2 de setembro de 2009

Sapucahy canta Roberto Ribeiro com reverência

Resenha de CD
Título: Leandro Sapucahy Cantando Roberto Ribeiro
Artista: Leandro Sapucahy
Gravadora: Warner Music
Cotação: * * *

O repertório de Roberto Ribeiro (1940 - 1996) é velho conhecido de Leandro Sapucahy. Os sucessos do intérprete original de belos sambas como Acreditar (Ivone Lara e Délcio Carvalho) eram cantarolados quase diariamente pela mãe de Sapucahy, Jacy Silveira. Por isso mesmo, Jacy - que sempre sonhou ser cantora profissional - é a convidada afetiva de Nega do Peito (Rildo Hora e Sérgio Cabral), uma das 14 músicas do álbum Leandro Sapucahy Cantando Roberto Ribeiro, editado pela Warner Music. Projetado como produtor de grupos de pagode romântico, Sapucahy vem migrando para o samba de melhor qualidade. Além de ter produzido discos de Maria Rita e Arlindo Cruz, ele se lançou como cantor com discurso de cunho social. O tributo a Roberto Ribeiro é o terceiro título da discografia de Sapucahy como cantor (descontado um álbum de estúdio feito para a Warner em 2007, mas arquivado pelo próprio artista). Mesmo sem ter voz à altura do gogó de Roberto (um dos melhores cantores de samba de todos os tempos), Sapucahy se sai bem ao transitar pelo fino repertório do colega com reverência e com arranjos à moda do samba dos anos 70. Há uma sujeira proposital no disco que conta ponto a favor. Não houve a preocupação de maquiar o samba no estúdio. E, como o repertório é irretocável, o resultado é digno. Sapucahy não evita os hits (a seleção inclui Estrela de Madureira, Tempo Ê, Todo Menino É um Rei, Propagas, Vazio, Amor de Verdade, Meu Drama e o supra-citado samba Acreditar), mas dá oportunidade ao seu público de descobrir pérolas como Isso Não São Horas (Chiquinho, Xangô da Mangueira e Catoni), Só Chora Quem Ama (Wilson Moreira e Nei Lopes) e Triste Desventura (Monarco e José Mauro). O tributo soa sincero porque sincera parece ser a admiração de Sapucahy por Ribeiro, captada pelo ilustrador Mello Menezes no desenho estampado na capa do disco.

8 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

O repertório de Roberto Ribeiro (1940 - 1996) é velho conhecido de Leandro Sapucahy. Os sucessos do intérprete original de belos sambas como Acreditar (Ivone Lara e Délcio Carvalho) eram cantarolados quase diariamente pela mãe de Sapucahy, Jacy Silveira. Por isso mesmo, Jacy - que sempre sonhou ser cantora profissional - é a convidada afetiva de Nega do Peito (Rildo Hora e Sérgio Cabral), uma das 14 músicas do álbum Leandro Sapucahy Cantando Roberto Ribeiro, editado pela Warner Music. Projetado como produtor de grupos de pagode romântico, Sapucahy vem migrando para o samba de melhor qualidade. Além de ter produzido discos de Maria Rita e Arlindo Cruz, ele se lançou como cantor com discurso de cunho social. O tributo a Roberto Ribeiro é o terceiro título da discografia de Sapucahy como cantor (descontado um álbum de estúdio feito para a Warner em 2007, mas arquivado pelo próprio artista). Mesmo sem ter voz à altura do gogó de Roberto (um dos melhores cantores de samba de todos os tempos), Sapucahy se sai bem ao transitar pelo repertório do colega com reverência e com arranjos à moda do samba dos anos 70. Há uma sujeira proposital no disco que conta a favor. Não houve a preocupação de maquiar o samba no estúdio. E, como o repertório é irretocável, o resultado é digno. Sapucahy não evita os hits (a seleção inclui Estrela de Madureira, Tempo Ê, Todo Menino É um Rei, Propagas, Vazio, Amor de Verdade, Meu Drama e o supra-citado samba Acreditar), mas dá oportunidade ao seu público de descobrir pérolas como Isso Não São Horas (Chiquinho, Xangô da Mangueira e Catoni), Só Chora Quem Ama (Wilson Moreira e Nei Lopes) e Triste Desventura (Monarco e José Mauro). O tributo soa sincero porque sincera parece ser a admiração de Sapucahy por Ribeiro, captada pelo ilustrador Mello Menezes no desenho estampado na capa do disco.

2 de setembro de 2009 às 11:26  
Anonymous Diogo ! said...

Por acaso ouvi/vi Sapucahy no SAMBA DA GABOA ontem - a outra convidada, Dorina celebrou Roberto Ribeiro cantando - com Diogo Nogueira - o belo samba " Estrela de Madureira " e gostei de sua verdade - exposta em seu samba e em seu discurso comunista.


Ponto pra ele que não maquiou o samba e manteve a " sujeira " e parabéns pela idéia de homenagear o maior de todos, Roberto Ribeiro.


Um abraço a todos
Diogo Santos

2 de setembro de 2009 às 16:16  
Anonymous Anônimo said...

O maior de todos mesmo! O meu predileto! E é muita responsabilidade e ousadia do Leandro. E felizmente está largando essa linha meio Bezerra da Silva. Sucesso, sorte e que ele some cada vez mais.

Marcelo Barbosa - Brasília (DF)

PS: E para quem curte, segue um link no Youtube dos meus dois grandes ídolos juntos.
http://www.youtube.com/watch?v=J8_i6RTlWNA

2 de setembro de 2009 às 21:53  
Anonymous Vagner - Lapa said...

Gosto bastante do Leandro Sapucahy, como produtor(em especial), como cantor e como pessoa. Achei a capa fantástica, lembra umas capas antigas de coletâneas. Acho a voz do Roberto Ribeiro linda e sem dúvida foi um dos nossos melhores cantores, o rei do samba. Ainda não ouvi, mas é quase impossível não ter ficado ótimo.

3 de setembro de 2009 às 13:07  
Anonymous Anônimo said...

Roberto Ribeiro era um craque; grande cantor de samba. A gravação dele com a Marrom em "Mel pra minha dor" é demais. Duas grandes (e graves) vozes timbrando lindamente.

Fabio de Sampa.

3 de setembro de 2009 às 16:57  
Anonymous Denilson said...

Eu adoro Roberto Ribeiro. Acho que quanto mais se reverenciar a memória dele, mais jovens cantores poderão aprender com um grande mestre da música brasileira, não só do samba.

Mas confesso que não gosto muito do Sapucahy não... Desculpem a sinceridade.

Mas torço para que esse disco seja tão bom quanto parece ser.

abração,
Denilson

3 de setembro de 2009 às 17:20  
Anonymous Anônimo said...

O encontro do Roberto Ribeiro com a Alcione é realmente emocionante.

4 de setembro de 2009 às 14:32  
Anonymous Anônimo said...

Denilson,

De fato Sapucahy é marrento, mas ao assistir o dvd ao vivo do cara me rendi. Ele manda bem. Um pouco panfletário, mas tem swing e sabe se divertir no palco.
Eu também não morro de amores por ele, mas o cara tem talento, e com esse disco pode dar um novo norte a sua carreira.

O moleque é bom.

Carioca da Piedade, tão do subúrbio como ele e Arlindo de quem fui vizinho quando este morava na Piedade (hoje o cara é do Recreio)

4 de setembro de 2009 às 16:54  

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