31 de março de 2009

Timbaland faz Cornell vibrar pop em 'Scream'

Resenha de CD
Título: Scream
Artista: Chris Cornell
Gravadora: Universal
Music
Cotação: * * *

Na capa de seu terceiro CD solo, Scream, Chris Cornell está prestes a arremessar sua guitarra contra o chão. Na contracapa, a tal guitarra já aparece destruída, quebrada em pedaços. As imagens simbolizam a guinada do ótimo cantor dos grupos Soundgarden e Audioslave neste disco produzido por Timbaland. Distante do rock, sobretudo do grunge que o projetou no Soundgarden, Cornell diluiu sua guitarra em meio às batidas e aos efeitos eletrônicos urdidos pelo produtor. O som ouvido em Scream vai enojar os roqueiros, mas o fato é que Timbaland deu pulsação vibrante às músicas de Cornell. A seqüência inicial do álbum - com Part of me, Time e Sweet Revenge - é especialmente envolvente. O pique nem sempre se mantém ao longo das demais dez faixas que compõem o repertório. Mais perto do pop e não tão próximo do r & b, apesar dos inevitáveis flertes com o gênero, Scream tem seu valor, ainda que por vezes também faça o som de Cornell soar trivial, uma vez que a receita de Timbaland já foi requisitada até por Madonna. Se fosse o disco de outro artista, Scream talvez até fosse recebido com boa dose do entusiasmo destinado ao último álbum de Justin Timberlake, por exemplo. Só que Justin veio de uma boyband que todos desprezam e Cornell foi projetado num grupo cultuado pelos roqueiros dos anos 90. O fato é que Scream somente vai encontrar admiradores se for analisado sem a perspectiva histórica da carreira de Chris Cornell.

1 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Na capa de seu terceiro CD solo, Scream, Chris Cornell está prestes a arremessar sua guitarra contra o chão. Na contracapa, a tal guitarra já aparece destruída, quebrada em pedaços. As imagens simbolizam a guinada do ótimo cantor dos grupos Soundgarden e Audioslave neste disco produzido por Timbaland. Distante do rock, sobretudo do grunge que o projetou no Soundgarden, Cornell diluiu sua guitarra em meio às batidas e aos efeitos eletrônicos urdidos pelo produtor. O som ouvido em Scream vai enojar os roqueiros, mas o fato é que Timbaland deu pulsação vibrante às músicas de Cornell. A seqüência inicial do álbum - com Part of me, Time e Sweet Revenge - é especialmente envolvente. O pique nem sempre se mantém ao longo das demais dez faixas que compõem o repertório. Mais perto do pop e não tão próximo do r & b, apesar do inevitável flerte com o gênero, Scream tem seu valor, ainda que por vezes também faça o som de Cornell soar trivial, uma vez que a receita de Timbaland já foi requisitada até por Madonna. Se fosse o disco de outro artista, Scream talvez até fosse recebido com boa dose do entusiasmo destinado ao último álbum de Justin Timberlake, por exemplo. Só que Justin veio de uma boyband que todos desprezam e Cornell foi projetado num grupo cultuado pelos roqueiros dos anos 90. O fato é que Scream somente vai encontrar admiradores se for analisado sem a perspectiva histórica da carreira de Chris Cornell.

31 de março de 2009 às 09:04  

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