Ana retoma padrões (e paixões) no show 'N9ve'
Resenha de Show
Título: N9ve
Artista: Ana Carolina (em foto de Mauro Ferreira)
Local: Credicard Hall (SP)
Data: 13 de novembro de 2009
Cotação: * * * 1/2
Em cartaz em São Paulo (SP) até 15 de novembro de 2009
* Porto Alegre (RS) - 18 de novembro de 2009
* Joinville (SC) - 19 de novembro de 2009
* Pelotas (RS) - 22 de novembro de 2009
* Salvador (BA) - 12 de dezembro de 2009
* Rio de Janeiro (RJ) - 15 a 17 de janeiro de 2010
A despeito de ostentar hi-tech estética cinematográfica no cenário da diretora Bia Lessa, em moldura inédita nos palcos pisados por Ana Carolina, o show N9ve retoma padrões e paixões da artista. A ambiência cool do CD homônimo - editado em agosto de 2009 - se dilui em cena por conta da intensidade vocal que dá o tom de números como Dez Minutos e Hoje Eu Tô Sozinha. Até o habitual figurino preto é recorrente no espetáculo, apesar da brecha para permitir uma perna de fora em Traição, balada na qual a cantora se aventura ao piano sem reeditar a atmosfera jazzy do registro do disco, feito com o piano de Daniel Jobim e a voz de Esperanza Spalding. Se quase não existem sutilezas no canto passional da intérprete, há - em contrapartida - nuances na direção musical de Alê Siqueira que valorizam o show, cuja estreia nacional ocorreu na casa Credicard Hall, em São Paulo (SP), na noite de sexta-feira, 13 de novembro de 2009. Lampejos de ousadia perceptíveis nas cordas orquestradas de forma inusitada em Era - número em que a Ana canta e toca violão sobre um trilho que a desloca de uma extremidade à outra do palco - e na percussão (de Leonardo Reis) que dá pulsação criativa a 8 Estórias e faz o tema crescer no show, que salpica (boa) dose de erotismo no roteiro de tom confessional.
Tampouco há obviedade no roteiro que descarta a função retrospectiva de um show que, em tese, celebra os dez anos de carreira fonográfica da artista. Hits radiofônicos como Garganta e Quem de Nós Dois cedem lugar a alguns lados B (Dois Bicudos, Tolerância, Corredores - este entoado sob efeitos de chuva idealizados pela diretora Bia Lessa) da discografia da intérprete. Mas as nove músicas do CD N9ve marcam natural presença no repertório do show homônimo. Entreolhares é cantada em dueto virtual com o cantor norte-americano John Legend, convidado da faixa mais explicitamente pop do álbum. Em tons azuis, Dentro abre medley de baladas entoadas por Ana sob uma grua e diferenciadas pelas cores da iluminação (o verde ambienta Aqui enquanto a luz laranja dá o tom de O Avesso dos Ponteiros). Já Torpedo, o samba de Ana letrado por Gilberto Gil, se perde no bis, quando o público passional da intérprete já se espreme e se acotovela na frente do palco em busca de um afago da artista (na estreia nacional, um fã subiu ao palco e agarrou Ana, que deu sinal verde para o segurança permitir o arroubo - mico do espectador).
N9ve, o show, reitera a certeza de que Ana Carolina cresce em cena quando aborda obras alheias. Ela é bamba quando leva para sua roda Não Quero Saber Mais Dela - partido alto de Sombrinha e Almir Guineto, gravado por Beth Carvalho e pelo grupo Fundo de Quintal - e Essa Mulher, o samba de Arnaldo Antunes que ganha outro sentido na interpretação irônica, quase mordaz, de Ana. É, aliás, em Essa Mulher que entram no palco quatro homens que percutem vassouras à moda do grupo Stomp em ritmo inebriante que permanece em cena para ambientar Bom Dia, o tema de Swami Jr. que se encaixa com perfeição em bloco costurado com sutis links temáticos. Bloco que agrega Odeio, o rock de Caetano Veloso, finalizado com citação de Eu Nunca te Amei Idiota (Alvin L.). Na sequência, O Cristo de Madeira se insinua deslocado de início, mas ganha peso no roteiro pelo árido arranjo que inclui bem-sacada citação instrumental de Construção (Chico Buarque). Pena que, em seguida, cantora e diretora tenham sucumbido à tentação de encerrar o show com o sucesso Rosas, pretexto para gritarias e coro de fãs, num clima meio ensandecido que se repete no verdadeiro fim do show, quando Ana termina o bis com Elevador, hit de refrão tão fácil quanto infame. Fecho óbvio, mas coerente para um show movido a paixões. Da artista e do público!!
Título: N9ve
Artista: Ana Carolina (em foto de Mauro Ferreira)
Local: Credicard Hall (SP)
Data: 13 de novembro de 2009
Cotação: * * * 1/2
Em cartaz em São Paulo (SP) até 15 de novembro de 2009
* Porto Alegre (RS) - 18 de novembro de 2009
* Joinville (SC) - 19 de novembro de 2009
* Pelotas (RS) - 22 de novembro de 2009
* Salvador (BA) - 12 de dezembro de 2009
* Rio de Janeiro (RJ) - 15 a 17 de janeiro de 2010
A despeito de ostentar hi-tech estética cinematográfica no cenário da diretora Bia Lessa, em moldura inédita nos palcos pisados por Ana Carolina, o show N9ve retoma padrões e paixões da artista. A ambiência cool do CD homônimo - editado em agosto de 2009 - se dilui em cena por conta da intensidade vocal que dá o tom de números como Dez Minutos e Hoje Eu Tô Sozinha. Até o habitual figurino preto é recorrente no espetáculo, apesar da brecha para permitir uma perna de fora em Traição, balada na qual a cantora se aventura ao piano sem reeditar a atmosfera jazzy do registro do disco, feito com o piano de Daniel Jobim e a voz de Esperanza Spalding. Se quase não existem sutilezas no canto passional da intérprete, há - em contrapartida - nuances na direção musical de Alê Siqueira que valorizam o show, cuja estreia nacional ocorreu na casa Credicard Hall, em São Paulo (SP), na noite de sexta-feira, 13 de novembro de 2009. Lampejos de ousadia perceptíveis nas cordas orquestradas de forma inusitada em Era - número em que a Ana canta e toca violão sobre um trilho que a desloca de uma extremidade à outra do palco - e na percussão (de Leonardo Reis) que dá pulsação criativa a 8 Estórias e faz o tema crescer no show, que salpica (boa) dose de erotismo no roteiro de tom confessional.
Tampouco há obviedade no roteiro que descarta a função retrospectiva de um show que, em tese, celebra os dez anos de carreira fonográfica da artista. Hits radiofônicos como Garganta e Quem de Nós Dois cedem lugar a alguns lados B (Dois Bicudos, Tolerância, Corredores - este entoado sob efeitos de chuva idealizados pela diretora Bia Lessa) da discografia da intérprete. Mas as nove músicas do CD N9ve marcam natural presença no repertório do show homônimo. Entreolhares é cantada em dueto virtual com o cantor norte-americano John Legend, convidado da faixa mais explicitamente pop do álbum. Em tons azuis, Dentro abre medley de baladas entoadas por Ana sob uma grua e diferenciadas pelas cores da iluminação (o verde ambienta Aqui enquanto a luz laranja dá o tom de O Avesso dos Ponteiros). Já Torpedo, o samba de Ana letrado por Gilberto Gil, se perde no bis, quando o público passional da intérprete já se espreme e se acotovela na frente do palco em busca de um afago da artista (na estreia nacional, um fã subiu ao palco e agarrou Ana, que deu sinal verde para o segurança permitir o arroubo - mico do espectador).
N9ve, o show, reitera a certeza de que Ana Carolina cresce em cena quando aborda obras alheias. Ela é bamba quando leva para sua roda Não Quero Saber Mais Dela - partido alto de Sombrinha e Almir Guineto, gravado por Beth Carvalho e pelo grupo Fundo de Quintal - e Essa Mulher, o samba de Arnaldo Antunes que ganha outro sentido na interpretação irônica, quase mordaz, de Ana. É, aliás, em Essa Mulher que entram no palco quatro homens que percutem vassouras à moda do grupo Stomp em ritmo inebriante que permanece em cena para ambientar Bom Dia, o tema de Swami Jr. que se encaixa com perfeição em bloco costurado com sutis links temáticos. Bloco que agrega Odeio, o rock de Caetano Veloso, finalizado com citação de Eu Nunca te Amei Idiota (Alvin L.). Na sequência, O Cristo de Madeira se insinua deslocado de início, mas ganha peso no roteiro pelo árido arranjo que inclui bem-sacada citação instrumental de Construção (Chico Buarque). Pena que, em seguida, cantora e diretora tenham sucumbido à tentação de encerrar o show com o sucesso Rosas, pretexto para gritarias e coro de fãs, num clima meio ensandecido que se repete no verdadeiro fim do show, quando Ana termina o bis com Elevador, hit de refrão tão fácil quanto infame. Fecho óbvio, mas coerente para um show movido a paixões. Da artista e do público!!
22 Comments:
A despeito de ostentar hi-tech estética cinematográfica no cenário da diretora Bia Lessa, em moldura inédita nos palcos pisados por Ana Carolina, o show N9ve retoma padrões e paixões da artista. A ambiência cool do CD homônimo - editado em agosto de 2009 - se dilui em cena por conta da intensidade vocal que dá o tom de números como Dez Minutos e Hoje Eu Tô Sozinha. Até o habitual figurino preto é recorrente no espetáculo, apesar da brecha para permitir uma perna de fora em Traição, balada na qual a cantora se aventura ao piano sem reeditar a atmosfera jazzy do registro do disco, feito com o piano de Daniel Jobim e a voz de Esperanza Spalding. Se quase não existem sutilezas no canto passional da intérprete, há - em contrapartida - nuances na direção musical de Alê Siqueira que valorizam o show, cuja estreia nacional ocorreu na casa Credicard Hall, em São Paulo (SP), na noite de sexta-feira, 13 de novembro de 2009. Lampejos de ousadia perceptíveis nas cordas orquestradas de forma inusitada em Era - número em que a Ana canta e toca violão sobre um trilho que a desloca de uma extremidade à outra do palco - e na percussão (de Leonardo Reis) que dá pulsação criativa a 8 Estórias e faz o tema crescer no show.
Tampouco há obviedade no roteiro que descarta a função retrospectiva de um show que, em tese, celebra os dez anos de carreira fonográfica da artista. Hits radiofônicos como Garganta e Quem de Nós Dois cedem lugar a alguns lados B (Dois Bicudos, Tolerância, Corredores - este entoado sob efeitos de chuva idealizados pela diretora Bia Lessa) da discografia da intérprete. Mas as nove músicas do CD N9ve marcam natural presença no repertório do show homônimo. Entreolhares é cantada em dueto virtual com o cantor norte-americano John Legend, convidado da faixa mais explicitamente pop do álbum. Em tons azuis, Dentro abre medley de baladas entoadas por Ana sob uma grua e diferenciadas pelas cores da iluminação (o verde ambienta Aqui enquanto a luz laranja dá o tom de O Avesso dos Ponteiros). Já Torpedo, o samba de Ana letrado por Gilberto Gil, se perde no bis, quando o público passional da intérprete já se espreme e se acotovela na frente do palco em busca de um afago da artista (na estreia nacional, um fã subiu ao palco e agarrou Ana, que deu sinal verde para o segurança permitir o arroubo - mico do espectador).
N9ve, o show, reitera a certeza de que Ana Carolina cresce em cena quando aborda obras alheias. Ela é bamba quando leva para sua roda Não Quero Saber Mais Dela - partido alto de Sombrinha e Almir Guineto, gravado por Beth Carvalho e pelo grupo Fundo de Quintal - e Essa Mulher, o samba de Arnaldo Antunes que ganha outro sentido na interpretação irônica, quase mordaz, de Ana. É, aliás, em Essa Mulher que entram no palco quatro homens que percutem vassouras à moda do grupo Stomp em ritmo inebriante que permanece em cena para ambientar Bom Dia, o tema de Swami Jr. que se encaixa com perfeição em bloco costurado com sutis links temáticos. Bloco que agrega Odeio, o rock de Caetano Veloso, finalizado com citação de Eu Nunca te Amei Idiota (Alvin L.). Na sequência, O Cristo de Madeira se insinua deslocado de início, mas ganha peso no roteiro pelo árido arranjo que inclui bem-sacada citação instrumental de Construção (Chico Buarque). Pena que, em seguida, cantora e diretora tenham sucumbido à tentação de encerrar o show com o sucesso Rosas, pretexto para gritarias e coro de fãs, num clima meio ensandecido que se repete no verdadeiro fim do show, quando Ana termina o bis com Elevador, hit de refrão tão fácil quanto infame. Fecho óbvio, mas coerente para um show movido a paixões. Da artista e do público!!
Mauro, só uma correção: você colocou, na ficha de introdução do show, antes do texto propriamente dito, que o Credicard Hall fica no Rio. É em São Paulo, como você mesmo coloca no texto.
Felipe dos Santos Souza
Mauro. Salvador só em dezembro de 2010? srsrsr
Eita cafonice... Tanto dinheiro gasto pra ficar c/ cara de showzinho breganejo. Desculpe, Mauro, mas essa foto dela nesse banquinho sobre a grua é simplesmente de matar de tanto mau gosto.
Cenário hi-tech (?), mas o terninho preto, feioso e mal cortado, continua o mesmo...
Felipe e Ludo, grato a vcs por apontar os erros da ficha técnica da resenha, já corrigidos. É muita info! abs, MauroF
Um sambinha ali e outro aqui ...
Uma canção doidinha de Arnaldo Antunes no list ...
Alê Siqueira na produção musical ...
Inclusão de um samba das antigas no repertório ...
Estética cinematográfica no cenário ...
Não sabia que Ana bebia da fonte de Marisa Monte !
Ana atualmente copia Marisa Monte quanto a estética do show e convenhamos que aquela música com John Legend é uma tentativa infeliz de obter o sucesso radiofónico que a Vanessa da Mata conseguiu com Boa Sorte/Good Luck.
Assistirei ao show neste domingo...tenho medo das fãs da Ana...uma histeria que irrita! Até optei por sentar longe do palco por causa disso.
Um PS: Canibalia da Daniela Mercury já está sendo distribuído no mercado nacional. Ela postou a novidade no Twitter!
Tantos post para um show de Ana Carolina? Pra quê, se é a gritaria e o mau gosto de sempre?
Maravilhosa!! Ana sempre surpreendendo a cada show. Há quem não goste, mas uma artista não se resume na roupa, no cenário..e sim no talento, na capacidade de fazer bem o q tem de ser feito. Ana sempre deu seu recado diretamente, sem pensar na polêmica q poderia causar ou não. A admiro por isso. Sou fã e sempre me surpreendo com tamanha capacidade de fazer bem feito e continuar com esse vozeirão q nos encanta. Parabéns. Eu amei a estréia.
Ao Anônimo de cima: Foi exatamente o que eu pensei!
Eu nem ia comentar, mas é fato que tudo o que Ana está fazendo me fez lembrar muito o último show da Marisa.
Música de Arnaldo, produção de Alê Siqueira e o cenário com equipamentos de cinema... coincidência (será?)
Mais cafona, impossível! E desde quando Marisa Monte inventou o samba, Alê Siqueira, Arnaldo Antunes etc? É cada uma...
Marisa não inventou nada disso, lógico que não. Mas é uma fórmula conhecida de Marisa. No último show, Marisa utilizava uma espécie de grua onde ela subia sempre que tocava. O Alê Siqueira fez parte da produção do último disco de Marisa, um dos mais delicados.
É impossível não pensar na coincidência do cenário cinematográfico, juntando-se à investida da Ana em querer fazer algo mais delicado, convidando o AlÊ Siqueira e cantando Arnaldo que é sabidamente conhecido por todos como o maior parceiro de Marisa, com o trabalho da Marisa Monte.
Coincidência? Não.
Se não é imitação, no mínimo é influência.
Só que Marisa fez bem feito e sem apelação.
A combinação
" Um sambinha ali e outro aqui ...
Uma canção doidinha de Arnaldo Antunes no list ...
Alê Siqueira na produção musical ...
Inclusão de um samba das antigas no repertório ...
Estética cinematográfica no cenário ... "
É da Marisa Monte.E pronto!
Convenhamos, vamos combinar AC já fez sucesso cantando MPB, sem apelar para o brega ou cafona. Gosto de MM do 1º CD, o amarelo anil, etc e os dois de sambas, o resto é de uma breguice a prova de bala.
AC embora muitas vezes over nada mais na praia da MPB.
Gente as cantoras não tem culpa têm que atingir as classes C,D, E e quantas mais houver, artista tambem come, paga imposto, e ainda tem que encontrar um tempinho pra fazer arte. É dificil agradar a todos, fica mais fácil quando nos respeitamos, aí fica cada um no seu quadrado.
Completamente descartável essa mulher e seus cds, Mauro.
Bom, ao meu ver, mesmo sendo uma fã da Ana de muito tempo, verifiquei uma certa carência de animação do publico. Realmente o shwo dela termina na musica Rosas, com esteria do publico e gritarias, porém, show que não tem isso é show morto e durante todo o show verifiquei esta mortalidade do publico "Feminino" que no show estampado e 2 quartos gritavam e se esperneavam quase o show todo.
Ao meu ver, foi de muito mal gosto a mudança do ritmo de Cristo de Madeira, musica de letra pesada, religiosa e sofrimento humano, sendo tocado ao ritmo de samba? (bom, nao consegui definir se era samba ou pagode).
As cenas 'Eroticas" vista nos telões, na minha opinião não tinha nada de Erotica (musica 8 histórias). Desde quando é "Erótico" ver uma mulher nua na privada??? Cenas de duas mulheres transando?? APELAÇÃO MUSICAL??
Bom, show N9VE teve muito a desejar, começando por um Palco cheio de armadilhas, com muita separação dos musicos, evitando que a Ana Carolina pouco se movimentasse por ele (o que salvou foram os telões), sem contar por aqueles OLOFOTES enormes na cara do publico o tempo todo. Deixou a desejar em Ritmo mais empolgante (pela primeira vez senti sono durante um SHOW) e deixou a desejar na interação da Ana com o publico mais uma vez (piorando a cada Turnê).
Ainda tem muito a melhorar. Mas me perdoem a pergunta? Quem fez esta critica foi ao Show? Já assistiu aos outros shows da Ana??
Bom, ao meu ver, mesmo sendo uma fã da Ana de muito tempo, verifiquei uma certa carência de animação do publico. Realmente o shwo dela termina na musica Rosas, com esteria do publico e gritarias, porém, show que não tem isso é show morto e durante todo o show verifiquei esta mortalidade do publico "Feminino" que no show estampado e 2 quartos gritavam e se esperneavam quase o show todo.
Ao meu ver, foi de muito mal gosto a mudança do ritmo de Cristo de Madeira, musica de letra pesada, religiosa e sofrimento humano, sendo tocado ao ritmo de samba? (bom, nao consegui definir se era samba ou pagode).
As cenas 'Eroticas" vista nos telões, na minha opinião não tinha nada de Erotica (musica 8 histórias). Desde quando é "Erótico" ver uma mulher nua na privada??? Cenas de duas mulheres transando?? APELAÇÃO MUSICAL??
Bom, show N9VE teve muito a desejar, começando por um Palco cheio de armadilhas, com muita separação dos musicos, evitando que a Ana Carolina pouco se movimentasse por ele (o que salvou foram os telões), sem contar por aqueles OLOFOTES enormes na cara do publico o tempo todo. Deixou a desejar em Ritmo mais empolgante (pela primeira vez senti sono durante um SHOW) e deixou a desejar na interação da Ana com o publico mais uma vez (piorando a cada Turnê).
Ainda tem muito a melhorar. Mas me perdoem a pergunta? Quem fez esta critica foi ao Show? Já assistiu aos outros shows da Ana??
Se ela quisesse atender as classes mais baixas, não cobraria tão caro pelos seus shows.
E vamos combinar que essa história de ser brega pra ganhar dinheiro, não rola. Ela não vai ficar pobre se optar por uma arte de melhor qualidade.
Quando soube que a Ana usou grua e trilhos, lembrei-me do grande show da Marisa Monte e me disseram que há uma semelhança também com o cenário de Lá nos Primórdios da Marina Lima, cuja um lado do palco era totalmente vazio. Será que faltou criatividade onde existe muita grana pra ser investida? Comentem por favor. Abçs.
bem,ana como sempore gerando polemica q parece ser sempre uma tarefa...confesso q não me agradou nada aquela grua..achei brega...
mas daí comparar a marisa monte, q poderia ter imitado marina lima..não tem nada a ver...se é verdade q hj nada se cria tdo se tranforma...a ana cada vez mais distante do publico,mas com talento d sobra,quis inovar em musicas como ´´cristo d madeira´´,deixando distante da versao forte q é a original...
terminar o show com ´´rosas´foi um pouco ésquisito´´o disco todo é intimista,introspctivo,com exceçaõ d algumas baladas como entre olhares e 10 minutos..mas como aquilo era o show e naum a reproduçaõ fiel do cd,achei coerente sim canatr rosas,afinal tinha q sacudir o publico...
bem,finalizando ana a artista d sempre,causando e como sempre sendo amada e odiada..
Olá, Mauro. Gostei de sua análise e li comentários .Vi o show em SP ontem e não me decepcionei, aliás, me surpreendi positivamente, pois estava na dúvida se valeria a pena rever um show da cantora após somente um ano. A produção estava à altura de uma década de celebração: dinâmica, criativa e muito bem elaborada. Bia Lessa é uma midas destas produções... Não importa que algumas idéas de outros shows de outros se repitam, a reinvenção faz parte da vida há séculos. Marisa pode ter coisas semelhantes no show, mas as duas artistas definitivamente têm um estilo único e diferente. A abordagem de Ana foi excepcionalmente original e no seu repertório também, especialmente nas brincadeiras que atiçavam a platéia de homens e mulheres. Sem dúvida, um grande show, de uma grande comemoração de um grande sucesso. Já vi shows sem elaboração que custavam bem mais caro. Valeu cada real! Renée Molitor
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