31 de março de 2009

Krall dá tom lânguido à bossa em 'Quiet Stars'

Resenha de CD
Título: Quiet Nights
Artista: Diana Krall
Gravadora: Verve
/ Universal Music
Cotação: * * * 1/2

Difícil dissociar Quiet Nights - o álbum que Diana Krall lança nesta terça-feira, 31 de março de 2009 - do CD The Look of Love, trabalho de 2001 que consolidou a carreira da cantora de pop jazz. O produtor, Tommy LiPuma, é o mesmo. Assim como o arranjador, Claus Ogerman. Escorada nesse time tão convencional quanto eficiente, Krall gravita íntima e sensual pela Bossa Nova. A faixa-título, Quiet Nights, é a versão de Corcovado que correu os quatro cantos do mundo nos anos 60. De Antonio Carlos Jobim (1927 - 1994), o maestro soberano do gênero que a intérprete volta a abraçar, há também Este seu Olhar - entoada em português esforçado - e The Boy from Ipanema, faixa em que Krall reforça o tom lânguido que pontua as interpretações de seu 12º álbum. Tendo como maior ponto de referência o Brasil, Quiet Nights é essencialmente um disco de baladas para serem ouvidas à meia-luz - caso de Too Marvelous for Words. Outra referência forte, evidenciada já na faixa-título do emblemático The Look of Love, a música de Burt Bacharach e Hal David está representada em Quiet Nights pela recriação bossa-novista de Walk on by. Após alguns álbuns mais pessoais como The Girl on the Other Room, trabalho de 2004 marcado pela colaboração autoral de Elvis Costello com Krall, a cantora volta a mirar um público mais amplo, pronto para digerir as cordas arranjadas por Ogerman e para ouvir mais uma abordagem de So Nice, a versão em inglês do sempre moderno Samba de Verão. As duas boas faixas-bônus - recriações comportadas de Ev'ry Time We Say Goodbye e How Can You Mend a Broken Heart - não deixam dúvidas quanto ao alvo de Quiet Nights. Ao irmanar Cole Porter (1891 - 1934) e Bee Gees num clima de intimidade, Diana Krall dá outro look of love sobre repertório assentado sobre base pop que pouco tem de jazz.

7 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Difícil dissociar Quiet Nights - o álbum que Diana Krall lança nesta terça-feira, 31 de março de 2009 - do CD The Look of Love, trabalho de 2001 que consolidou a carreira da cantora de pop jazz. O produtor, Tommy LiPuma, é o mesmo. Assim como o arranjador, Claus Ogerman. Escorada nesse time tão convencional quanto eficiente, Krall gravita íntima e sensual pela Bossa Nova. A faixa-título, Quiet Nights, é a versão de Corcovado que correu os quatro cantos do mundo nos anos 60. De Antonio Carlos Jobim (1927 - 1994), o maestro soberano do gênero que a intérprete volta a abraçar, há também Este seu Olhar - entoada em português esforçado - e The Boy from Ipanema, faixa em que Krall reforça o tom lânguido que pontua as interpretações de seu 12º álbum. Tendo como maior ponto de referência o Brasil, Quiet Nights é essencialmente um disco de baladas para serem ouvidas à meia-luz - caso de Too Marvelous for Words. Outra referência forte, evidenciada já na faixa-título do emblemático The Look of Love, a música de Burt Bacharach e Hal David está representada em Quiet Nights pela recriação bossa-novista de Walk on by. Após alguns álbuns mais pessoais como The Girl on the Other Room, trabalho de 2004 marcado pela colaboração autoral de Elvis Costello com Krall, a cantora volta a mirar um público mais amplo, pronto para digerir as cordas arranjadas por Ogerman e para ouvir mais uma abordagem de So Nice, a versão em inglês do sempre moderno Samba de Verão. As duas boas faixas-bônus - recriações comportadas de Ev'ry Time We Say Goodbye e How Can You Mend a Broken Heart - não deixam dúvidas quanto ao alvo de Quiet Nights. Ao irmanar Cole Porter (1891 - 1934) e Bee Gees num clima de intimidade, Diana Krall dá outro look of love sobre repertório assentado sobre base pop que pouco tem de jazz.

31 de março de 2009 às 11:50  
Anonymous Anônimo said...

Deve ser um discaço!! Diana + bossa só pode dar coisa boa!

31 de março de 2009 às 13:12  
Anonymous Luc said...

Também não sei associar Diana Krall ao jazz.

31 de março de 2009 às 17:56  
Blogger Bruno Cavalcanti said...

Mal posso esperar para ouvir esse disco... Diana é muito luxuosa, ela é classuda! Esse disco deve ser uma pérola!

31 de março de 2009 às 19:10  
Anonymous Adriano said...

eu comprei as faixas e sinceramente não gostei muito e não há comparação com o The look of love q sem dúvida é o melhor dela até hoje por colocar bossa, jazz e pop num mesmo disco... Achei morno demais e os arranjos bem parecidos um com outro e dá uma impressão de estar ouvindo a mesma música e a interpretação intimista demais... Acho q tenho q concordar com Eliane Elias (q lançou um bom cd tb de bossas - bossa nova stories)q disse q a Diana pouca cria na interpretação e arranjos....

31 de março de 2009 às 22:25  
Blogger Felipe Melo said...

Ouvi o disco hoje, embora Bossa Nova seja sempre um "mais do mesmo", acho que ela teve muito capricho com o arranjo de orquestras, sons de salas grandes, como discos antigos, há algum tempo ninguém lançava nada com esse bom gosto!

1 de abril de 2009 às 20:49  
Anonymous Anônimo said...

Bem mais ou menos... E, sem querer ser chato, o sotaque em "Este Seu Olhar" soa irritante. Para ficar em americanas que se arriscaram a cantar em português, Speranza Spalding gravou uma versão de "Ponta de Areia" infinitamente mais sedutora.

30 de junho de 2009 às 10:19  

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