Pagodeiros diluem suingue do samba de Djavan
Resenha de CD
Título: Do Samba
para Djavan
Artista: Vários
Gravadora: Performance
Music
Cotação: * 1/2
Desde seu primeiro álbum, editado em 1976, Djavan se impôs como compositor dono de obra original. Ritmo predominante nos discos iniciais do artista alagoano, o samba ganha suingue personalíssimo na obra e na voz de Djavan. É um balanço bem difícil de ser reproduzido por outros intérpretes. Daí o erro deste tributo Do Samba para Djavan, de título inapropriado. O nome mais correto seria Do Pagode para Djavan, pois o CD apresenta regravações de sambas de Djavan por vocalistas de grupos de pagode. Os únicos estranhos nesse ninho pagodeiro são Arlindo Cruz - que revive Pedro Brasil com alguma desenvoltura - e a dupla Rogê e Gabriel Moura, que repisa Capim com personalidade. Apesar das boas intenções, o resultado é bem infernal. Os pagodeiros simplificam e diluem o suingue dos sambas de Djavan. Exemplo é Gustavo Lins, que interpreta Sina como se estivesse num pagode. Mas Lins nem faz feio perto de Picolé (que escurece Luz), Anderson Leonardo (até constrangedor ao tentar imprimir o estilo do Molejo em Fato Consumado) e Rodriguinho (longe de descobrir os segredos de Esfinge). Não há um registro realmente à altura da obra de Djavan. Avião nunca voou tão baixo como no dueto de Charlles André com Bruno (do Sorriso Maroto). Nem Xande de Pilares faz jus aos progressos do Grupo Revelação quando canta Beiral. Já Leandro Sapucahy e Renatinho (do Boka Loka) conseguem soar meramente corretos em Serrado e Flor de Lis, respectivamente, enquanto Péricles (Exaltasamba) encara Sim ou Não como um pagode romântico. O fato é que, com maior ou menor dose de acerto, ninguém, a rigor, reproduz a levada única e original de Djavan. É melhor reouvir tais sambas na voz do autor...
Título: Do Samba
para Djavan
Artista: Vários
Gravadora: Performance
Music
Cotação: * 1/2
Desde seu primeiro álbum, editado em 1976, Djavan se impôs como compositor dono de obra original. Ritmo predominante nos discos iniciais do artista alagoano, o samba ganha suingue personalíssimo na obra e na voz de Djavan. É um balanço bem difícil de ser reproduzido por outros intérpretes. Daí o erro deste tributo Do Samba para Djavan, de título inapropriado. O nome mais correto seria Do Pagode para Djavan, pois o CD apresenta regravações de sambas de Djavan por vocalistas de grupos de pagode. Os únicos estranhos nesse ninho pagodeiro são Arlindo Cruz - que revive Pedro Brasil com alguma desenvoltura - e a dupla Rogê e Gabriel Moura, que repisa Capim com personalidade. Apesar das boas intenções, o resultado é bem infernal. Os pagodeiros simplificam e diluem o suingue dos sambas de Djavan. Exemplo é Gustavo Lins, que interpreta Sina como se estivesse num pagode. Mas Lins nem faz feio perto de Picolé (que escurece Luz), Anderson Leonardo (até constrangedor ao tentar imprimir o estilo do Molejo em Fato Consumado) e Rodriguinho (longe de descobrir os segredos de Esfinge). Não há um registro realmente à altura da obra de Djavan. Avião nunca voou tão baixo como no dueto de Charlles André com Bruno (do Sorriso Maroto). Nem Xande de Pilares faz jus aos progressos do Grupo Revelação quando canta Beiral. Já Leandro Sapucahy e Renatinho (do Boka Loka) conseguem soar meramente corretos em Serrado e Flor de Lis, respectivamente, enquanto Péricles (Exaltasamba) encara Sim ou Não como um pagode romântico. O fato é que, com maior ou menor dose de acerto, ninguém, a rigor, reproduz a levada única e original de Djavan. É melhor reouvir tais sambas na voz do autor...
17 Comments:
Desde seu primeiro álbum, editado em 1976, Djavan se impôs como compositor dono de obra original. Ritmo predominante nos discos iniciais do artista alagoano, o samba ganha suingue personalíssimo na obra e na voz de Djavan. É um balanço bem difícil de ser reproduzido por outros intérpretes. Daí o erro deste tributo Do Samba para Djavan, de título inapropriado. O nome mais correto seria Do Pagode para Djavan, pois o CD apresenta regravações de sambas de Djavan por vocalistas de grupos de pagode. Os únicos estranhos nesse ninho pagodeiro são Arlindo Cruz - que revive Pedro Brasil com alguma desenvoltura - e a dupla Rogê e Gabriel Moura, que repisa Capim com personalidade. Apesar das boas intenções, o resultado é bem infernal. Os pagodeiros simplificam e diluem o suingue dos sambas de Djavan. Exemplo é Gustavo Lins, que interpreta Sina como se estivesse num pagode. Mas Lins nem faz feio perto de Picolé (que escurece Luz), Anderson Leonardo (até constrangedor ao tentar imprimir o estilo do Molejo em Fato Consumado) e Rodriguinho (longe de descobrir os segredos de Esfinge). Não há um registro realmente à altura da obra de Djavan. Avião nunca voou tão baixo como no dueto de Charlles André com Bruno (do Sorriso Maroto). Nem Xande de Pilares faz jus aos progressos do Grupo Revelação quando canta Beiral. Já Leandro Sapucahy e Renatinho (do Boka Loka) conseguem soar meramente corretos em Serrado e Flor de Lis, respectivamente, enquanto Péricles (Exaltasamba) encara Sim ou Não como um pagode romântico. O fato é que, com maior ou menor dose de acerto, ninguém, a rigor, reproduz a levada única e original de Djavan. É melhor reouvir tais sambas na voz do autor...
Desde seu primeiro álbum, editado em 1976, Djavan se impôs como compositor dono de obra original. Ritmo predominante nos discos iniciais do artista alagoano, o samba ganha suingue personalíssimo na obra e na voz de Djavan. É um balanço bem difícil de ser reproduzido por outros intérpretes. Daí o erro deste tributo Do Samba para Djavan, de título inapropriado. O nome mais correto seria Do Pagode para Djavan, pois o CD apresenta regravações de sambas de Djavan por vocalistas de grupos de pagode. Os únicos estranhos nesse ninho pagodeiro são Arlindo Cruz - que revive Pedro Brasil com alguma desenvoltura - e a dupla Rogê e Gabriel Moura, que repisa Capim com personalidade. Apesar das boas intenções, o resultado é bem infernal. Os pagodeiros simplificam e diluem o suingue dos sambas de Djavan. Exemplo é Gustavo Lins, que interpreta Sina como se estivesse num pagode. Mas Lins nem faz feio perto de Picolé (que escurece Luz), Anderson Leonardo (até constrangedor ao tentar imprimir o estilo do Molejo em Fato Consumado) e Rodriguinho (longe de descobrir os segredos de Esfinge). Não há um registro realmente à altura da obra de Djavan. Avião nunca voou tão baixo como no dueto de Charlles André com Bruno (do Sorriso Maroto). Nem Xande de Pilares faz jus aos progressos do Grupo Revelação quando canta Beiral. Já Leandro Sapucahy e Renatinho (do Boka Loka) conseguem soar meramente corretos em Serrado e Flor de Lis, respectivamente, enquanto Péricles (Exaltasamba) encara Sim ou Não como um pagode romântico. O fato é que, com maior ou menor dose de acerto, ninguém, a rigor, reproduz a levada única e original de Djavan. É melhor reouvir tais sambas na voz do autor...
Também Mauro, não era para menos. Um elenco tão terrível como esse!! Esse pessoal ainda rola? E a pagodança não acaba mesmo?
Estranho é o Djavan permitir "isso" aí. Bom, o grande artista também deve ser uma grande pessoa...
Não ouvi e não gostei...
Mauro, "pagodeiro" é outra coisa. Olha o respeito com a classe.
É que nem chamar Daniel de "sertanejo". Esses todos aí mais Daniéis da vida é MBB mesmo: "Música Brega Brasileira".
Mauro,
vc merece aumento de salário por ter ouvido essa pérola... Hehe... Pobre Djavan!
Na minha modesta opinião, o melhor do Brasil não mereceria isso.
Djavan anda meio sumidão.Pq será?!
Mauro, "pagodeiro" é outra coisa. Olha o respeito com a classe.
É que nem chamar Daniel de "sertanejo". Esses todos aí mais Daniéis da vida é MBB mesmo: "Música Brega Brasileira". (2)
Mauro, pelo amor de Deus né! Pagodeiros? E esse cd já foi lançado há tempos, quando vi o elenco (salvo as exceções de Arlindo, Xande e mais um ou dois), resolvi deixar por lá. Abraços e é tanta gente querendo gravar e o povo ainda insiste em ressuscitar alguns "movimentos" mortos,
Marcelo Barbosa - Brasília (DF)
PS: Se eu fosse o Djavan, processaria!
Patético. Os sambas de Djavan são para vozes suingadas de Leny Andrade, Elza Soares, Alcione, Ed Motta e Luiz Melodia.
Para mim, os sambas do Djavan estão no topo da sua obra, toda ela muito boa. E tem que ser músico mesmo para interpretá-los. Leny Andrade, bem lembrada pelo 11:52, faz um "Pedro Brasil" de categoria.
"Anderson Leonardo (até constrangedor ao tentar imprimir o estilo do Molejo em Fato Consumado)"
Essa é pra dar pesadelos na hora de dormir.
Coitado do "Samba do Djavan"...
Djavan anda compondo para o novo de Gal.
Pow Esfinge na voz daquele Rodriguinho!!! AI! Meu velho essa rapaziada ai vão ter que comer muito arroz com feijão viu.
oww gente, foi homenagem...
nem sempre se acerta né...
más q é bem melhor ouvir com Djavan isso nem se discute! Obvio!!
Apesar de alguns comentários preconceituosos, fazer o quê opinião é opinião. Acho que nenhum artista quando regrava uma música tem a pretensão de soar igual a original, tenta imprimir seu ritmo. Assim se por exemplo Cidade Negra regrava Djavan é óbvio que vai ficar diferente. Então nesse caso concordo que o titulo melhor seria Do Pagode Para o Djavan, imprimiram a marca do pagode nas músicas de Djavan e foi isso. Eu não acho que ficou péssimo, ficou razoável. E outra instrumentalmente a qualidade não esta ruim.
Postar um comentário
<< Home