Solar, Leila ilumina 'elegância antiga' de Gudin
Resenha de Show
Título: Pra Iluminar
Artista: Eduardo Gudin e Leila Pinheiro
Local: Teatro Rival (RJ)
Data: 15 de maio de 2009
Cotação: * * * *
Em cartaz até sábado, 16 demaio de 2009
Sem se apresentar no Rio de Janeiro (RJ) desde 1976, ano em que levou aos palcos cariocas (com Márcia e com o fiel parceiro Paulo César Pinheiro) o show O Importante É que Nossa Emoção Sobreviva, Eduardo Gudin retornou à cidade na noite de ontem, 15 de maio de 2009, para dividir a cena do Teatro Rival com Leila Pinheiro. O pretexto foi badalar o recém-lançado CD homônimo do show, Pra Iluminar, em que a cantora joga luz sobre a obra do compositor. Somente a volta de Gudin ao Rio já seria suficiente para fazer o show - em cartaz somente até hoje, 16 de maio - se destacar na programação musical da cidade. Contudo, o show em si é muito bonito e supera o álbum, que não consegue transmitir toda a beleza desse encontro afinado entre Leila e Gudin. Em cena, a cantora passa uma vibração que a gravação ao vivo do CD não conseguiu captar por inteiro - até pela disposição linear das faixas.
O repertório do show extrapola o roteiro perpetuado no disco. Com Gudin ao violão, Leila apresenta até um inédito choro-canção do compositor, Elegância Antiga, pontuado pelo saxofone de Leo Gandelman, convidado especial das duas apresentações. O título deste tema, aliás, bem poderia caracterizar a obra de Gudin, autor de sambas que vão ficando antigos, associados a uma MPB mais tradicional, mas que se conservam majestosos em sua elegância atemporal. Obra que cai bem na voz sempre afinada e segura de Leila, que já entra solar em cena para cantar a música que dá nome ao disco e ao show, Pra Iluminar. A essa técnica invejável, a intérprete alia o prazer com que (re)apresenta um samba como Ainda Mais, levando o público a perceber a beleza melódica e poética desta parceria de Gudin com Paulinho da Viola, gravada por Leila em um de seus melhores álbuns, Na Ponta da Língua (EMI Music, 1998). Inicialmente tímido, Gudin se solta em cena ao contar a longa história da parceria, concluída ao longo de 12 anos.
Vale ressaltar que cantora e compositor contam a seu favor com banda irretocável, formada por feras como o baixista Jorge Helder. Samba lançado por Clara Nunes (1942 - 1983) em 1978, Mente, por exemplo, brilha com o toque virtuoso do bandolim de Afonso Machado. Da mesma forma que a flauta de Gandelman é a cereja do bolo em Luzes da Mesma Luz. Apesar de este tema ter certa densidade emocional, o show supera o disco por transcorrer mais leve, com roteiro que surpreende ao incluir Euforia, parceria de Gudin com Nelson Cavaquinho (1911 - 1986) e Roberto Riberti, precedida no show por Juízo Final, a licença poética do repertório. Inédito na voz de Leila, o samba Euforia - em cuja primeira parte se identifica a grife melódica de Cavaquinho - é de 1982 e ganhou recente gravação de Dona Inah em CD, Olha Quem Chega, também dedicado inteiramente à obra de Gudin. A propósito, Olha Quem Chega - primeira parceria de Gudin com Paulo César Pinheiro, composta no fim dos anos 60 e lançada por Elizeth Cardoso em 1972 no primeiro volume do álbum duplo Preciso Aprender a Ser Só - é ouvida no show na voz opaca do próprio autor em registro de tom afetivo. É a criação pelo criador.
No bloco final, Leila transita pela Paulista, cai no samba à moda paulista em Praça 14 Bis e tinge Verde - samba que fez sua carreira deslanchar em 1985 - com as mesmas cores vivas do arranjo mais lento apresentado no Festival dos Festivais. Verde simboliza metaforicamente o momento em que o Brasil voltou a respirar os ventos da democracia. Contudo, Gudin soube também retratar em sua obra o período de asfixia e, dessa vertente, o roteiro revive Mordaça, número dos mais aplaudidos - certamente também por conta da imensa carga política já indissociada do tema - e estrategicamente posicionado antes de Verde. Na sequência, Boa Maré e Maior É Deus celebram a fé na vida e preparam o terreno para que Gudin encerre o show cantando Velho Ateu (a voz de Leila se faz ouvir somente do meio para o final do belo samba). Iluminado pela luz da obra do compositor, o público sai feliz do teatro. Como também feliz foi a volta de Eduardo Gudin aos palcos cariocas, guiado pela voz firme de Leila Pinheiro. Elegância antiga!
Título: Pra Iluminar
Artista: Eduardo Gudin e Leila Pinheiro
Local: Teatro Rival (RJ)
Data: 15 de maio de 2009
Cotação: * * * *
Em cartaz até sábado, 16 demaio de 2009
Sem se apresentar no Rio de Janeiro (RJ) desde 1976, ano em que levou aos palcos cariocas (com Márcia e com o fiel parceiro Paulo César Pinheiro) o show O Importante É que Nossa Emoção Sobreviva, Eduardo Gudin retornou à cidade na noite de ontem, 15 de maio de 2009, para dividir a cena do Teatro Rival com Leila Pinheiro. O pretexto foi badalar o recém-lançado CD homônimo do show, Pra Iluminar, em que a cantora joga luz sobre a obra do compositor. Somente a volta de Gudin ao Rio já seria suficiente para fazer o show - em cartaz somente até hoje, 16 de maio - se destacar na programação musical da cidade. Contudo, o show em si é muito bonito e supera o álbum, que não consegue transmitir toda a beleza desse encontro afinado entre Leila e Gudin. Em cena, a cantora passa uma vibração que a gravação ao vivo do CD não conseguiu captar por inteiro - até pela disposição linear das faixas.
O repertório do show extrapola o roteiro perpetuado no disco. Com Gudin ao violão, Leila apresenta até um inédito choro-canção do compositor, Elegância Antiga, pontuado pelo saxofone de Leo Gandelman, convidado especial das duas apresentações. O título deste tema, aliás, bem poderia caracterizar a obra de Gudin, autor de sambas que vão ficando antigos, associados a uma MPB mais tradicional, mas que se conservam majestosos em sua elegância atemporal. Obra que cai bem na voz sempre afinada e segura de Leila, que já entra solar em cena para cantar a música que dá nome ao disco e ao show, Pra Iluminar. A essa técnica invejável, a intérprete alia o prazer com que (re)apresenta um samba como Ainda Mais, levando o público a perceber a beleza melódica e poética desta parceria de Gudin com Paulinho da Viola, gravada por Leila em um de seus melhores álbuns, Na Ponta da Língua (EMI Music, 1998). Inicialmente tímido, Gudin se solta em cena ao contar a longa história da parceria, concluída ao longo de 12 anos.
Vale ressaltar que cantora e compositor contam a seu favor com banda irretocável, formada por feras como o baixista Jorge Helder. Samba lançado por Clara Nunes (1942 - 1983) em 1978, Mente, por exemplo, brilha com o toque virtuoso do bandolim de Afonso Machado. Da mesma forma que a flauta de Gandelman é a cereja do bolo em Luzes da Mesma Luz. Apesar de este tema ter certa densidade emocional, o show supera o disco por transcorrer mais leve, com roteiro que surpreende ao incluir Euforia, parceria de Gudin com Nelson Cavaquinho (1911 - 1986) e Roberto Riberti, precedida no show por Juízo Final, a licença poética do repertório. Inédito na voz de Leila, o samba Euforia - em cuja primeira parte se identifica a grife melódica de Cavaquinho - é de 1982 e ganhou recente gravação de Dona Inah em CD, Olha Quem Chega, também dedicado inteiramente à obra de Gudin. A propósito, Olha Quem Chega - primeira parceria de Gudin com Paulo César Pinheiro, composta no fim dos anos 60 e lançada por Elizeth Cardoso em 1972 no primeiro volume do álbum duplo Preciso Aprender a Ser Só - é ouvida no show na voz opaca do próprio autor em registro de tom afetivo. É a criação pelo criador.
No bloco final, Leila transita pela Paulista, cai no samba à moda paulista em Praça 14 Bis e tinge Verde - samba que fez sua carreira deslanchar em 1985 - com as mesmas cores vivas do arranjo mais lento apresentado no Festival dos Festivais. Verde simboliza metaforicamente o momento em que o Brasil voltou a respirar os ventos da democracia. Contudo, Gudin soube também retratar em sua obra o período de asfixia e, dessa vertente, o roteiro revive Mordaça, número dos mais aplaudidos - certamente também por conta da imensa carga política já indissociada do tema - e estrategicamente posicionado antes de Verde. Na sequência, Boa Maré e Maior É Deus celebram a fé na vida e preparam o terreno para que Gudin encerre o show cantando Velho Ateu (a voz de Leila se faz ouvir somente do meio para o final do belo samba). Iluminado pela luz da obra do compositor, o público sai feliz do teatro. Como também feliz foi a volta de Eduardo Gudin aos palcos cariocas, guiado pela voz firme de Leila Pinheiro. Elegância antiga!
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Resenha de Show
Título: Pra Iluminar
Artista: Eduardo Gudin e Leila Pinheiro
Local: Teatro Rival (RJ)
Data: 15 de maio de 2009
Cotação: * * * *
Em cartaz até sábado, 16 demaio de 2009
Sem se apresentar no Rio de Janeiro (RJ) desde 1976, ano em que levou aos palcos cariocas (com Márcia e com o fiel parceiro Paulo César Pinheiro) o show O Importante É que Nossa Emoção Sobreviva, Eduardo Gudin retornou à cidade na noite de ontem, 15 de maio de 2009, para dividir a cena do Teatro Rival com Leila Pinheiro. O pretexto foi badalar o recém-lançado CD homônimo do show, Pra Iluminar, em que a cantora joga luz sobre a obra do compositor. Somente a volta de Gudin ao Rio já seria suficiente para fazer o show - em cartaz somente até hoje, 16 de maio - se destacar na programação musical da cidade. Contudo, o show em si é muito bonito e supera o álbum, que não consegue transmitir toda a beleza desse encontro afinado entre Leila e Gudin. Em cena, a cantora passa uma vibração que a gravação ao vivo do CD não conseguiu captar por inteiro - até pela disposição linear das faixas.
O repertório do show extrapola o roteiro perpetuado no disco. Com Gudin ao violão, Leila apresenta até um inédito choro-canção do compositor, Elegância Antiga, pontuado pelo saxofone de Leo Gandelman, convidado especial das duas apresentações. O título deste tema, aliás, bem poderia caracterizar a obra de Gudin, autor de sambas que vão ficando antigos, associados a uma MPB mais tradicional, mas que se conservam majestosos em sua elegância atemporal. Obra que cai bem na voz sempre afinada e segura de Leila, que já entra solar em cena para cantar a música que dá nome ao disco e ao show, Pra Iluminar. A essa técnica invejável, a intérprete alia o prazer com que (re)apresenta um samba como Ainda Mais, levando o público a perceber a beleza melódica e poética desta parceria de Gudin com Paulinho da Viola, gravada por Leila em um de seus melhores álbuns, Na Ponta da Língua (EMI Music, 1998). Inicialmente tímido, Gudin se solta em cena ao contar a longa história da parceria, concluída ao longo de 12 anos.
Vale ressaltar que cantora e compositor contam a seu favor com banda irretocável, formada por feras como o baixista Jorge Helder. Samba lançado por Clara Nunes (1942 - 1983) em 1978, Mente, por exemplo, brilha com o toque virtuoso do bandolim de Afonso Machado. Da mesma forma que a flauta de Gandelman é a cereja do bolo em Luzes da Mesma Luz. Apesar de este tema ter certa densidade emocional, o show supera o disco por transcorrer mais leve, com roteiro que surpreende ao incluir Euforia, parceria de Gudin com Nelson Cavaquinho (1911 - 1986) e Roberto Riberti, precedida no show por Juízo Final, a licença poética do repertório. Inédito na voz de Leila, o samba Euforia - em cuja primeira parte se identifica a grife melódica de Cavaquinho - é de 1982 e ganhou recente gravação de Dona Inah em CD, Olha Quem Chega, também dedicado inteiramente à obra de Gudin. A propósito, Olha Quem Chega - primeira parceria de Gudin com Paulo César Pinheiro, composta no fim dos anos 60 e lançada por Elizeth Cardoso em 1971 no primeiro volume do álbum duplo Preciso Aprender a Ser Só - é ouvida no show na voz opaca do próprio autor em registro de tom afetivo. É a criação pelo criador.
No bloco final, Leila transita pela Paulista, cai no samba à moda paulista em Praça 14 Bis e tinge Verde - samba que fez sua carreira deslanchar em 1985 - com as mesmas cores vivas do arranjo lento apresentado no Festival dos Festivais. Verde simboliza metaforicamente o momento em que o Brasil voltou a respirar os ventos da democracia. Contudo, Gudin soube também retratar em sua obra o período de asfixia e, dessa vertente, o roteiro revive Mordaça, número dos mais aplaudidos - certamente também por conta da imensa carga política já indissociada do tema - e estrategicamente posicionado antes de Verde. Na sequência, Boa Maré e Maior É Deus celebram a fé na vida e preparam o terreno para que Gudin encerre o show cantando Velho Ateu (a voz de Leila se faz ouvir somente do meio para o final do belo samba). Iluminado pela luz da obra do compositor, o público sai feliz do teatro. Como também feliz foi a volta de Eduardo Gudin aos palcos cariocas, guiado pela voz firme de Leila Pinheiro. Elegância antiga!
Eduardo Gudin é um grande compositor Mauro.Aqui em São Paulo já estamos acostumados com as músicas desta apresentação carioca e não é mais novidade.Infelizmente ele repete o mesmo show toda semana em algum Sesc da cidade.Meu respeito ao compositor Gudin,mas ver o mesmo show sempre é muito desagradável.A obra é maravilhosa,mas ele cantando chega a constranger o público.Com esses anos todos de carreira ele ainda não aprendeu a cantar sua própria obra.Infelizmente ele não se tornou um cantor interessante como Chico Buarque,que no início era péssimo e agora está maravilhoso.
Mesmo assim quero registrar mais uma vez meu respeito pela obra desse artista de "suingue branco" do samba.Tem qualidade é o mais importante.Quanto ao canto da Leila Pinheiro é maravilhoso.Sem falar que Leila é uma bela mulher no palco.Uma delícia de ver e ouvir.Sucesso aos dois no Rio.
"Recebo o calor da paixão
estremece o meu coração
nesse palco se abrindo de luz"
O que se viu e ouviu no Rival, foi Leila Pinheiro iluminar Gudin com sua técnica e sofisticação invulgar.
"Estrela do Norte
Me ilumine
Eu quero bis... bis...
Estrela do Norte
Que contagia
E faz feliz"
(Gudin)
Obrigado Leila Pinheiro !!!
Obrigado Gudin !!!
Rodrigo Penna
Leila tem se firmado como grande intérprete. Muitas vezes escolhe repertório abaixo de sua capacidade, é verdade, mas lembro de show's memoráveis onde ela cantou "Sem mais adeus" (Francis-Vinicius), Cartão postal (Francis - Olivia), Êxtase (G. Arantes) que infelizmente acabam ficando fora de seus projetos...
Obrigado Mauro, pela 'cobertura do evento'rrsrs Muito bem detalhado, vc é fera!!
Já vi quatros vezes esse show no Fecap/SP e em todas as vezes foi a mesma emoção.Uma Leila Pinheiro mais solta quando não está ao piano.O espetáculo não é só de Leila e de Gudin mas também de todos os instrumentistas incríveis que ajudam a fazer esse show belíssimo. Coisas de um Brasil onde a sofisticação de seus músicos nem sempre é reconhecida.
Clara Nunes e seu repertório magistral tem sido visitado por todas as estrelas da MPB.
Que legal!
Foi maravilhoso !!!
O encontro da grande artista Leila Pinheiro com o grnde compositor Eduardo Gudin !!!
Com Direito a duas inéditas, o Elegência Antiga e o Amor veio me visitar !!!
Obrigadíssimo Leila & Gudin !!!
Obrigado Mauro Ferreira !!!
Lorena Vieira
Anônimo das 19:07, Leila gravou "Sem mais adeus" no CD "Isso é Bossa Nova", de 1994.
O show realmente é emocionante, e todos no palco (Leila, Gudin e os músicos) estão entrosadíssimos. Cantando e tocando com prazer e alegria q se estendem ao público, que reagiu com extremo entusiasmo em vários momentos. Muitas vezes apludindo no meio das músicas.
Leila faz as canções crescerem ainda mais, com sua belíssima voz, e sua interpretação sensível e elegante.
Grandes músicos, lindas composições, e uma cantora acima da média.
BELEZA, TALENTO, VERDADE, BAGAGEM, GARGANTA, DEDOS, MÚSICA COMO MÚSICA DEVE SER. PODERIA DAR ERRADO ?
Leila Pinheiro é cantora de técnica refinadíssima, voz suave e intensa, divisão elegante, fraseado enxuto(sem firulas,gagues... sem afetação) Sabe quando menos é mais ?
O resuldo é de iluminar a obra de Gudin lindamente !!!
"Seu canto foi derramar
Foi derramar seu calor no lugar
Pra Iluminar"
Sucesso Leila e Gudin !
Valeu Mauro Ferreira !
Ronaldo do Valle
Emanuel Andrade disse..
Nem precisa tecer comentários sobre os dons musicais de Leila.
Entregar os ouvidos á voz dela, já é uma dádiva. E além disso ela muito estilosa. Pense numa coroa bela..
Se não fosse a Leila Pinheiro,cantora elegantíssima, o Eduardo Gudin estava perdido.Ela é a voz das compsições dele.
Maravilhosa cantora !!
Para uma obra extraordinária !!
Muito Sucesso Leila E Gudin !!
"Se é pra ser feliz eu vou"
Mariana januário
A obra de Eduardo Gudin é extraordinária. Viva Gudin e Leila!
Mauro, quem lançou "Olha Quem Chega" não foi a Elizeth, e sim a Tania Maria, no Lp de mesmo nome, lançado em 1971.
CD maravilhoso !!!
Marca o encontro de uma grande cantora com um grande compositor !!!
Ronalvo Vieira
Os conhecedores de música percebem nitidamente que Leila Pinheiro é um misto de Elis Regina e Jane Duboc. É flagrante a enorme referência destes dois icones da Música em Leila. Nota-se os estilos distintos de Elis e Jane em seu canto...As interpretações, os timbres, os tons,a maneira de cantar,pronunciar as palavras, frases,... sempre circundam os universos distintos destas notórias cantoras, evocando os estilos únicos, as personalidades musicais marcantes das mesmas.
E como disse no comentário destinado ao novo trabalho de Claudia Telles - Leila Pinheiro, começou a carreira e persiste no mesmo caminho equivocado. A bossa-novista mescla Elis Regina e Jane Duboc, em sua musicalidade forjada a partir dessas duas referencias distintas. Já amargou o adormecimento e estagnação criativa de sua carreira por causa disso. O engessamento na Bossa Nova, que se tornou repetitivo e cansativo em sua carreira, sem criatividade e carente de novas interpretações, também contribuiu para a hibernação de sua trajetória. Se você escutou um disco de Leila Pinheiro, já escutou TODOS!! Não há criatividade, interpretações desafiadoras, criativas. Não há diferencial!!
Prefiro as originais Elis Regina e Jane Duboc, sem similares!!!
...E sobre Eduardo Gudin:Seus melhores discos são:"Noticias D'um Brasil" com Monica Salmazo e outros interpretes, "O mestre Leo Peracchi e a Jazz Sinfônica", canções de Antonio Carlos Jobim, interpretadas por Jane Duboc, Monica Salmazo, Ná Ozzeti entre outras e "Luzes da Mesma Luz", canções do próprio Gudin magistralmente interpretadas pela excelente Fátimas Guedes.
Esses albuns são 3 Obras-Primas da MPB.
O disco "Pra Iluminar" tornou-se entre outras coisas, repetitivo, cansativo,previsivel,chatissimo,'lugar comum' pois abordou a mesma atmosfera visitada por Fátima Guedes no disco anterior. Porém "Luzes da Mesma Luz" é 10 vezes mais superior!! Mais poético!!Mais Arte!! Melhor cantado e interpretado!!
Sem obviedades!!!
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