25 de novembro de 2009

Cullum arrisca jazz, pop e Ibiza em 'The Pursuit'

Resenha de CD
Título: The Pursuit
Artista: Jamie Cullum
Gravadora: Decca
/ Universal Music
Cotação: * * * 1/2

A energia e o frescor que logo brotam da regravação de Just One of Those Things - feita ao vivo por Jamie Cullum com a Orquestra de Count Basie, no estúdio de Tony Bennett, em Nova York (EUA) - contaminam de imediato o ouvinte de The Pursuit. É a faixa que abre o quinto álbum do cantor e compositor. Mais inventivo do que Michael Bublé, seu possível rival pelo fato de ambos serem seguidores da escola de Frank Sinatra (1915 - 1998), Cullum ousou escrever nova introdução para o tema de Cole Porter (1891 - 1964), numa prova de que gosta de correr riscos. No registro de Cullum, Just One of Those Things tem o toque jazzístico que caracteriza o canto do artista. Mas que não aparece em temas autorais como I'm All Over It (de inebriante pulsação pop) e Wheels. Com pegada pop ou suingue jazzístico (como em You and me Are Gone), The Pursuit confirma as habilidades de Cullum. Ele é mestre em se apropriar de temas alheios, caso de If I Ruled the World, balada do repertório de Tony Bennett que evoca Portishead na gravação do jovem astro (como ressalta Cullum no faixa-a-faixa escrito por ele para apresentar o álbum). Nessa seara, o cover de Please Don't Stop the Music - hit de Rihanna - é exemplar. Cullum dá outra pulsação ao tema, como já fizera antes como High and Dry, do Radiohead. É fato que The Pursuit perde o pique na segunda metade. Cullum tenta dar uma de Cole Porter em I Think, I Love - canção de amor à moda moderna, entoada num clima voz-e-piano - mas nem sempre o compositor é infalível como o intérprete. Mais arriscada é a tentativa de mixar em We Run Things o suingue do r & b mais contemporâneo com leve tom jazzístico. Tom também incorporado em Music Is Through, a faixa dance que remete aos sons de Ibiza e fecha o disco. Cullum não se importa de correr riscos. É por isso que, entre erros e acertos, o saldo de The Pursuit é positivo. Há frescor na música de Cullum.

4 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

A energia e o frescor que logo brotam da regravação de Just One of Those Things - feita ao vivo por Jamie Cullum com a Orquestra de Count Basie, no estúdio de Tony Bennett, em Nova York (EUA) - contaminam de imediato o ouvinte de The Pursuit. É a faixa que abre o quinto álbum do cantor e compositor. Mais inventivo do que Michael Bublé, seu possível rival pelo fato de ambos serem seguidores da escola de Frank Sinatra (1915 - 1998), Cullum ousou escrever nova introdução para o tema de Cole Porter (1891 - 1964), numa prova de que gosta de correr riscos. No registro de Cullum, Just One of Those Things tem o toque jazzístico que caracteriza o canto do artista. Mas que não aparece em temas autorais como I'm All Over It (de inebriante pulsação pop) e Wheels. Com pegada pop ou suingue jazzístico (como em You and me Are Gone), The Pursuit confirma as habilidades de Cullum. Ele é mestre em se apropriar de temas alheios, caso de If I Ruled the World, balada do repertório de Tony Bennett que evoca Portishead na gravação do jovem astro (como ressalta Cullum no faixa-a-faixa escrito por ele para apresentar o álbum). Nessa seara, o cover de Please Don't Stop the Music - hit de Rihanna - é exemplar. Cullum dá outra pulsação ao tema, como já fizera antes como High and Dry, do Radiohead. É fato que The Pursuit perde o pique na segunda metade. Cullum tenta dar uma de Cole Porter em I Think, I Love - canção de amor à moda moderna, entoada num clima voz-e-piano - mas nem sempre o compositor é infalível como o intérprete. Mais arriscada é a tentativa de mixar em We Run Things o suingue do r & b mais contemporâneo com leve tom jazzístico. Tom também incorporado em Music Is Through, a faixa dance que remete aos sons de Ibiza e fecha o disco. Cullum não se importa de correr riscos. É por isso que, entre erros e acertos, o saldo de The Pursuit é positivo. Há frescor na música de Cullum.

25 de novembro de 2009 às 13:58  
Blogger TATIANA SÁ said...

Indico:

http://palcomp3.com/tatiana/

http://satatiana.blogspot.com/2009/11/aniversario-da-luigi.html

25 de novembro de 2009 às 14:39  
Blogger Flávio Voight said...

É uma pena que a primeira faixa crie uma expectativa tão grande pra um cd bem jazz. As outras faixas são boas, mas não seguem o mesmo estilo. Acaba decepcionando mesmo sendo bom.

O cover da Rihanna ficou muito bom, aliás.

25 de novembro de 2009 às 17:52  
Anonymous Diogo ! said...

Como diz Marina Lima, " é impressionante, um arraso !".

1- " Just One of Those Things " é show mesmo. Bem tradiocional,bem jazz.

2- " I'm All Over It " é um pop perfeito - a lá Lulu Santos e/ou Guilherme Arantes - e até o clipe é legal.

3- Acreditam que " Please Don't Stop the Music " ficou melhor que com Rihanna ? Pois podem estar certos. E como ele tá cantando bem nessa faixa !

4- " Music Is Through " é a minha preferida,apesar de nunca ter ido em Ibiza.Pra quê Ibiza se eu tenho aqui a Praia Brava ?


Um abraço a todos
Diogo Santos
Balneario Camboriu(SC)


PS:Há frescor na música de Cullum.(2)

PS2: As semelhanças com Bublé param na interpretações de (algumas) músicas.Cullum é descarado!

26 de novembro de 2009 às 23:32  

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