Siri gera (bom) CD com sons do ventre materno
Resenha de CD
Título: Ultrasom
Artista: Siri
Gravadora: Sem
indicação
Cotação: * * *
Não, não foi por acaso que o percussionista Siri demorou nove meses para gravar seu terceiro CD, Ultrasom. O disco foi gerado a partir de vários sons extraídos do ventre materno, mais especificamente do útero de sua mulher, Deborah Engel, então grávida da primeira filha de Siri, Clara. O percussionista procurou transformar em música os sons embrionários ouvidos por ele nas sessões de ultrasonografia de Deborah. A faixa-título, Ultrasom, é a que mais bem traduz o conceito do disco, obviamente dedicado a Clara. Cujo primeiro choro, captado na maternidade, gerou a faixa Chorinho nº 1. Com real inventividade, o músico percute instrumentos orientais para dar o apropriado tom árabe à Dança no Ventre. Lenine alimenta Cordão Umberimbau com os sons guturais de sua voz, outro destaque entre os 11 temas autorais. Ultrasom, o disco, segue a linha experimental que caracteriza o trabalho de Siri e - como tal - deve ser ouvido e analisado dentro dessa perspectiva. O álbum foi produzido pelo próprio Siri, que arregimentou grandes músicos como o guitarrista Jr. Tostoi e o violinista Nicolas Krassik. Ao se encerrar com Placenta, tema urdido com sobras de áudio, o CD deixa no ouvinte a certeza de estar diante de trabalho realmente original, ainda que sua música - íntima e pessoal - jamais seja indicada para consumo no cotidiano.
Título: Ultrasom
Artista: Siri
Gravadora: Sem
indicação
Cotação: * * *
Não, não foi por acaso que o percussionista Siri demorou nove meses para gravar seu terceiro CD, Ultrasom. O disco foi gerado a partir de vários sons extraídos do ventre materno, mais especificamente do útero de sua mulher, Deborah Engel, então grávida da primeira filha de Siri, Clara. O percussionista procurou transformar em música os sons embrionários ouvidos por ele nas sessões de ultrasonografia de Deborah. A faixa-título, Ultrasom, é a que mais bem traduz o conceito do disco, obviamente dedicado a Clara. Cujo primeiro choro, captado na maternidade, gerou a faixa Chorinho nº 1. Com real inventividade, o músico percute instrumentos orientais para dar o apropriado tom árabe à Dança no Ventre. Lenine alimenta Cordão Umberimbau com os sons guturais de sua voz, outro destaque entre os 11 temas autorais. Ultrasom, o disco, segue a linha experimental que caracteriza o trabalho de Siri e - como tal - deve ser ouvido e analisado dentro dessa perspectiva. O álbum foi produzido pelo próprio Siri, que arregimentou grandes músicos como o guitarrista Jr. Tostoi e o violinista Nicolas Krassik. Ao se encerrar com Placenta, tema urdido com sobras de áudio, o CD deixa no ouvinte a certeza de estar diante de trabalho realmente original, ainda que sua música - íntima e pessoal - jamais seja indicada para consumo no cotidiano.
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Não, não foi por acaso que o percussionista Siri demorou nove meses para gravar seu terceiro CD, Ultrasom. O disco foi gerado a partir de vários sons extraídos do ventre materno, mais especificamente do útero de sua mulher, Deborah Engel, então grávida da primeira filha de Siri, Clara. O percussionista procurou transformar em música os sons embrionários ouvidos por ele nas sessões de ultrasonografia de Deborah. A faixa-título, Ultrasom, é a que mais bem traduz o conceito do disco, obviamente dedicado a Clara. Cujo primeiro choro, captado na maternidade, gerou a faixa Chorinho nº 1. Com real inventividade, o músico percute instrumentos orientais para dar o apropriado tom árabe à Dança no Ventre. Lenine alimenta Cordão Umberimbau com os sons guturais de sua voz, outro destaque entre os 11 temas autorais. Ultrasom, o disco, segue a linha experimental que caracteriza o trabalho de Siri e - como tal - deve ser ouvido e analisado dentro dessa perspectiva. O álbum foi produzido pelo próprio Siri, que arregimentou grandes músicos como o guitarrista Jr. Tostoi e o violinista Nicolas Krassik. Ao se encerrar com Placenta, tema urdido com sobras de áudio, o CD deixa no ouvinte a certeza de estar diante de trabalho realmente original, ainda que sua música - íntima e pessoal - jamais seja indicada para consumo no cotidiano.
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