'Heligoland' ambienta bem Massive sem hip hop
Resenha de CD
Título: Heligoland
Artista: Massive Attack
Gravadora: Virgin / EMI Music
Cotação: * * * 1/2
Título: Heligoland
Artista: Massive Attack
Gravadora: Virgin / EMI Music
Cotação: * * * 1/2
A cada álbum, o duo Massive Attack arrisca explorar novas trilhas na sua viagem, resistindo à tentação de copiar a fórmula de seu primeiro álbum, Blue Lines (1991), trabalho que estabeleceu os parâmetros do gênero que veio a ser conhecido como trip hop. Nas lojas a partir de 8 de fevereiro de 2010, mas já vazado na internet, o quinto álbum de estúdio de 3D (codinome de Robert del Naja) e Daddy G (Grant Marshall), Heligoland, aponta para outro caminho. O CD ambienta (bem) o som do Massive Attack sem recorrer ao hip hop, um dos ingredientes da receita básica do trip hop. A introdução de tom quase sacro da primeira das dez músicas, Pray for Rain, já sinaliza que a viagem pode vir a ser interessante se o ouvinte entrar na onda. Pray for Rain conta com os vocais de Tunde Adebimpe, do grupo TV on the Radio. Aliás, Heligoland é pautado pela presença de convidados recrutados na cena indie. A voz de Martina Topley-Bind dá o tom feminino e delicado de Babel e Psyche. Mas sem roçar a beleza atingida pela cantora Hope Sandoval nos vocais de Paradise Circus, faixa que também se destaca no repertório de inéditas pela instrumentação bela, com direito a cordas. Em Helilogand, o duo persegue sons mais orgânicos sem prejuízo da atmosfera típica de suas batidas lentas. É fato que o álbum às vezes carece de energia, tendo subaproveitado as presenças de convidados como Damon Albarn (em Saturday Come Slow) e Guy Garvey (do grupo Elbow, em Flat of the Blade). Mas não há como negar a beleza às vezes inebriante que envolve a orquestração do CD. Vale destacar ainda Splitting the Atom, faixa na qual figura o cantor jamaicano Horace Andy, que bisa sua participação em Girl I Love You. Enfim, com seu som ambiente de atmosfera densa, Heligoland não chega a ser uma obra-prima, mas tem munição suficiente para cativar os fãs do Massive Attack, cujo último álbum, 100th Window (2003), foi lançado há já longínquos sete anos. Entre um e outro, houve a compilação Collected (2006), mas é com Heligoland que a viagem prossegue de fato. Rumo a um destino novo. Trilha é boa...
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A cada álbum, o duo Massive Attack arrisca explorar novas trilhas na sua viagem, resistindo à tentação de copiar a fórmula de seu primeiro álbum, Blue Lines (1991), trabalho que estabeleceu os parâmetros do gênero que veio a ser conhecido como trip hop. Nas lojas a partir de 8 de fevereiro de 2010, mas já vazado na internet, o quinto álbum de estúdio de 3D (codinome de Robert del Naja) e Daddy G (Grant Marshall), Heligoland, aponta para outro caminho. O CD ambienta (bem) o som do Massive Attack sem recorrer ao hip hop, um dos ingredientes da receita básica do trip hop. A introdução de tom quase sacro da primeira das dez músicas, Pray for Rain, já sinaliza que a viagem pode vir a ser interessante se o ouvinte entrar na onda. Pray for Rain conta com os vocais de Tunde Adebimpe, do grupo TV on the Radio. Aliás, Heligoland é pautado pela presença de convidados recrutados na cena indie. A voz de Martina Topley-Bind dá o tom feminino e delicado de Babel e Psyche. Mas sem roçar a beleza atingida pela cantora Hope Sandoval nos vocais de Paradise Circus, faixa que também se destaca no repertório de inéditas pela instrumentação bela, com direito a cordas. Em Helilogand, o duo persegue sons mais orgânicos sem prejuízo da atmosfera típica de suas batidas lentas. É fato que o álbum às vezes carece de energia, tendo subaproveitado as presenças de convidados como Damon Albarn (em Saturday Come Slow) e Guy Garvey (do grupo Elbow, em Flat of the Blade). Mas não há como negar a beleza às vezes inebriante que envolve a orquestração do CD. Vale destacar ainda Splitting the Atom, faixa na qual figura o cantor jamaicano Horace Andy, que bisa sua participação em Girl I Love You. Enfim, com seu som ambiente de atmosfera densa, Heligoland não chega a ser uma obra-prima, mas tem munição suficiente para cativar os fãs do Massive Attack, cujo último álbum, 100th Window (2003), foi lançado há já longínquos sete anos. Entre um e outro, houve a compilação Collected (2006), mas é com Heligoland que a viagem prossegue de fato. Rumo a um destino novo. Trilha é boa...
Belo disco do grupo inglês com destaque para as melodias hipnóticas e minimalistas, os arranjos de cordas em Paradise Circus e Splliting the Atom e vocais dos convidados. No entanto, como bem observou o critico, Dalmon Albarn, do Blur, não empolga na faixa Saturday Come Slow. Ao fim se esperava um álbum mais surpreendente, coeso e envolvente.
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