'Cool', Diogo Poças debuta elegante em disco
Resenha de CD
Título: Tempo
Artista: Diogo Poças
Gravadora: Warner Music
Cotação: * * * 1/2
Diogo Poças estreou em disco no seu tempo. Foram 16 anos dedicados à música de cunho publicitário até que o filho do maestro Edgard Poças - e irmão da incensada cantora paulista Céu - se decidisse a mostrar seu trabalho autoral como compositor. Tempo, o CD que a Warner Music está pondo nas lojas neste mês de agosto de 2009, revela um compositor bem interesssante e um cantor econômico. O compositor brilha especialmente nos sambas como Vizinha de Frente, o irresistível Carioquinha - cujos versos (contribuição do pai Edgard Poças) relacionam pontos turísticos do Rio e de São Paulo a partir da corte feita por rapaz paulista à moça carioca do título - Chumbo Quente. Nessa letra, Diogo traça paralelo entre os lances do futebol e o jogo amoroso. Ainda que ligeiramente menos inspirado, o suingante samba Nada que te Diz Respeito se diferencia pelo fato de ostentar os vocais de Céu. A propósito, o balanço que costura o arranjo de A Linha e o Linho ofusca a beleza da melodia de Gilberto Gil. Contudo, Diogo Poças também se mostra intérprete bastante sensível em Tempo. Seja reanimando o espírito bossa-novista de O Astronauta (Baden Powell e Vinicius de Moraes), seja cantando Maria Joana (o belo samba de Sidney Miller que vem sendo redescoberto em shows por cantoras como Roberta Sá e Teresa Cristina) em clima cool e com dose exata de melancolia. Contudo, na seara de intérprete, o grande momento de Diogo no disco é Felicidade, joia do baú de Braguinha e Antonio Almeida, lapidada somente pela voz cool do cantor e o pelo piano de Pepe Cisneros. Um grande fecho para um disco que projeta um artista elegante e moderno - não modernoso.
Título: Tempo
Artista: Diogo Poças
Gravadora: Warner Music
Cotação: * * * 1/2
Diogo Poças estreou em disco no seu tempo. Foram 16 anos dedicados à música de cunho publicitário até que o filho do maestro Edgard Poças - e irmão da incensada cantora paulista Céu - se decidisse a mostrar seu trabalho autoral como compositor. Tempo, o CD que a Warner Music está pondo nas lojas neste mês de agosto de 2009, revela um compositor bem interesssante e um cantor econômico. O compositor brilha especialmente nos sambas como Vizinha de Frente, o irresistível Carioquinha - cujos versos (contribuição do pai Edgard Poças) relacionam pontos turísticos do Rio e de São Paulo a partir da corte feita por rapaz paulista à moça carioca do título - Chumbo Quente. Nessa letra, Diogo traça paralelo entre os lances do futebol e o jogo amoroso. Ainda que ligeiramente menos inspirado, o suingante samba Nada que te Diz Respeito se diferencia pelo fato de ostentar os vocais de Céu. A propósito, o balanço que costura o arranjo de A Linha e o Linho ofusca a beleza da melodia de Gilberto Gil. Contudo, Diogo Poças também se mostra intérprete bastante sensível em Tempo. Seja reanimando o espírito bossa-novista de O Astronauta (Baden Powell e Vinicius de Moraes), seja cantando Maria Joana (o belo samba de Sidney Miller que vem sendo redescoberto em shows por cantoras como Roberta Sá e Teresa Cristina) em clima cool e com dose exata de melancolia. Contudo, na seara de intérprete, o grande momento de Diogo no disco é Felicidade, joia do baú de Braguinha e Antonio Almeida, lapidada somente pela voz cool do cantor e o pelo piano de Pepe Cisneros. Um grande fecho para um disco que projeta um artista elegante e moderno - não modernoso.
10 Comments:
Diogo Poças estreou em disco no seu tempo. Foram 16 anos dedicados à música de cunho publicitário até que o filho do maestro Edgard Poças - e irmão da incensada cantora paulista Céu - se decidisse a mostrar seu trabalho autoral como compositor. Tempo, o CD que a Warner Music está pondo nas lojas neste mês de agosto de 2009, revela um compositor bem interesssante e um cantor econômico. O compositor brilha especialmente nos sambas como Vizinha de Frente, o irresistível Carioquinha - cujos versos (contribuição do pai Edgard Poças) relacionam pontos turísticos do Rio e de São Paulo a partir da corte feita por rapaz paulista à moça carioca do título - Chumbo Quente. Nessa letra, Diogo traça paralelo entre os lances do futebol e o jogo amoroso. Ainda que ligeiramente menos inspirado, o suingante samba Nada que te Diz Respeito se diferencia pelo fato de ostentar os vocais de Céu. A propósito, o balanço que costura o arranjo de A Linha e o Linho ofusca a beleza da melodia de Gilberto Gil. Contudo, Diogo Poças também se mostra intérprete bastante sensível em Tempo. Seja reanimando o espírito bossa-novista de O Astronauta (Baden Powell e Vinicius de Moraes), seja cantando Maria Joana (o belo samba de Sidney Miller que vem sendo redescoberto em shows por cantoras como Roberta Sá e Teresa Cristina) em clima cool e com dose exata de melancolia. Contudo, na seara de intérprete, o grande momento de Diogo no disco é Felicidade, joia do baú de Braguinha e Antonio Almeida, lapidada somente pela voz cool do cantor e o pelo piano de Pepe Cisneros. Um grande fecho para um disco que projeta um artista elegante e moderno - não modernoso.
"A propósito, o balanço que costura o arranjo de A Linha e o Linho ofusca a beleza da melodia de Gilberto Gil" Achei dúbil...Fiquei confuso, "ofusca" de forma positiva ou negativa? obrigado
Acho que "ofusca" é sempre negativo, não? Esconde, eclipsa, coloca em segundo plano...
eu tava na dúvida, mas tenho lido muita coisa boa sobre esse cd, vou comprar .... ja ouvi alguns trechos das músicas e ainda assim estava na dúvida, mas vou comprar e me dedicar a cada faixa, parece que vale a pena.
incensada cantora céu? aonde, cara pálida? só entre críticos. quando ela passa na rua ninguém grita "olha a céu, olha a céu"!
Infelizmente a voz é comum e não emociona. Cantor tem que emocionar, pelo menos para mim. O que escutei na internet já basta. Não vou comprar.
Gostei anônino das 20:30.
Interessante! Já vi a Céu no show de uma cantora aí e não sabia quem era. Olha que sou antenado! Um amigo que a conhece pessoalmente me mostrou. Ela passou batido no show da colega dela. Ninguém sabia quem era...
Olá Mauro!
Em primeiro lugar gosto muito do seu blog.Então leio tudo com respeito,sempre.O respeito é a base de tudo na vida.Fui escutar o Diogo Poças para não ser injusto.Busquei muita coisa na internete.Escutei de tudo!Ele só não é pior por falta de espaço,mas vai ter,pois tem costas quentes em multinacional e é irmão da Céu,que pra mim não diz nada.A música a "Linha e o Linho" lembra o Djavam,em tudo,com uma diferenç:é péssima.É um pop bem comum.Conheço dezenas de compositores e cantores assim...
Não vejo preconceito,vejo realidade.Como ele tem boa aparência,pode ser até que as menininhas gostem...As letras são muito simples na construção.A melodia modernosa.É triste ver a crítica aos pés de uma coisa assim.Que carência críticos!Analista já em todos!A voz eu não vou comentar,porque não existe!Não é maldade,é constatação.Eu sempre acerto:DUVIDO QUE ELE FIQUE!Em frente Brasil!
Uiuiuiui..quanta amargura não? A Menina ta doída né?
Analista p vc viu? Ta precisando. Pode começar perguntando para ele sobre essa mania sua de achar que sabe de tudo e nunca erra.E só para constar, é o disco do Diogo que esta sendo cotado com essas estrelas aí, e não o seu;infelizmente, senão...Pode perguntar para o seu analista tambem se vc não esta na profissão errada, pois deve ser um PUTA MUSICO ou um PUTA CriTICO, pois só assim para criticar até quem critica.Ahh e faz logo o seu disco , e ve se quando lançar, bota o seu nome nele, e não anonimo. Abraço e vai se tratar.
Oi Mauro, tudo bem?
Eu já tinha ouvido o Diogo no MySpace e é digno sim de um belo comentário em seu blog!
Carioquinha é de uma elegância só... ainda não comprei esse CD, mas vou comprá-lo, porque vale muito a pena! E graças a Deus, ainda existem músicos e pessoas comprometidas com a música, que dão esperança de fazermos nosso trabalho com ética e cuidado. Parabéns pela crítica!
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