Ivete: "Eu quis fazer música com naturalidade"
Salvador (BA) - Num dos salões do Yatch Clube de Salvador (BA), equipado com televisões que exibem trechos selecionados do novo DVD de Ivete Sangalo, Pode Entrar, o clima era de expectativa na tarde da última terça-feira, 2 de junho de 2009, pela chegada da estrela do evento organizado pela gravadora Universal Music com o canal de TV Multishow. Até que a tal estrela, Ivete Sangalo, adentra o salão cercada de flashes e olhares, quebrando com sua espontaneidade quase ensaiada o clima de tensão quase disfarçada que rodeia o ambiente. Jornalistas de todo o Brasil se aglomeram no espaço para ouvir a cantora dissertar sobre seu doméstico projeto fonográfico, Pode Entrar, editado em CD e DVD que chegam às lojas a partir de sexta-feira, 5 de junho, dentro da série Multishow Registro. O registro audiovisual – gravado no estúdio tão caseiro quanto hi-tech montado por Ivete em seu grandioso apartamento situado em Campo Grande, bairro da região central de Salvador – vai ser exibido às 21h30m desta quinta-feira, 4 de junho, pelo canal Multishow. Durante 12 dias de outubro de 2008, Ivete abriu as portas de sua casa para receber Lulu Santos, Maria Bethânia, Marcelo Camelo e Carlinhos Brown. Quatro visitas de fato ilustres.
“Agradeço a Bahia por ter me dado a chance de ser permissiva no bom sentido da palavra. A diversidade foi o ponto de partida deste projeto”, conceitua Ivete (em fotos de Mauro Ferreira), entre uma piada e outra. Na entrevista, a cantora explica que o critério para a seleção dos convidados de Pode Entrar extrapolou o universo artístico. “A pessoa tinha que ter talento no que faz e talento para a vida. Ser fiel aos seus princípios é também um talento”, filosofa, antes de dizer que gravar com Bethânia foi “um sonho”. O dueto - rememora Ivete - já acontecia de forma imaginária quando ela apenas sonhava ser cantora. É que Ivete ouvia a gravação de Mel, música que deu título ao LP lançado por Bethânia em 1979, e se trancava no banheiro, imaginando um dueto com a intérprete. "Bethânia escreve uma história lindíssima na música brasileira. Ela acentua a palavra Bahia com todas as letras”, afaga Ivete, como fã.
A Bahia, aliás, é reverenciada na música gravada por Ivete com Bethânia. Ponto mais alto do repertório, o ijexá Muito Obrigado Axé, da lavra profícua de Carlinhos Brown, saúda os orixás e a cultura afro-brasileira. Contudo, a rigor, todo o DVD presta justo tributo ao Estado mais negro do Brasil. Cartões-postais da capital baiana são vistos no DVD entre um número e outro. “Salvador está tão linda no DVD”, suspira Ivete, que canta balada de pretenso espírito soul, Quanto Tempo, com Brown, um dos embaixadores da Bahia e autor do último hit carnavalesco de Ivete, Cadê Dalila?.
“Agradeço a Bahia por ter me dado a chance de ser permissiva no bom sentido da palavra. A diversidade foi o ponto de partida deste projeto”, conceitua Ivete (em fotos de Mauro Ferreira), entre uma piada e outra. Na entrevista, a cantora explica que o critério para a seleção dos convidados de Pode Entrar extrapolou o universo artístico. “A pessoa tinha que ter talento no que faz e talento para a vida. Ser fiel aos seus princípios é também um talento”, filosofa, antes de dizer que gravar com Bethânia foi “um sonho”. O dueto - rememora Ivete - já acontecia de forma imaginária quando ela apenas sonhava ser cantora. É que Ivete ouvia a gravação de Mel, música que deu título ao LP lançado por Bethânia em 1979, e se trancava no banheiro, imaginando um dueto com a intérprete. "Bethânia escreve uma história lindíssima na música brasileira. Ela acentua a palavra Bahia com todas as letras”, afaga Ivete, como fã.
A Bahia, aliás, é reverenciada na música gravada por Ivete com Bethânia. Ponto mais alto do repertório, o ijexá Muito Obrigado Axé, da lavra profícua de Carlinhos Brown, saúda os orixás e a cultura afro-brasileira. Contudo, a rigor, todo o DVD presta justo tributo ao Estado mais negro do Brasil. Cartões-postais da capital baiana são vistos no DVD entre um número e outro. “Salvador está tão linda no DVD”, suspira Ivete, que canta balada de pretenso espírito soul, Quanto Tempo, com Brown, um dos embaixadores da Bahia e autor do último hit carnavalesco de Ivete, Cadê Dalila?.
De fato, as imagens editadas pela diretora Joana Mazzuchelli são bonitas e conseguem captar bem o descontraído clima baiano. Naturalidade que Ivete afirma ter norteado a gravação dos números musicais. “A proposta foi fazer música com naturalidade, foi aproveitar o take inteiro, sem emendas, nem que tivesse que repetir a música mil vezes. Pode Entrar é um convite ao público para entrar na intimidade da minha casa”, diz Ivete em fala-clichê.
Dentro dos limites estreitos da intimidade consentida e ensaiada, o espectador vê no DVD momentos que antecederam e sucederam a gravação das músicas em que figuram nomes como Lulu Santos e Marcelo Camelo. De Camelo, aliás, Ivete já se diz amiga (“Ele tem um coração aberto”). A amizade começou quando Ivete soube que o hermano cantou música de seu repertório, Flor do Reggae, em show feito na Bahia. “Fiquei feliz quando soube que ele conhecia toda minha obra”, orgulha-se. A admiração mútua gerou o convite a Camelo para participar de Pode Entrar. E ele entrou na casa de Ivete com belo presente: a canção Teus Olhos, pontuada por guitarras havaianas. “Camelo é o cara", derrama-se.
Com Lulu Santos, a relação é mais antiga e vem dos shows do cantor vistos por Ivete na adolescência. Ocasiões em que ela avisava o pai que não tinha hora para voltar para casa. “Minha relação com o palco tem muito a ver com o que aprendi vendo os shows de Lulu. Show do Lulu não tem hora para começar nem para terminar”, pontua Ivete. Em Pode Entrar, o número feito com Lulu tem tempo definido: quatro minutos e quatro segundos. Tempo suficiente para Ivete rebobinar Brumário - música de 1989 que Lulu lançou no álbum Popsambalanço e Outras Levadas - na levada do samba-reggae em arranjo que combina tambores com a guitarra tocada por Lulu. E acaba com afago no ego de Lulu.
Foram tantas, aliás, os confetes jogados por Ivete em cima dos convidados que, num momento de exagero, ela chegou a comparar o grupo Aviões de Forró – convidado da faixa Sintonia e Desejo – com o compositor Jackson do Pandeiro (1919 – 1982) ao dizer que não podia deixar a passar a oportunidade de gravar com o Aviões do Forró. “Eles são contemporâneos”, caracteriza Ivete, cuja agenda de shows inclui o circuito nordestino do forró.
A forma de Ivete editar Pode Entrar também é contemporânea. É o braço fonográfico de sua empresa, Caco Discos, que assina a produção do projeto, em parceria orquestrada com a gravadora Universal Music – companhia que dá suporte a Ivete desde os tempos iniciais da Banda Eva (a partir do segundo disco da banda) – e com o canal de TV Multishow, parceiros do DVD anterior, Ivete no Maracanã. “Desde que eu canto, eu não sei o que é não ter controle sobre minha carreira. Tudo o que eu gravei foi responsabilidade minha”, ressalta Ivete, que, instantes depois, discursa otimista sobre a fase delicada enfrentada pela indústria fonográfica. “É um momento de transição de mídia! Eu me lembro até hoje de reportagem (programa) no Fantástico sobre o CD. A princípio, parecia uma tecnologia quase inacessível e, em menos de cinco anos, tomou conta de nossa vida. O mercado passa por momento de crise de identidade, mas chegará a um denominador comum. Aumentam dia-a-dia as possibilidades de mídia, mas o controle dessas possibilidades tem que vir aos poucos”, pondera.
Grávida de cinco meses, com parto previsto para outubro, Ivete avisa que vai manter sua agenda normal até fins de setembro (“Sou uma mulher responsável e gravidez não é doença!”). Após a licença-maternidade, retoma as atividades progressivamente no início de 2010, ano em que vai concretizar o projeto de gravar outro DVD. Desta vez, em Nova York (EUA), no palco do Madison Square Garden. “Está tudo certo como boca de bode”, garante. Previsto inicialmente para o segundo semestre deste ano, o projeto foi adiado em função da crise econômica que assustou o mundo no final de 2008. “Com essa crise, a gente achou melhor ser comedido”, explica, entre uma gracinha e outra. A essa altura, já não há tanta expectativa no salão hi-tech do Yatch Clube. Com a habitual descontração, a estrela da tarde já dissipara qualquer resquício de tensão. Informal, Ivete Sangalo já se sentia em casa...
Dentro dos limites estreitos da intimidade consentida e ensaiada, o espectador vê no DVD momentos que antecederam e sucederam a gravação das músicas em que figuram nomes como Lulu Santos e Marcelo Camelo. De Camelo, aliás, Ivete já se diz amiga (“Ele tem um coração aberto”). A amizade começou quando Ivete soube que o hermano cantou música de seu repertório, Flor do Reggae, em show feito na Bahia. “Fiquei feliz quando soube que ele conhecia toda minha obra”, orgulha-se. A admiração mútua gerou o convite a Camelo para participar de Pode Entrar. E ele entrou na casa de Ivete com belo presente: a canção Teus Olhos, pontuada por guitarras havaianas. “Camelo é o cara", derrama-se.
Com Lulu Santos, a relação é mais antiga e vem dos shows do cantor vistos por Ivete na adolescência. Ocasiões em que ela avisava o pai que não tinha hora para voltar para casa. “Minha relação com o palco tem muito a ver com o que aprendi vendo os shows de Lulu. Show do Lulu não tem hora para começar nem para terminar”, pontua Ivete. Em Pode Entrar, o número feito com Lulu tem tempo definido: quatro minutos e quatro segundos. Tempo suficiente para Ivete rebobinar Brumário - música de 1989 que Lulu lançou no álbum Popsambalanço e Outras Levadas - na levada do samba-reggae em arranjo que combina tambores com a guitarra tocada por Lulu. E acaba com afago no ego de Lulu.
Foram tantas, aliás, os confetes jogados por Ivete em cima dos convidados que, num momento de exagero, ela chegou a comparar o grupo Aviões de Forró – convidado da faixa Sintonia e Desejo – com o compositor Jackson do Pandeiro (1919 – 1982) ao dizer que não podia deixar a passar a oportunidade de gravar com o Aviões do Forró. “Eles são contemporâneos”, caracteriza Ivete, cuja agenda de shows inclui o circuito nordestino do forró.
A forma de Ivete editar Pode Entrar também é contemporânea. É o braço fonográfico de sua empresa, Caco Discos, que assina a produção do projeto, em parceria orquestrada com a gravadora Universal Music – companhia que dá suporte a Ivete desde os tempos iniciais da Banda Eva (a partir do segundo disco da banda) – e com o canal de TV Multishow, parceiros do DVD anterior, Ivete no Maracanã. “Desde que eu canto, eu não sei o que é não ter controle sobre minha carreira. Tudo o que eu gravei foi responsabilidade minha”, ressalta Ivete, que, instantes depois, discursa otimista sobre a fase delicada enfrentada pela indústria fonográfica. “É um momento de transição de mídia! Eu me lembro até hoje de reportagem (programa) no Fantástico sobre o CD. A princípio, parecia uma tecnologia quase inacessível e, em menos de cinco anos, tomou conta de nossa vida. O mercado passa por momento de crise de identidade, mas chegará a um denominador comum. Aumentam dia-a-dia as possibilidades de mídia, mas o controle dessas possibilidades tem que vir aos poucos”, pondera.
Grávida de cinco meses, com parto previsto para outubro, Ivete avisa que vai manter sua agenda normal até fins de setembro (“Sou uma mulher responsável e gravidez não é doença!”). Após a licença-maternidade, retoma as atividades progressivamente no início de 2010, ano em que vai concretizar o projeto de gravar outro DVD. Desta vez, em Nova York (EUA), no palco do Madison Square Garden. “Está tudo certo como boca de bode”, garante. Previsto inicialmente para o segundo semestre deste ano, o projeto foi adiado em função da crise econômica que assustou o mundo no final de 2008. “Com essa crise, a gente achou melhor ser comedido”, explica, entre uma gracinha e outra. A essa altura, já não há tanta expectativa no salão hi-tech do Yatch Clube. Com a habitual descontração, a estrela da tarde já dissipara qualquer resquício de tensão. Informal, Ivete Sangalo já se sentia em casa...
18 Comments:
Salvador (BA) - Num dos salões do Iate Clube de Salvador (BA), equipado com televisões que exibem trechos selecionados do DVD de Ivete Sangalo, Pode Entrar, o clima era de expectativa na tarde da última terça-feira, 2 de junho de 2009, pela chegada da estrela do evento organizado pela gravadora Universal Music com o canal de TV Multishow. Até que a tal estrela, Ivete Sangalo, adentra o salão cercada de flashes e olhares, quebrando com sua espontaneidade quase ensaiada o clima de tensão quase disfarçada que rodeia o ambiente. Jornalistas de todo o Brasil se aglomeram no espaço para ouvir a cantora dissertar sobre seu novo projeto fonográfico, Pode Entrar, editado em CD e DVD que chegam às lojas a partir de sexta-feira, 5 de junho, dentro da série Multishow Registro. O registro audiovisual – gravado no estúdio tão caseiro quanto hi-tech montado por Ivete em seu grandioso apartamento situado em Campo Grande, bairro da região central de Salvador – vai ser exibido às 21h30m desta quinta-feira, 4 de junho, pelo canal Multishow. Durante 12 dias de outubro de 2008, Ivete abriu as portas de sua casa para receber Lulu Santos, Maria Bethânia, Marcelo Camelo e Carlinhos Brown. Quatro visitas de fato ilustres.
“Agradeço a Bahia por ter me dado a chance de ser permissiva no bom sentido da palavra. A diversidade foi o ponto de partida deste projeto”, conceitua Ivete (em fotos de Mauro Ferreira), entre uma piada e outra. Na entrevista, a cantora explica que o critério para a seleção dos convidados de Pode Entrar extrapolou o universo artístico. “A pessoa tinha que ter talento no que faz e talento para a vida. Ser fiel aos seus princípios é também um talento”, filosofa, antes de dizer que gravar com Bethânia foi “um sonho”. O dueto - rememora Ivete - já acontecia de forma imaginária quando ela apenas sonhava ser cantora. É que Ivete ouvia a gravação de Mel, música que deu título ao LP lançado por Bethânia em 1979, e se trancava no banheiro, imaginando um dueto com a intérprete. "Bethânia escreve uma história lindíssima na música brasileira. Ela acentua a palavra Bahia com todas as letras”, afaga Ivete, como fã.
A Bahia, aliás, é reverenciada na música gravada por Ivete com Bethânia. Ponto mais alto do repertório, o ijexá Muito Obrigado Axé, da lavra profícua de Carlinhos Brown, saúda os orixás e a cultura afro-brasileira. Contudo, a rigor, todo o DVD presta justo tributo ao Estado mais negro do Brasil. Cartões-postais da capital baiana são vistos no DVD entre um número e outro. “Salvador está tão lindo no DVD”, suspira Ivete, que canta balada de pretenso espírito soul, Quanto Tempo, com Brown, um dos embaixadores da Bahia e autor do último hit carnavalesco de Ivete, Cadê Dalila?.
De fato, as imagens editadas pela diretora Joana Mazzuchelli são bonitas e conseguem captar bem o descontraído clima baiano. Naturalidade que Ivete afirma ter norteado a gravação dos números musicais. “A proposta foi fazer música com naturalidade, foi aproveitar o take inteiro, sem emendas, nem que tivesse que repetir a música mil vezes. Pode Entrar é um convite ao público para entrar na intimidade da minha casa”, diz Ivete em fala-clichê.
Dentro dos limites estreitos da intimidade consentida e ensaiada, o espectador vê no DVD momentos que antecederam e sucederam a gravação das músicas em que figuram nomes como Lulu Santos e Marcelo Camelo.
De Camelo, aliás, Ivete já se diz amiga (“Ele tem um coração aberto”). A amizade começou quando Ivete soube que o hermano cantou música de seu repertório, Flor do Reggae, em show feito na Bahia. “Fiquei feliz quando soube que ele conhecia toda minha obra”, orgulha-se. A admiração mútua gerou o convite a Camelo para participar de Pode Entrar. E ele entrou na casa de Ivete com belo presente: a canção Teus Olhos, pontuada por guitarras havaianas. “Camelo é o cara", derrama-se.
Com Lulu Santos, a relação é mais antiga e vem dos shows do cantor vistos por Ivete na adolescência. Ocasiões em que ela avisava o pai que não tinha hora para voltar para casa. “Minha relação com o palco tem muito a ver com o que aprendi vendo os shows de Lulu. Show do Lulu não tem hora para começar nem para terminar”, pontua Ivete. Em Pode Entrar, o número feito com Lulu tem tempo definido: quatro minutos e quatro segundos. Tempo suficiente para Ivete rebobinar Brumário - música de 1989 que Lulu lançou no álbum Popsambalanço e Outras Levadas - na levada do samba-reggae em arranjo que combina tambores com a guitarra tocada por Lulu. E acaba com afago no ego de Lulu.
Foram tantas, aliás, as confetes jogadas por Ivete em cima dos convidados que, num momento de exagero, ela chegou a comparar o grupo Aviões de Forró – convidado da faixa Sintonia e Desejo – com o compositor Jackson do Pandeiro (1919 – 1982) ao dizer que não podia deixar a passar a oportunidade de gravar com o Aviões do Forró. “Eles são contemporâneos”, caracteriza Ivete, cuja agenda de shows inclui o circuito nordestino do forró.
A forma de Ivete editar Pode Entrar também é contemporânea. É o braço fonográfico de sua empresa, Caco Discos, que assina a produção do projeto, em parceria orquestrada com a gravadora Universal Music – companhia que dá suporte a Ivete desde os tempos iniciais da Banda Eva (a partir do segundo disco da banda) – e com o canal de TV Multishow, parceiros do DVD anterior, Ivete no Maracanã. “Desde que eu canto, eu não sei o que é não ter controle sobre minha carreira. Tudo o que eu gravei foi responsabilidade minha”, ressalta Ivete, que, instantes depois, discursa otimista sobre a fase delicada enfrentada pela indústria fonográfica. “É um momento de transição de mídia! Eu me lembro até hoje de reportagem (programa) no Fantástico sobre o CD. A princípio, parecia uma tecnologia quase inacessível e, em menos de cinco anos, tomou conta de nossa vida. O mercado passa por momento de crise de identidade, mas chegará a um denominador comum. Aumentam dia-a-dia as possibilidades de mídia, mas o controle dessas possibilidades tem que vir aos poucos”, pondera.
Grávida de cinco meses, com parto previsto para outubro, Ivete avisa que vai manter sua agenda normal até fins de setembro (“Sou uma mulher responsável e gravidez não é doença!”). Após a licença-maternidade, retoma as atividades progressivamente no início de 2010, ano em que vai concretizar o projeto de gravar outro DVD. Desta vez, em Nova York (EUA), no palco do Madison Square Garden. “Está tudo certo como boca de bode”, garante. Previsto inicialmente para o segundo semestre deste ano, o projeto foi adiado em função da crise econômica que assustou o mundo no final de 2008. “Com essa crise, a gente achou melhor ser comedido”, explica, entre uma gracinha e outra. A essa altura, já não há tanta expectativa no salão hi-tech do Iate Clube. Com a habitual descontração, a estrela da tarde já dissipara qualquer resquício de tensão. Informal, Ivete Sangalo já se sentia em casa...
“Agradeço a Bahia por ter me dado a chance de ser permissiva no bom sentido da palavra."
Quando Ivete diz isto, a curtição com a permissividade da Bahia e dos baianos só aumentam.
“A pessoa tinha que ter talento no que faz e talento para a vida. Ser fiel aos seus princípios é também um talento”
Desde quando fazer forró ruim e mal cantado, como a banda de empresário Aviões é sinal de TALENTO???? Que princípios tem uma banda que se diz de FORRÓ? E comparar a passageira Aviões ao talento genuinamente nordestino de Jackson do Pandeiro é falar besteira. Ivete precisa de assessoria, por diversos motivos, em que está expondo suas idéias.
Parece que Ivete está permissiva mesmo, inclusive no falar errado:
“Salvador está tão lindo no DVD”.
Ou não seria LINDA a cidade de Salvador?
Falou "...a gente achou melhor ser comedido”, ao invés de ser COMEDIDA.
"Show do Lulu não tem hora para começar nem para terminar”
Se o Lulu atrasa sempre no início de seus shows, Ivete queimou o Lulu.
Ivete é bonita, rica, alto astral, carismática até, desejo-lhe uma excelente fase de mãe, mas quando abre a boca prá falar e cantar me decepciona. Enquanto isto, os talentos de verdade do Brasil da Cultura continuam escondidos.
O que esperar desta e das próximas gerações de brasileiros, ante este nivelamento, por baixo, da música exposta na mídia?
Não sei pra quê tanto espaço para falar desse trabalho se no final o que vai se ouvir é o mesmo trolóló de sempre: as batidas de axé pra cair na boca do povo e o que for conveniente para vender. Nem Maria Bethânia pode convencer do contrário.
Gostei muito dos duetos com Bethânia e com Camelo... Desta vez, foquei no vídeo. Veja lá, Mauro: www.garotafm.com.br
Ivete pode ser perseguida pela crítica, pode ser apontada como "popularesca", mas não se pode negar que ela é uma ótima cantora e uma intérprete em nítido amadurecimento.
Cobra-se muito dela pelo fato de ser perceptível uma enorme bagagem musical e capacidade dela supera-se a cada trabalho.
Sempre gostei de Ivete, de seu jeito realmente espontâneo e despreocupado em agradar quem torce o nariz para a sua música, mas confesso, que ultimamente ela vez conquistando cada vez mais espaço na minha vida musical.
Não é a tôa que seu talento e sua bela voz é apreciada pelos grandes medalhões de nossa música. Ivete, com toda a sua verve popular e midiática ainda consegue ser mais interessante e intrigante do que muitas divas da nossa enfadonha mpb.
gente que salada esse dvd, afinal o que a Ivete quer? eu nao entendo qual a proposta dela, ela parece que atira pra todos os lados, pra todos os estilos!!
Vou comprar esse DVD só por causa da Diva Bethânia, mas quem sabe eu não acabou gostando da Ivete??
Muita coisa foi distorcida aí einh Mauro... ela não comparou Aviões do Forró com Jackson do Pandeiro. A relação que ela pontuou foi outra.
E acho que esse Janio Alcantara que comentou tem sérios problemas. Ele quer definir o que é música de qualidade, quer definir o que é ou não cultura e ainda quer falar mal do trabalho de Ivete, artista que pelo visto por não gostar, NÃO CONHECE!
Não se fala mal do desconhecido. E Ivete Sangalo vai muito além das músicas festivas empurradas pela TV. Bethânia não precisa emitir elogios por puro bairrismo. A Abelha Rainha admira Ivete de verdade. Ela, e a esmagadora maioria da população brasileira. E não é de hoje...
Chato isso de cantor ficar convidando jornalista para entrevista, né? Paga o avião, paga transfer, hotel, almoço, etc... depois o cara vai e critica o trabalho. Não acho legal jornalista que aceita esse tipo de convite: ninguém dá nada de graça, o artista convida mesmo prá ter certeza de que o cara vai falar bem.
E aí, Mauro? Como é que vc fica com essas duas estrelas e meia? Nunca mais vai ser convidado prá festa da Ivete!!
Xau, abração
Murilo
Anônimo 13:26,
Se a relação que Ivete pontuou com Jackson foi outra, qual foi??
Conheço Ivete desde a Banda Eva. Comprei o DVD dela no Maracanã prá minha amada mulher (e já assisti uma vez e meia).
Sangalo gastou tanto a voz (em busca do vil metal) prá ganhar rios de dinheiro, que estragou a voz dela. Prá quem já cantou e conviveu no mundo dos shows sabe muito bem que aquela voz da cantora está prejudicada.
Por isto, Ivete cantará eternamente axé music, em micaretas, onde ninguém presta atenção a quem canta; e nunca cantará em um teatro, onde não poderá esconder seus pontos fracos na voz.
E ia esquecendo:
Parabéns ao Mauro pela independência de opinião profissional, não obstante ter sido convidado pro lançamento.
Se a Ivete for esperta, ela vai aproveitar um monte de dica do Mauro. Só duvido que o ego dela permita, mas milagres acontecem.
ivete é sempre a mesma coisa!!! faz gracinha, lança disco vende, mas nao se aprimora muito como interprete ja ouvi a musica de trabalho e outras que cantou no faustao mas nao vi mudança significativa nela.
Posso te fazer uma pergunta, por que vc cobra tanto da Ivete, gostaria que vc fizesse uma materia, se puder, e claro, falando o q vc pensa sobre ivete, seu trabalho
Ivete "gastou" tanto a voz? é... falou o tal do Jânio, fono/crítico musical/professor de canto/e tudo mais que tem direito...
Vamos ter bom senso! Vamos criticar aquilo que conhecemos. Deixem Ivete pra quem curte e conhece Ivete. É mais fácil do que ficar aqui apontando isso ou aquilo no trabalho de um artista a qual não conhecem. E ainda querem dizer que ela canta mal?
É aquela coisa... "não conheço, não ouvi, e já não gosto".
Viva Bethânia, que nutre uma admiração ENORME por Ivete desde 1993!
"Naturalidade" ? Com certeza é um dos muitos "quesitos" que D.Ivete não tem. Fabricação pura. Benfeita, reconheço.
Prezado Mauro, hoje foi que tive a percepção e a certeza do profissional que você. te enviei um comentário, onde em nenhum momento utilizei algum termo desaforado ou faltei com respeito a sua pessoa, apenas falei a verdade e até com elegância. Pois bem, repito que teu blog tá mais para fã clube de cantoras as quais você reverência, doque um espaço jornalístico do mercado fonográfico com uma proposta parcial de críticas e resenhas do mundo musical e que você é ex-pert em fazer comentários de cunho pessoal à cantoras que você não gosta, como se seu gosto prevalece-se em alguma coisa.Interessante que Fiz uma pesquisa por aqui e percebi que você gosta muito de falar da Ivete, de fato, ela dá ibope pro teu Blog e alimenta essa relação de amor e ódio que você e grande parte de seus seguidores tem por ela. Sem mais, e em momento algum espero você posta esse comentário, só quero que você o veja.
" Parabéns ao Mauro pela independência de opinião profissional, não obstante ter sido convidado pro lançamento.
Se a Ivete for esperta, ela vai aproveitar um monte de dica do Mauro. Só duvido que o ego dela permita, mas milagres acontecem" Janio meu filho com todo respeito; você está delirando? desde quando a Ivete precisa de dica do Mauro,alguém que é fã Daniela Mercury, e outra; o Mauro é que precisa da Ivete, na verdade ela a ama, se não fosse por ela seu blog não seria tão conhecido. E respodendo ao anônimo das 19;34 Essa perseguição é pura jogada, pra chamar atenção entende! afinal de contas críticos, principalmente os que ainda não se firmaram, as vezes são marqueteiros, para entrar em evidência.
Janio, seria interessante você expor suas idéias intelectuais, quando o Mauro postar algo sobre Tom Jobim, Chico Buarque, João Gilberto...enfim, não é nada elegante e nem útil, perder tempo querendo desqualificar Ivete. Repetindo o que o anônimo falou deixe Ivete pra quem curte e conhece Ivete, eu particulamete quando não gosto de algum artista, não me interessa o que ele faz ou deixa de fazer. Claro que é bacana quando temos uma opinião formada sobre algo, mais neste caso, só faz sentido quando somos consutados sobre o mesmo. Ok!
Não estou desqualificando a pessoa da Ivete e sim tenho direito de expressar por que não gosto do trabalho que conheço que ela faz e vive aparecendo na mídia.
Não estou impedindo ninguém (que goste da Ivete) de continuar idolatrando, como é próprio de fãs apaixonados.
Reafirmo que Ivete é uma deusa (em termos de beleza física) mas não é Deus. Todo ser humano é criticável pelo que produz.
Triste é lembrar que meu ídolo, o baiano Gilberto Gil, gravou com Ivete e cantou: "Chupa Toda"!!!
É uma mancha no currículo de tão talentoso artista.
Todo mundo precisa de todo mundo, porque é natural a interdependência, mas não a subserviência. Crítica responsável é uma opinião de quem estudou sobre o que escreve - mas não é A Verdade. Por isto, apaixonados fãs de Ivete não se sintam agredidos quando lerem opiniões contrárias ao TRABALHO e não à PESSOA de Ivete.
Abs.
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