Trilha segue vários caminhos musicais da Lapa
Resenha de CD
Título: Caminho
das Índias - Lapa
Artista: Vários
Gravadora: Som Livre
Cotação: * * *
Faltou um legítimo chorinho, ainda que a serelepe gravação de Errei pelo Sururu na Roda tenha algo do gênero. Há um previsível excesso de sambas, mas, a seu modo, a trilha sonora da novela Caminho das Índias dedicada aos sons da Lapa até consegue traduzir a diversidade musical que caracteriza o boêmio bairro do Centro do Rio de Janeiro (RJ). "É a nova Lapa das tribos do rap, dos bits, dos hits e do tamborzão", como diz o verso de Eu Vou pra Lapa, samba de Claudinho Guimarães e Serginho Meriti, gravado por Alcione (o fonograma faz parte do próximo álbum de inéditas da cantora, já em fase de finalização). O registro inédito do samba é uma das novidades da terceira trilha da novela, que tem a Lapa como um dos principais cenários (da parte) da trama situada no Rio de Janeiro. O CD também apresenta em primeira mão o encontro de Gabriel O Pensador com o grupo AfroReggae - em Pimenta e Sal, parceria do Pensador com André Gomes - e a boa regravação de Malandro É Malandro, Mané É Mané, samba de Neguinho da Beija-Flor popularizado na voz de Bezerra da Silva (1927 - 2005). Entre beats artificiais como os de Anjo Madrugada (na voz frágil de Babi) e latinidade estilizada (Mezcla, com o grupo Riosalsa), há o pop eletrônico do Barão Vermelho (Puro Êxtase) e a miscigenação do Bangalafumenga na regravação de Lourinha Bombril, feita com fidelidade à pegada dos Paralamas do Sucesso. Faltou um rock de verdade. Afinal, a Lapa também abriga o Circo Voador, pioneiro palco que projetou a geração pop dos anos 80 quando a Lapa ainda não tinha recuperado o status de tempos idos. No todo, os sambas predominam no disco, ouvidos com Casuarina (Vaso Ruim), Moyseis Marques (Pretinha Joia Rara) e Teresa Cristina & Grupo Semente (Tristeza Pé no Chão). Para citar três nomes que apareceram - e cresceram - no circuito de shows deste bairro efervescente que prima pela boa pluralidade musical.
Título: Caminho
das Índias - Lapa
Artista: Vários
Gravadora: Som Livre
Cotação: * * *
Faltou um legítimo chorinho, ainda que a serelepe gravação de Errei pelo Sururu na Roda tenha algo do gênero. Há um previsível excesso de sambas, mas, a seu modo, a trilha sonora da novela Caminho das Índias dedicada aos sons da Lapa até consegue traduzir a diversidade musical que caracteriza o boêmio bairro do Centro do Rio de Janeiro (RJ). "É a nova Lapa das tribos do rap, dos bits, dos hits e do tamborzão", como diz o verso de Eu Vou pra Lapa, samba de Claudinho Guimarães e Serginho Meriti, gravado por Alcione (o fonograma faz parte do próximo álbum de inéditas da cantora, já em fase de finalização). O registro inédito do samba é uma das novidades da terceira trilha da novela, que tem a Lapa como um dos principais cenários (da parte) da trama situada no Rio de Janeiro. O CD também apresenta em primeira mão o encontro de Gabriel O Pensador com o grupo AfroReggae - em Pimenta e Sal, parceria do Pensador com André Gomes - e a boa regravação de Malandro É Malandro, Mané É Mané, samba de Neguinho da Beija-Flor popularizado na voz de Bezerra da Silva (1927 - 2005). Entre beats artificiais como os de Anjo Madrugada (na voz frágil de Babi) e latinidade estilizada (Mezcla, com o grupo Riosalsa), há o pop eletrônico do Barão Vermelho (Puro Êxtase) e a miscigenação do Bangalafumenga na regravação de Lourinha Bombril, feita com fidelidade à pegada dos Paralamas do Sucesso. Faltou um rock de verdade. Afinal, a Lapa também abriga o Circo Voador, pioneiro palco que projetou a geração pop dos anos 80 quando a Lapa ainda não tinha recuperado o status de tempos idos. No todo, os sambas predominam no disco, ouvidos com Casuarina (Vaso Ruim), Moyseis Marques (Pretinha Joia Rara) e Teresa Cristina & Grupo Semente (Tristeza Pé no Chão). Para citar três nomes que apareceram - e cresceram - no circuito de shows deste bairro efervescente que prima pela boa pluralidade musical.
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Faltou um legítimo chorinho, ainda que a serelepe gravação de Errei pelo Sururu na Roda tenha algo do gênero. Há um previsível excesso de sambas, mas, a seu modo, a trilha sonora da novela Caminho das Índias dedicada aos sons da Lapa até consegue traduzir a diversidade musical que caracteriza o boêmio bairro do Centro do Rio de Janeiro (RJ). "É a nova Lapa das tribos do rap, dos bits, dos hits e do tamborzão", como diz o verso de Eu Vou pra Lapa, samba de Claudinho Guimarães e Serginho Meriti, gravado por Alcione (o fonograma faz parte do próximo álbum de inéditas da cantora, já em fase de finalização). O registro inédito do samba é uma das novidades da terceira trilha da novela, que tem a Lapa como um dos principais cenários (da parte) da trama situada no Rio de Janeiro. O CD também apresenta em primeira mão o encontro de Gabriel O Pensador com o grupo AfroReggae - em Pimenta e Sal, parceria do Pensador com André Gomes - e a boa regravação de Malandro É Malandro, Mané É Mané, samba de Neguinho da Beija-Flor popularizado na voz de Bezerra da Silva (1927 - 2005). Entre beats artificiais como os de Anjo Madrugada (na voz frágil de Babi) e latinidade estilizada (Mezcla, com o grupo Riosalsa), há o pop eletrônico do Barão Vermelho (Puro Êxtase) e a miscigenação do Bangalafumenga na regravação de Lourinha Bombril, feita com fidelidade à pegada dos Paralamas do Sucesso. Faltou um rock de verdade. Afinal, a Lapa também abriga o Circo Voador, pioneiro palco que projetou a geração pop dos anos 80 quando a Lapa ainda não tinha recuperado o status de tempos idos. No todo, os sambas predominam no disco, ouvidos com Casuarina (Vaso Ruim), Moyseis Marques (Pretinha Joia Rara) e Teresa Cristina & Grupo Semente (Tristeza Pé no Chão). Para citar três nomes que apareceram - e cresceram - no circuito de shows deste efervescente bairro que prima pela boa pluralidade musical.
Samba sempre cai bem, em qualquer ocasião. A música Amor de Verdade, com Beth Carvalho, é a melhor do CD.
Luiz Leite - Belém/Pa
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