6 de maio de 2009

Metropole orquestra obra de Ivan com maestria

Resenha de CD
Título: Ivan Lins & The
Metropole Orchestra
Regência: Vince
Mendonza
Artista: Ivan Lins & The
Metropole Orchestra
Gravadora: Biscoito Fino
Cotação: * * * *

Reverenciada há décadas na cena jazzística universal, a obra de Ivan Lins volta a explorar os limites entre o pop e o jazz em CD gravado ao vivo em 3 de julho de 2008, em concerto feito em Amsterdam pelo artista brasileiro com a Metropole Orchestra, uma big-band holandesa fundada em 1945 que, sob a regência de Vince Mendoza, vem experimentando sonoridades e gêneros musicais, já tendo dividido o palco com nomes como Andrea Bocelli, Charles Aznavour, Dionne Warwick e Shirley Bassey. O concerto perpetuado no CD ora editado no Brasil pela Biscoito Fino foi o segundo feito por Ivan com a Metropole (o primeiro aconteceu em 14 maio de 2006 e, deste concerto, foi extraída a última faixa do disco, Lua Soberana). A exuberância de alguns arranjos orquestrais salta aos ouvidos logo na primeira das 11 faixas, Daquilo que Eu Sei. Personalíssimos toques nos arranjos impedem que as orquestrações soem previsíveis e lineares. Em Formigueiro, tema rebobinado em tom mais brando, o tempero especial vem da guitarra de Leonardo Amuedo. Já em A Gente Merece Ser Feliz a cereja do monumental bolo é o arranjo do pianista André Mehmari, que deu outra cadência ao samba, enquanto Começar de Novo ressurge em clima de suavidade quase bossa-novista. A boa cantora holandesa Trijntje Oosterhuis solta a voz nas duas faixas entoadas em inglês, as baladas Let us Be Always e Art of Survival. Em universo bem mais brasileiro, a orquestra incorpora a seu modo a pegada nordestina do xote É Ouro em Pó. Fora da seara autoral de Ivan Lins, a única música é O Fado, apropriadamente interpretada por Ivan em dueto com o cantor português Paulo de Carvalho, um dos convidados especiais deste belo disco que evidencia a elasticidade da obra de Ivan Lins.

6 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Resenha de CD
Título: Ivan Lins & The
Metropole Orchestra
Regência: Vince
Mendonza
Artista: Ivan Lins & The
Metropole Orchestra
Gravadora: Biscoito Fino
Cotação: * * * *

Reverenciada há décadas na cena jazzística universal, a obra de Ivan Lins volta a explorar os limites entre o pop e o jazz em CD gravado ao vivo em 3 de julho de 2008, em concerto feito em Amsterdam pelo artista brasileiro com a Metropole Orchestra, uma big-band holandesa fundada em 1945 que, sob a regência de Vince Mendoza, vem experimentando sonoridades e gêneros musicais, já tendo dividido o palco com nomes como Andrea Bocelli, Charles Aznavour, Dionne Warwick e Shirley Bassey. O concerto perpetuado no CD ora editado no Brasil pela Biscoito Fino foi o segundo feito por Ivan com a Metropole (o primeiro aconteceu em 14 maio de 2006 e, deste concerto, foi extraída a última faixa do disco, Lua Soberana). A exuberância de alguns arranjos orquestrais salta aos ouvidos logo na primeira das 11 faixas, Daquilo que Eu Sei. Personalíssimos toques nos arranjos impedem que as orquestrações soem previsíveis e lineares. Em Formigueiro, tema rebobinado em tom mais brando, o tempero especial vem da guitarra de Leonardo Amuedo. Já em A Gente Merece Ser Feliz a cereja do monumental bolo é o arranjo do pianista André Mehmari, que deu outra cadência ao samba, enquanto Começar de Novo ressurge em clima de suavidade quase bossa-novista. A boa cantora holandesa Trijntje Oosterhuis solta a voz nas duas faixas entoadas em inglês, as baladas Let us Be Always e Art of Survival. Em universo bem mais brasileiro, a orquestra incorpora a seu modo a pegada nordestina do xote É Ouro em Pó. Fora da seara autoral de Ivan Lins, a única música é O Fado, apropriadamente interpretada por Ivan em dueto com o cantor português Paulo de Carvalho, um dos convidados especiais deste belo disco que evidencia a elasticidade da obra de Ivan Lins.

6 de maio de 2009 às 12:44  
Anonymous Kees said...

Estou muito orgulhoso sobre este lançamento. Eu não soube que era ser um cd...

Kees (da Holanda com coração Brasileiro)

6 de maio de 2009 às 20:28  
Anonymous Roberto Murilo said...

Por coincidência, este disco chega às lojas junto com o do Miltom e Irmaos Belmondo, o que mostra a força da música brasileira pós-bossa nova não só nos EUA, como também na Europa.Aldir Blanc, letrista, a parte, Ivan Lins foi a melhor coisa que ficou do Movimento Artístico Universitário.

6 de maio de 2009 às 20:59  
Anonymous Anônimo said...

Alô, Mauro. Não vai sair em DVD, não, ou é o velho golpe de sempre ? (os otários compram o CD e 1 mês depois sai em DVD).
Qualquer informação agradeço.

6 de maio de 2009 às 21:08  
Anonymous Anônimo said...

veja
1
http://www.youtube.com/watch?v=s7ETLYPXeh8
2
http://www.youtube.com/watch?v=YAkJ8jrosG8
3
http://www.youtube.com/watch?v=aioiblT9lHo

12 de maio de 2009 às 18:11  
Blogger Unknown said...

Essa The Metropole Orchestra é fantástica o Ivan Lins é fantastico, mais neste disco ficou devendo e muito.Os musicos são todos fantásticos super competêntes e muitos deles maestro e grandes interpretes/improvisadores porém o arranjador deixou o pessoal preso a arranjos encomendados.Vejamos.:
1-Daquilo que eu sei-
Mandou bem , inclusive o Sax Tenor aproveitou a ponte de 08 compassos para fazer o que deu com a percussão marcando o compasso na cabeça do povo.
2- Sem comentários.
3- Fomigueiro -
Faltou as trompas e trobones na expressão e fazendo curtain, o violão a lá Dori Caymmi e depois as flautas no agudo imitam um vocalise feminino com a guitarra num solo agudo fazendo o basico da harmonia.Não entendi porquê ele com uma orquestra dessa colocou um sintetizador junto com os violinos.
4- Arlequim-
Um tema muito forte e fantástico um standard para improvisar, mais uma vez o arranjador não fez nada e o regente segurou a orquestra, uma pena.Ainda colocou os pistons gritando sem necessidade.
5- Sem comentários.
6- Idem - Que coisa ..???
7-Idem
8-Idem
9-Idem
10-Idem
11- Esse poderia ser umas das melhores faixas do disco mais, entraram com um titimo lento e as intervenções do sax soprano fez o básico, faltou a percussão e os pistons gritam - mistura os pistons /trombone fazendo cortina sem necessidade - sax soprano poderia ter feito um solo a la Shorter e mostrar a competência musical, mais preferiu cair no esquema de estudio.
O disco vale como referência em uma discoteca, nada mais e isso prova que uma "Orquestra" excepcional como a "The Metropole Orchestra" na mão de arranjadores/maestros com pouca criatividade pode abafar um grupo com grande expressividade.Imaginem essa orquestra na mão de Quince Jones,Nelson Ayres,Vagner Tiso etc.
sds.
William Silva

19 de agosto de 2009 às 13:24  

Postar um comentário

<< Home