Belô revitaliza discografia na ponte Rio-Bahia
Resenha de EP
Título: Versão Brasileira
Artista: Belô Velloso
Gravadora: BMGV Music
/ Tratore
Cotação: * * * 1/2
"Canto o meu Rio / Sampa, Salvador / Canto a folia / A alegria da minha Bahia", sintetiza Belô Velloso na letra do samba Versão Brasileira, faixa-título do EP lançado de forma virtual em outubro de 2009 e editado em formato físico - com distribuição da Tratore - neste mês de dezembro. A rigor, o EP Versão Brasileira ignora os sons de Sampa, mas transita com leveza pelo samba carioca - embora Mangueira recorra a clichês para exaltar a agremiação verde-e-rosa, tradicional no Carnaval do Rio de Janeiro (RJ) - e pelos ritmos quentes de Salvador. O ijexá Povo de Fé, que incorpora a batida do samba no refrão, é o tema mais inspirado e o que mais bem sintetiza a mistura rítmica do EP. Ao atravessar a ponte Rio-Bahia, a sobrinha de Caetano Veloso e Maria Bethânia revitaliza sua discografia, iniciada nos anos 90 com frescor - os bons álbuns Belô Velloso (1996) e Um Segundo (1997) merecem reedição - que se diluiu ao longo desta década, sobretudo no requentado Belô, Samba! (2006). Entre as sete faixas, vale destacar também Dois do Dois, samba em que Marcelo Quintanilha evoca o mí(s)tico universo da obra marítima de Dorival Caymmi (1914 - 2008). A gravação culmina com apropriada citação de Dois de Fevereiro. Já a abordagem bossa-novista de Back to Black - música que deu título ao segundo álbum de Amy Winehouse - soa meramente curiosa e destoa do EP, ainda que alocada no disco como faixa-bônus. Com produção musical e arranjos de Luciano Calazans, hábil na costura de sons cariocas e baianos, Versão Brasileira exala o frescor que a artista perdera.
Título: Versão Brasileira
Artista: Belô Velloso
Gravadora: BMGV Music
/ Tratore
Cotação: * * * 1/2
"Canto o meu Rio / Sampa, Salvador / Canto a folia / A alegria da minha Bahia", sintetiza Belô Velloso na letra do samba Versão Brasileira, faixa-título do EP lançado de forma virtual em outubro de 2009 e editado em formato físico - com distribuição da Tratore - neste mês de dezembro. A rigor, o EP Versão Brasileira ignora os sons de Sampa, mas transita com leveza pelo samba carioca - embora Mangueira recorra a clichês para exaltar a agremiação verde-e-rosa, tradicional no Carnaval do Rio de Janeiro (RJ) - e pelos ritmos quentes de Salvador. O ijexá Povo de Fé, que incorpora a batida do samba no refrão, é o tema mais inspirado e o que mais bem sintetiza a mistura rítmica do EP. Ao atravessar a ponte Rio-Bahia, a sobrinha de Caetano Veloso e Maria Bethânia revitaliza sua discografia, iniciada nos anos 90 com frescor - os bons álbuns Belô Velloso (1996) e Um Segundo (1997) merecem reedição - que se diluiu ao longo desta década, sobretudo no requentado Belô, Samba! (2006). Entre as sete faixas, vale destacar também Dois do Dois, samba em que Marcelo Quintanilha evoca o mí(s)tico universo da obra marítima de Dorival Caymmi (1914 - 2008). A gravação culmina com apropriada citação de Dois de Fevereiro. Já a abordagem bossa-novista de Back to Black - música que deu título ao segundo álbum de Amy Winehouse - soa meramente curiosa e destoa do EP, ainda que alocada no disco como faixa-bônus. Com produção musical e arranjos de Luciano Calazans, hábil na costura de sons cariocas e baianos, Versão Brasileira exala o frescor que a artista perdera.
10 Comments:
"Canto o meu Rio / Sampa, Salvador / Canto a folia / A alegria da minha Bahia", sintetiza Belô Velloso na letra do samba Versão Brasileira, faixa-título do EP lançado de forma virtual em outubro de 2009 e editado em formato físico - com distribuição da Tratore - neste mês de dezembro. A rigor, o EP Versão Brasileira ignora os sons de Sampa, mas transita com leveza pelo samba carioca - embora Mangueira recorra a clichês para exaltar a agremiação verde-e-rosa, tradicional no Carnaval do Rio de Janeiro (RJ) - e pelos ritmos quentes de Salvador. O ijexá Povo de Fé, que incorpora a batida do samba no refrão, é o tema mais inspirado e o que mais bem sintetiza a mistura rítmica do EP. Ao atravessar a ponte Rio-Bahia, a sobrinha de Caetano Veloso e Maria Bethânia revitaliza sua discografia, iniciada nos anos 90 com frescor - os bons álbuns Belô Velloso (1996) e Um Segundo (1997) merecem reedição - que se diluiu ao longo desta década, sobretudo no requentado Belô, Samba! (2006). Entre as sete faixas, vale destacar também Dois do Dois, samba em que Marcelo Quintanilha evoca o mí(s)tico universo da obra marítima de Dorival Caymmi (1914 - 2008). A gravação culmina com apropriada citação de Dois de Fevereiro. Já a abordagem bossa-novista de Back to Black - música que deu título ao segundo álbum de Amy Winehouse - soa meramente curiosa e destoa do EP, ainda que alocada no disco como faixa-bônus. Com produção musical e arranjos de Luciano Calazans, hábil na costura de sons cariocas e baianos, Versão Brasileira exala o frescor que a artista perdera.
Belô é um daqueles casos de cantora que não tem nada de extraordinário, nem timbre, nem afinação, nem técnica, mas que agrada!
Realmente, os dois primeiros discos dela são deliciosos, com seus dois pequenos hits "Toda sexta feira" e "Menos carnaval", de Adriana Calcanhotto e Cris Braun, respectivamente.
Muito coerente a sua crítica/resenha, Mauro. Bem legal. bjus
"toda sexta-feira" que a Calcanhotto fez pra ela - é muito, muito linda! Uma das gravações mais bem registradas da Bellô! Quero ver esse disco novo!
Jouber- http://vidasemmusicaenada.blogspot.com/
O que falta de talento em Belô Veloso, lhe sobra em bom gosto. Ela sabe escolher repertório, arranjos e parceiros... eu gosto da sua simplicidade.
Emanuel Andrade disse.
Legal a resenha de Mauro. Belô apareceu legal e sem ser pretenciosa. Mamâe Coragem ela amandou ver muito bem. Pra valer. Em outro Cd, a canção Mãe, do tio, foi tiro certeiro com seu arranjo roqueiro. Agora, as coisas da Adriana com ela são chatas. Ninguem percebe que Calcanhoto é extremamente repetitiva. Como compositora precisa dar um tempo e beber noutras fontes. E tomara que Belô não repita aquela tentativa de regravar o Ritchie, ou coisa do gênero. O novo visual merece comentário. A baianinha enterrou o jeito tropicalista?
Jair de Assis.
Como assim, Belô não técnica e agrada? Nao tem talento tem em bom gosto? Como assim?
Como alguém com bom gosto, não tem talento, como alguém sabe cada nota da canção, que sente com o coração, não tem técnica, que conheçe uma nota, um tom de ''ouvido''.
Pensem e analisem antes de darem uma opinião, sobre uma artista que é nova, mais que é pioneira.
Que é discreta, e que já um ícone da nossa MPB.
Jair de Assis
Mauro meu querido, respeito sua crítica, mais acho, que você poderia ter poupado a frase " A sobrinha de Caetano Velloso e Maria Betânia. Pq ela já provou e em matéria publicada por você, ser um talento 'Além do sobrenome'.
Um abraço.
Este Cd e excelente e esta ha semanas como os dos mais vendidos pela internet no site UOL MegaStore, Bello veio a mostrar a que veio, uma excelente cantora que não precisou de seus tios para se firmar
Gostaria de lembrar aqui que Bello Veloso foi a primeira artista a gravar Adriana Calcanhoto e tb Amy Winehouse. Desejo sorte e sucesso a ela, e concordo "Toda sexta feira" é uma das musicas mais lindas que ela gravou!
Postar um comentário
<< Home