral na qual o artista se deita - confortável com seu piano - para abordar repertório recolhido entre dinossauros do pop rock (David Bowie, Paul Simon, Lou Reed, Neil Young) e nomes da volátil cena indie (Arcade Fire, Regina Spektor, o citado Elbow). Entre um e outro estágio, situa-se o Radiohead, representado pelo arrojado cover de Street Spirit (Fade Out). O formato orquestral engessa, de certa forma, as doze releituras. Mas é inegável a classe do projeto. Quando Gabriel acerta, como em Heroes (de Bowie) e em The Boy in the Bubble (de Simon), o resultado roça o sublime. The Power of your Heart - balada de romantismo bissexto na obra de Lou Reed, à qual Gabriel adicionou refrão com aprovação do autor - tem quase seis minutos de crescente beleza e intensidade. Contudo, à medida que avançam as 12 faixas do CD, Scratch my Back vai perdendo impacto pela uniformidade do formato (como uma trilha sonora de filme que soa repetitiva no CD-player). E o fato é que há momentos realmente banais, como Philadelphia, a canção de Neil Young pela qual Gabriel nada faz. Acima de erros e acertos, no entanto, paira o talento criador deste inquieto artista, que acabou de completar 60 anos no dia 13 de fevereiro de 2010.
Tive essa mesma impressão nas primeiras audições do CD, mas confesso que o álbum tem se tornado muito mais complexo e significativo a cada vez que visita o player.
Nesse momento, Listening Wind e My Body Is A Cage são as mais tocadas aqui em casa.
Se os arranjos orquestrais engessam, por outro lado destacam o texto soberbamente dito por Gabriel.
Muito além do formato unplugged, Scatch My Back transcende os signos e honra a discografia madura de Peter.
Po, AMO Peter Gabriel. Mas já chegou nas lojas??????? Onde eu encontro????????????
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