10 de março de 2009

Com sua bossa, Paquito vai do blues ao samba

Resenha de CD
Título: Bossa Trash
Artista: Paquito
Gravadora: Independente
Cotação: * * 1/2

O segundo disco de Paquito - cantor e compositor projetado na cena indie baiana como o líder da Flores do Mal, uma bissexta banda de rock criada na terra do axé - se chama Bossa Trash. Mas não é um disco de Bossa Nova, ainda que algumas das onze faixas, como A Medida Exata, remetam à estética cool e minimalista do banquinho já cinquentenário. O som tampouco é trash. Compositor já gravado por cantoras como Maria Bethânia (Brisa) e Daniela Mercury (Ninguém Atura, parceria com Roberto Mendes), Paquito desfia um punhado de temas que versam sobre dores de amores. Caso de Sonhei que Eu Era Feliz, cuja cadência evoca a manemolência do samba baiano. Às vezes, como em Três Poodles, uma fina ironia tempera o discurso de tom habitualmente melancólico. Tentando apre(e)nder a leveza bossa-novista ensinada pelo mestre João Gilberto, o artista engata dueto com Jussara Silveira no samba Despedida (Vá de Vez) e entoa a suplicante Volte Depressa com a moldura das cordas (bandolim, violão, guitarra slide e e-bow) comandadas por Bruno Fortunato, o músico do Kid Abelha. Um som slide também aparece na faixa-título, Bossa Trash, parceria de Paquito com Arto Lindsay que evoca algo do blues e do lamento caipira. Co-produtor do disco, Eduardo Luedy responde pelos efeitos e pelo slide do violão que adorna essa faixa, a melhor de um CD diferente, que confirma a bossa toda pessoal de Paquito.

2 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

O segundo disco de Paquito - cantor e compositor projetado na cena indie baiana como o líder da Flores do Mal, uma bissexta banda de rock criada na terra do axé - se chama Bossa Trash. Mas não é um disco de Bossa Nova, ainda que algumas das onze faixas, como A Medida Exata, remetam à estética cool e minimalista do banquinho já cinquentenário. O som tampouco é trash. Compositor já gravado por cantoras como Maria Bethânia (Brisa) e Daniela Mercury (Ninguém Atura, parceria com Roberto Mendes), Paquito desfia um punhado de temas que versam sobre dores de amores. Caso de Sonhei que Eu Era Feliz, cuja cadência evoca a manemolência do samba baiano. Às vezes, como em Três Poodles, uma fina ironia tempera o discurso de tom habitualmente melancólico. Tentando apre(e)nder a leveza bossa-novista ensinada pelo mestre João Gilberto, o artista faz dueto com Jussara Silveira no samba Despedida (Vá de Vez) e entoa a suplicante Volte Depressa com a moldura das cordas (bandolim, violão, guitarra slide e e-bow) comandadas por Bruno Fortunato, o músico do Kid Abelha. Um som slide também aparece na faixa-título, Bossa Trash, parceria de Paquito com Arto Lindsay que evoca algo do blues e do lamento caipira. Co-produtor do disco, Eduardo Luedy responde pelos efeitos e pelo slide do violão que adorna essa faixa, a melhor de um CD diferente, que confirma a bossa toda pessoal de Paquito.

10 de março de 2009 às 17:34  
Blogger Mauro Ferreira said...

Aviso aos navegantes que possam se interessar pela compra do CD de Paquito: o disco pode ser adquirido, por R$ 15, através do e-mail anjopaq@gmail.com ou através da página do artista no MySpace.

10 de março de 2009 às 17:43  

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