1 de dezembro de 2009

Paulo diz que não é para comparar CD de Selma

"Muitas cantoras me prometeram este disco. Selma Reis foi a única que peitou e o fez. E o fez com categoria. Não é um disco para comparar. É um disco para louvar a coragem de uma cantora", sentenciou Paulo César Pinheiro ao ser chamado por Selma Reis para discursar no pequeno palco armado na Casa da Suíça (RJ), na noite de 30 de novembro de 2009, para viabilizar o pocket-show que oficializou o lançamento do álbum A Minha Homenagem ao Poeta da Voz. Pinheiro se referiu explicitamente ao fato de quase todas as músicas do disco já terem sido (bem) gravadas por intérpretes como Clara Nunes (1942 - 1983) e Elis Regina (1945 - 1982) - citadas nominalmente por ele. Com concepção e direção musical da própria Selma Reis (vista em fotos de Mauro Ferreira), o álbum está sendo editado neste mês de dezembro pelo selo da cantora, Tessitura Musical, e vai poder ser encontrado em lojas como a carioca Modern Sound e a rede (virtual e física) da Saraiva.

No pocket-show feito para plateia de convidados, Selma cantou cinco músicas dentre as 14 que reúne no álbum em que presta tributo a Paulo César Pinheiro no ano em que o compositor festeja seu 60º aniversário. Banho de Manjericão foi o destaque do set informal pelo inusitado registro de voz-e-percussão (a cargo do mestre Robertinho Silva) que deu nova vida à parceria de Paulo com João Nogueira (1941 - 2000), lançada por Clara Nunes em 1979 no álbum Esperança. De fato corajosa, Selma reviveu As Forças da Natureza (1977), arriscou entoar o Bolero de Satã - lançado por Elis também em 1979, em dueto com Cauby Peixoto, no LP Essa Mulher - e soltou a voz grave em Minha Missão (1981) antes de mostrar sua versão malandra de Tô Voltando, outro tema de 1979, este lançado por Simone no álbum Pedaços. Saboroso aperitivo do (belo) disco, que faz justiça à voz de Selma!!

27 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

"Muitas cantoras me prometeram este disco. Selma Reis foi a única que peitou e o fez. E o fez com categoria. Não é um disco para comparar. É um disco para louvar a coragem de uma cantora", sentenciou Paulo César Pinheiro ao ser chamado por Selma Reis para discursar no pequeno palco armado na Casa da Suíça (RJ), na noite de 30 de novembro de 2009, para viabilizar o pocket-show que oficializou o lançamento do álbum A Minha Homenagem ao Poeta da Voz. Pinheiro se referiu explicitamente ao fato de quase todas as músicas do disco já terem sido (bem) gravadas por intérpretes como Clara Nunes (1942 - 1983) e Elis Regina (1945 - 1982) - citadas nominalmente por ele. Com concepção e direção musical da própria Selma Reis (vista em fotos de Mauro Ferreira), o disco está sendo editado neste mês de dezembro pelo selo da cantora, Tessitura Musical, e vai poder ser encontrado em lojas como a carioca Modern Sound e a rede (virtual e física) da Saraiva.

No pocket-show feito para plateia de convidados, Selma cantou cinco músicas dentre as 14 que reúne no álbum em que presta tributo a Paulo César Pinheiro no ano em que o compositor festeja seu 60º aniversário. Banho de Manjericão foi o destaque do set informal pelo inusitado registro de voz-e-percussão (a cargo do mestre Robertinho Silva) que deu nova vida à parceria de Paulo com João Nogueira (1941 - 2000), lançada por Clara Nunes em 1979 no álbum Esperança. De fato corajosa, Selma reviveu As Forças da Natureza (1976), arriscou entoar o Bolero de Satã - lançado por Elis também em 1979, em dueto com Cauby Peixoto, no LP Essa Mulher - e soltou a voz grave em Minha Missão (1981) antes de mostrar sua versão malandra de Tô Voltando, outro tema de 1979, este lançado por Simone no álbum Pedaços. Saboroso aperitivo do (belo) disco, que faz justiça à voz de Selma!!

1 de dezembro de 2009 às 12:05  
Blogger Claudio Almeida said...

Oi, Mauro, tudo bem?

Adorei sua resenha. Adoro a Selma e estou ansioso para ouvir este trabalho.

Se me permite uma correção:
"As forças da natureza" é do ano de 1977, gravada no álbum que leva o mesmo nome.
Em 1976 ela gravou o álbum "Clara", que tem a belíssima "O canto das três raças".

Um grande abraço!

Claudio

1 de dezembro de 2009 às 12:34  
Blogger Mauro Ferreira said...

oi, Claudio, tem toda razão. Lapso meu! Grato pela correção.
Ah, o disco é ótimo e recoloca a discografia de Selma em alto nível. Semana que vem postarei resenha detalhada do álbum.
abs, obrigado, MauroF

1 de dezembro de 2009 às 12:37  
Anonymous Lurian said...

Selma é uma figura importante na leva de cantoras surgidas dos anos 90, talvez uma das melhores. Me impressionou de fato a capacidade de sua voz no disco de músicas sacras. Nós que nos acostumamos a ouví-la em registros graves,podemos perceber ali registros mezzo-soprano lindos, o que demonstra sua vesatilidade e potências vocais. E o que dizer de "Ares de Havana"? um delicioso disco gravado inteira e intensamente na ilha? com as alta voltagens de 'Para vivir', 'Oh melancolia', 'Espuma y arena', dentre outras pérolas do cancioneiro cubano. De fato era hora de Selma se voltar à MPB, e o faz em boas mãos dando voz aos versos deste grande poeta que é P. C. Pinheiro. A princípio o medo da comparação com as figuras míticas de Clara e Elis, ou mesmo das já bem gravadas por Simone ou Marília Medalha; em seguida a curiosidade e a certeza de que Selma foi capaz de reinventar estas canções. Ansiedade para ouvir é o nome deste momento!!!

1 de dezembro de 2009 às 12:49  
Anonymous Anônimo said...

A gente se engana e acha que é so o Caetano que acredita em comparações e da alguma importancia a isso.PCP ninguem de bom senso acredita mais nisso como fator relevante para mensurar um trabalho ou um artista.Voce e Caetano são muito grandes e pensar assim é tão pequenininho...Selma não esta correndo risco nenhum.Ainda mais que é auto-suficiente e completamente distoante e diferenciada das demais citadas.E muito talentosa!

1 de dezembro de 2009 às 15:30  
Anonymous Anônimo said...

VIVA SELMA REIS!!!!!!!

VAMOS SABOREAR ESSA ESPECIARIA QUE A GRANDE DAMA DA NOSSA MÚSICA VAI NOS PROPORCIONAR.

SELMA REIS É A VOZ, A ALMA, O SENTIMENTO, A VERDADE QUE SÓ AS GRANDES POSSUEM.

QUE O 'POETA DA VOZ' SEJA MAIS UMA DOS GRANDES TRABALHOS DESSA NOBRE CANTORA.

SEJA BEM-VINDA.

1 de dezembro de 2009 às 17:07  
Blogger Maísa Capobiango said...

Oi Mauro,

Também estive ontem à noite na Casa da Suiça e pude ter o prazer de ser testemunha do que você escreveu. Assino embaixo! Acho que se, além do bis, ela cantasse mais umas cinco vezes "Eu tô voltando", a gente ainda ficaria ali, se deliciando e querendo mais!.
Abraços, Maísa.

1 de dezembro de 2009 às 18:20  
Anonymous Anônimo said...

Também estava lá mas não deu para não comparar, Elis,Clara e Simone fizeram muito melhor, me desculpe PCP!!!

1 de dezembro de 2009 às 19:12  
Anonymous Anônimo said...

Mauro,

Esqueci de agradecer. Muito obrigado pela informação do cd! O pobrinho aqui vai comprar fácil! Um dos meus presentes de Natal! Abraços,

Marcelo Barbosa - Brasília (DF)

PS: Aguardo a resenha do cd dos sambas-enredos do carnaval de 2010.

1 de dezembro de 2009 às 19:26  
Blogger J said...

Eu gosto dessa Selma, mas, me recordo sempre daquela fase meio brega dela, com aqueles discos repletos de teclados açucarados e temas de novela... mas tem um voz bacanéerrima!

1 de dezembro de 2009 às 21:39  
Blogger J said...

Jouber - http://vidasemmusicaenada.blogspot.com/

1 de dezembro de 2009 às 21:40  
Anonymous Anônimo said...

Selma Reis é uma cantora que faz falta... Que bom esse novo trabalho.. Ansioso pra ouvir.

1 de dezembro de 2009 às 23:34  
Anonymous Anônimo said...

Fico feliz pela Selma Reis ter realizado um trabalho desse porte. Ãcho que de fato não cabem comparações, pois Selma tem estilo, personalidade. tem sua marca e seu talento, tão grandiosos quanto os das nossas belas intérpretes citadas. Parabéns, Selma!

2 de dezembro de 2009 às 08:07  
Anonymous Anônimo said...

Banho de Manjericão, As Forças da Natureza e Minha Missão, esses registros são definitivos, até hoje, da Clara.
Estou muito ansioso para ouvir como Selma Reis se portou.

2 de dezembro de 2009 às 09:02  
Anonymous Anônimo said...

Curioso como o termo "brega" virou palavrinha fácil para designar o gosto dos outros...

Acompanho Selma praticamente desde seu primeiro trabalho, nem sempre com o mesmo interesse. Dona de uma voz encorpada, potente e melodiosa, timbre de mezzo com graves bem definidos e aveludados, suas interpretações costumam ser densas e vigorosas, o que nem sempre combina com o repertório que escolhe.
Torço muito para que seja um grande trabalho, apesar das figuras míticas que povoam nosso imaginário quando ouvimos as canções que escolheu para gravar.
Lamento apenas que, em meio a um universo tão vasto, ela tenha escolhido revisitar o que já foi tão bem habitado, quando havia tantos outros pontos que podiam ser explorados na obra de PCP.

Fabio de Sampa

2 de dezembro de 2009 às 10:18  
Anonymous Glaucia Villasih said...

Selma Reis quando canta, encanta!!!
Dona de uma voz ímpar, chega sempre com interpretações surpreendentes. Selma brilha em qualquer palco!!

2 de dezembro de 2009 às 14:43  
Blogger Mauro Ferreira said...

Aos que gostam de Selma, recomendo a compra do CD, destaque em sua discografia. Abs, MauroF

2 de dezembro de 2009 às 17:53  
Anonymous Anônimo said...

Mauro e Beth? Como se saiu cantando Portela na Avenida?

2 de dezembro de 2009 às 20:09  
Anonymous Anônimo said...

Cordilheiras ficou péssimo! N dá para engolir...

3 de dezembro de 2009 às 17:17  
Anonymous Anônimo said...

Anônimo das 17:17 do dia dia 03/12

Pelo visto vc comprou outro CD, não o da Selma.
Acabei de comprar o Cd dela aqui no RJ na Modern Sound e o CD está todo maravilhoooooosooooooo. Tooooodooooooo.

Começa com Banho de Manjericão que é uma ode do verdadeiro canto de raiz, que nos leva as negras e aos tambores.
Forças da Natureza ficou linda ela com o Diogo Nogueira.
Está tudo muito bem feito, com músicos maravilhosos, com arranjos de primeira, com participações especiais de alta qualidade, uma direção musical que dá uma unidade no CD incrível, uma capa que é da maior qualidade para nós que gostamos de coisa boa e acompanhamos nos detalhes a tanto tempo, e vejo que o fotógrafo e autor do projeto gráfico é o Locca Faria autor de antológicas capas como Clube da Esquina 2, Sarah Vaughan, Dorival Caymmi, Egberto Gismonti, Nana Caymmi, Boca Livre e tantas outras.
A gente vê em todos os trabalhos da Selma que a preocupação é tanta com a qualidade que quando nos deparamos com os seus trabalhos sentimos isso em todos os momentos e em cada fase do processo.
Parabéns Selma Reis por nos dar uma beleza de trabalho como esse.
Certo esta PCP que diz "Muitas cantoras me prometeram este disco. Selma Reis foi a única que peitou e o fez. E o fez com categoria. Não é um disco para comparar. É um disco para louvar a coragem de uma cantora" e acrescento a beleza e o talento de quem canta com emoção, com alma e sentimento.
Grande SELMA REIS obrigado pelo presente de Natal.

Marcos Ribeiro - RJ

3 de dezembro de 2009 às 22:11  
Anonymous Anônimo said...

PCP tem zilhões de composições,uma industria no melhor do bom sentido.Centenas e belíssimas jamais gravadas.Selma escolheu muitas muito conhecidas.Muitas nem tanto adequadas para a sua voz,o que não tem muita importância.Quis utilizar do diferencial de seu timbre.Tem direito.PCB não precisa defender o indefensável.

4 de dezembro de 2009 às 10:56  
Anonymous Anônimo said...

Comprei sim ,bom trabalho com inévitáveis melhores gravações de outras grandes vozes , muito superiores por se adequarem melhor e não por desmerecer a qualidade vocal da artista

4 de dezembro de 2009 às 15:57  
Anonymous Anônimo said...

Gostaria de colocar além do meu comentário anterior sobre esse ESPETACULAR CD da Selma é que ela está acima do bem ou do mal, do gosto ou não gosto, da birra de um fã com outro fã de outra cantora, de mais ou menos, de melhor ou pior, mas sim, da artista que coloca a arte, a VERDADEIRA ARTE, a disposição do povo, e é esse povo que vai saber navegar na qualidade artística dos gênios que em sua época passaram e é esse mesmo povo que terá que saber identificar e enxerga-lo. Um exemplo é Van Gough que morreu pobre, louco e maluco sem o povo de sua época ter a consciência da sua genialidade e qualidade, mas, séculos depois a humanidade dá conta que foi o maior artista de todos os tempos. Isso nós não devemos deixar acontecer.
Quanto a Selma eu espero que nós o povo contemporâneo dela dê o valor merecido e a coloque no mais alto lugar do podium, para podermos usufruir tamanha genialidade artística que ela nos oferece.
Espero que deixem de lado as bobagens em relação à Selma, pois estamos frente a uma das maiores artistas desse país e do mundo.
Vejamos o quanto de mediocridade artística estão nas páginas das revistas, no rádio, na tv e em tudo que se diz da arte.
Hoje qualquer um quer ser artista, porque ser artista significa ganhar fama, grana e as portas abertas, aí é só virar celebridade.
Qualquer um hoje pode ser celebridade, basta namorar a Madona, mas a arte navega em outros mares.
SELMA REIS É UMA GRANDE ARTISTA É A ARTE EM PESSOA e isso é para poucos infelizmente, para muito poucos.
Nós, simples mortais, temos apenas que reverenciar e dar graças de podermos viver e compartilhar a sua arte na sua época.
SELMA REIS É O MÁXIMO e não temos que ficar chateados por não gostarmos de pequenos detalhes se o grande diferencial é a sua voz, o seu timbre. Uma cantora que canta a música de Bach, Verdi, Mozart e nos dá também a oportunidade de ouvirmos na sua voz a obra de PCP é especial, não é para o nosso bico ficarmos achando isso ou aquilo.
Infelizmente fazer arte é para poucos e SELMA é uma das poucas que pode nesse mundão em que vivemos.
A VOZ É COISA DIVINA E ELA É A VOZ.

Marcos Ribeiro - RJ

4 de dezembro de 2009 às 23:27  
Anonymous Anônimo said...

Marcos Ribeiro,

Faço coro com o anônimo acima, como se saiu a minha cantora, mangueirense da melhor cêpa, cantando Portela na Avenia? Abs,

Marcelo Barbosa - Brasília (DF)

5 de dezembro de 2009 às 10:18  
Anonymous Anônimo said...

Comprem o CD e ouçam.
O encontro da Selma com a Beth é o encontro de duas grandes artistas e só isso já é uma maravilha.
Ela e Diogo é de uma alegria e felicidade ao cantarem juntos que ficamos com o mesmo sentimento ao ouví-los.
Bolero de Satã é uma emoção desde o primeiro acorde de Cristovão Bastos e Selma cantando essa letra tão bela da maneira mais rica em detalhes e repirações com frasiados que só as grandes fazem.
Quando ouço esse cd me vem as grandes cantoras do mundo como Ella, Sarah, Billy no jazz e Jessy, Kiri e Maria Callas no clássico, essas grandes vozes tem em comum o sentimento do fraseado, a respiração ds notas de maneira diferenciada e uma alma ao cantarem cada palavra e ao mesmo tempo são totalmente únicas e solitárias com suas vozes e timbres com a marca de suas diferenças.
Para mim que sou um economista apaixonado por música e para viver melhor eu vivo a música, para música, com a música em tudo que faço no meu dia a dia ferrenho de nº e pressões, a música de alta qualidade é um alento para alma de nós simples mortais.
Reverencio a Selma por nos dar de presente esse belo trabalho onde os detalhes estão expressos em todo o conjunto da obra: capa, folheto, selo, fotos, textos e principalmente a música com arranjos maravilhosos, músicos de primeira e a voz que navega em todas as vertentes da obra de PCP.
Acredito que Clara, Elis, Simone e todas as cantoras que gravaram PCP foram nesse trabalho novo de Selma alçadas e homenageadas pela VOZ de Selma. A sua coragem como diz PCP já é de se louvar e admirar.
Espero que esse trabalho nos leve mais próximo da qualidade que tanto precisamos ter para o povo, pois isso é educação, é mudança, é melhoria de vida, qualidade de vida e assim podermos ir minimizando as coisas tão ruins que nos são colocadas no dia a dia.
Espaços como esse que o jornalista Mauro Ferreira criou tem que ser um forum pela melhora da música, dos artistas, da qualidade e por isso não podemos ficar com bobagens pequeninas disso ou aquilo.
Parabéns a todos que lutam por melhorar a qualidade.
Mauro, Selma, PCP, Clara, Elis, Simone merecem os nossos aplausos e reverência por nos darem a oportunidade de conhecer o melhor.
Selma você me fez ganhar o ano e mais muitos anos de vida com esse belo CD e espero que a divulgação desse trabalho saia desse espaço tão nobre e para poucos e chegue ao conhecimento do povo brasileiro em grande escala.

Marcos Ribeiro - RJ

5 de dezembro de 2009 às 23:34  
Anonymous Anônimo said...

Não tenha dúvidas, com certeza eu comprarei, mas ainda não pintou por essas bandas. Mas a minha cantora também registrou muito Paulo Cesar Pinheiro mesmo sendo marido da "rival". Obrigado pela resposta Marcos. Um abraço,

Marcelo Barbosa - Brasília (DF)

6 de dezembro de 2009 às 11:06  
Blogger Felipe Cerquize said...

"Homenagem ao poeta da voz". Esse é o título do novo CD de Selma Reis, em que as canções são ou parcerias ou autorias exclusivas de Paulo César Pinheiro. Trabalho de fino gosto, tanto no conteúdo musical quanto na arte final do CD, que conta com a participação de Locca Faria, designer gráfico à altura de Cafi na história dos projetos de long plays e compact discs da música brasileira (a capa do disco "Clube da Esquina nº 2, por exemplo, é dele).

O lançamento aconteceu no dia 30 de novembro, na Casa da Suiça (Rio de Janeiro). Entre os convidados, que circulavam pelo salão, estavam Rosa Maria Murtinho, Mauro Mendonça, Helen de Lima, Ademilde Fonseca, Osmar Prado, o grande Paulo César Pinheiro, Lupe Gigliotti, Thais Garayp e outras feras artísticas. Eu, meio deslocado, sentei-me com Nilza próximo a uma mesa, onde algumas azeitonas chilenas serviam de chamariz, e fiquei olhando o movimento. Foi quando avistei o meu amigo Toninho Vaz num papo com Robertinho Silva (que foi um dos seus entrevistados para o livro Solar da Fossa). A partir daí, comecei a me enturmar.

Depois de algumas boas conversas jogadas fora e de poucas e boas taças de vinho branco, vi que a Selma já estava presente e cumprimentava os convidados no salão. Fiquei muito contente, quando ela me viu, acenou e veio em minha direção. Conversamos um pouco e aproveitei para ter uma dedicatória no meu "Poeta da voz".

Dali pra frente, os papos evoluiram com o amigo Toninho Vaz e, quando vimos, já estávamos divagando sobre Cuba, Fernando Morais, Editora Record, Lupe Gigliotti, Ademilde Fonseca, Solar da Fossa e o que pintasse na mente, num brainstorm levemente alcoólico, que eu gostaria que acontecesse com mais frequência na minha rotina.

Então, chegou a hora do pocket show. Selma assumiu o microfone e chamou o homenageado, Paulo César Pinheiro, para falar um pouco dessa parceria "voz - música - poesia" tão bem expressa no CD em lançamento. As palavras de PCP estão no link http://www.youtube.com/watch?v=hw3XNQIBE0M . Em seguida, Selma cantou magistralmente cinco das quinze músicas do CD, que gravei e mostro para vocês:

1.Banho de manjericão (João Nogueira e Paulo César Pinheiro)
http://www.youtube.com/watch?v=C1uQ3Mg1jLE

2.As forças da natureza (João Nogueira e Paulo César Pinheiro)
http://www.youtube.com/watch?v=lYpuDDpvpAU

3.Minha missão (João Nogueira e Paulo César Pinheiro)
http://www.youtube.com/watch?v=864VwXA1fFM

4.Bodas de Satã ((Guinga e Paulo César Pinheiro)
http://www.youtube.com/watch?v=XSzJ3paSEWo

5.Tô voltando (Maurício Tapajós e Paulo César Pinheiro)
http://www.youtube.com/watch?v=vBj7BV-C3fU

As outras músicas que compõem o CD são:

a.Cicatrizes (Miltinho e Paulo César Pinheiro)
b.Passatempo (Paulo César Pinheiro)
c.Sem companhia (Ivor Lancelotti e Paulo César Pinheiro)
d.Bodas de vidro (Sueli Costa e Paulo César Pinheiro)
e.Cordilheiras (Sueli Costa e Paulo César Pinheiro)
f.Vou deitar e rolar (Baden Powell e Paulo César Pinheiro)
g.Viagem (João de Aquino e Paulo César Pinheiro)
h.Velho arvoredo (Hélio Delmiro e Paulo César Pinheiro)
i.Portela na avenida (Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro)
j.Ofício (Paulo César Pinheiro)

Ao final, os convidados eufóricos ovacionaram a anfitriã e eu aproveitei para pegar uma segunda dedicatória num segundo CD, dedicatória essa feita para os participantes do CARDIEM, pelo qual sou responsável.

Complementando as informações sobre essa joia de trabalho, o álbum traz também um super time de bambas. Nos arranjos estão Paulo Malaguti, Cristóvão Bastos, Fernando Carvalho e Victor Biglione, além de músicos como Robertinho Silva (bateria e percussão), Alceu Maia (cavaquinho), Luciana Rabello (cavaquinho), Dodô Ferreira (Baixo Acústico e elétrico) e Jessé Sadoc (trompete), entre outras feras. À medida que os shows do CD "Poeta da voz" forem acontecendo, eu os anunciarei por aqui.

Parabéns, Selma!

Felipe Cerquize
www.felipecerquize.blogspor.com

6 de dezembro de 2009 às 13:20  

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