Samba social de Leci incrementa show de Aydar
Do alto de seus 65 anos de vida, sendo quase 40 dedicados ao samba, Leci Brandão brilhou ao cantar e ao discursar na estreia carioca do novo show de Mariana Aydar - Peixes, Pássaros, Pessoas - na noite de quarta-feira, 7 de outubro de 2009. Ao entrar no palco do Canecão quando Aydar já entoava os versos de Zé do Caroço, samba engajado de Leci que Aydar regravou em seu primeiro álbum (Kavita 1, 2006), a artista logo concentrou as atenções com sua presença majestosa. Reverente, Aydar deixou que Leci dominasse a cena. Inclusive ao fazer discurso em que louvou Aydar - e os grupos Art Popular e Revelação - por terem regravado Zé do Caroço, samba politizado, lançado originalmente em 1985 por Leci no álbum que marcou sua volta ao mercado fonográfico após exílio de cinco anos. Na sequência, Aydar e Leci - em foto de Mauro Ferreira - apresentaram Deixa, Deixa, outro samba de 1985 em que a sambista expõe sua aguçada consciência social. Qualidade louvada inclusive pelo universo do hip hop. No bis, a propósito, curiosa versão funkeada de Zé do Caroço - com as presenças de Leci e Kassin - mostrou que a obra da sambista pode eventualmente se adequar, bem, ao baticum dos bailes da pesada.
6 Comments:
Do alto de seus 65 anos de vida, sendo quase 40 dedicados ao samba, Leci Brandão brilhou ao cantar e ao discursar na estreia carioca do novo show de Mariana Aydar - Peixes, Pássaros, Pessoas - na noite de quarta-feira, 8 de outubro de 2009. Ao entrar no palco do Canecão quando Aydar já entoava os versos de Zé do Caroço, samba engajado de Leci que Aydar regravou em seu primeiro álbum (Kavita 1, 2006), a artista logo concentrou as atenções com sua presença majestosa. Reverente, Aydar deixou que Leci dominasse a cena. Inclusive ao fazer discurso em que louvou Aydar - e os grupos Art Popular e Revelação - por terem regravado Zé do Caroço, samba politizado, lançado originalmente em 1985 por Leci no álbum que marcou sua volta ao mercado fonográfico após exílio de cinco anos. Na sequência, Aydar e Leci - em foto de Mauro Ferreira - apresentaram Deixa, Deixa, outro samba de 1985 em que a sambista expõe sua aguçada consciência social. Qualidade louvada inclusive pelo universo do hip hop. No bis, a propósito, curiosa versão funkeada de Zé do Caroço - com as presenças de Leci e Kassin - mostrou que a obra da sambista pode eventualmente se adequar bem ao baticum dos bailes da pesada.
Tenho maior respeito e admiração por Lecy Brandão. Sua história de vida e profissional é muito bonita e nos faz entender sua dignidade. Maria Aydar, por sua vez, confirma seu talento com este segundo trabalho, tão belo e bem cuidado quanto o primeiro.
Tenho carinho especial por Lecy!
Sua história de vida é maravilhosa.
O samba pede passagem...
O grande trunfo da Mariana Aydar no show foi a Leci Brandão... Confesso que não sou muito receptivo à sua música, mas, conforme indicação de amigos, esperava ver um show quente e apoteótico... Infelizmente a impressão não foi boa, vi uma artista morna, insegura e sem presença de palco no show... Mas, após a entrada e da força de Leci no palco, a artista se contagia da força e carisma de palca desta veterana e pude tirar toda a má impressão que tive do show até então... Depois disto assisti uma artista cantando com alma e segura de si, que ao cantar consegue me gerar a calafrios de emoção e me tornar mais simpático de suas músicas... Espero que o show cresça mais e realmente aconteça por completo no andamento de sua turnê.
Acho que Lecy alcançou a majestade, na voz, na postura, no discurso que é assertivo sem ser agressivo. Construiu uma história bonita para o samba e sempre será lembrada. Deveria cantar mais no Rio, muito mais.
Galera!
O Canecão estava sem público pagante. A maioria era de convidado. Convidado não participa.
Como disse o anônimo acima " Mariana tem que criar público". As pessoas falavam muito no momento do show. Uma chatice. Canta em lugares menores, é mais saudável.
Postar um comentário
<< Home