7 de fevereiro de 2009

Pop solar do Little Joy esquenta muito no palco

Resenha de Show - Gravação de DVD
Título: Little Joy
Artista: Little Joy (em foto de Mauro Ferreira)
Local: Circo Voador (RJ)
Data: 6 de fevereiro de 2009
Cotação: * * * * 1/2

Já solar por natureza, o pop do Little Joy esquenta muito no palco. A temperatura esteve alta no show que encerrou no Circo Voador (RJ) na noite de sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009, a miniturnê brasileira do trio que une Rodrigo Amarante (no centro do palco e das atenções), Fabrizio Moretti (baterista do Strokes que assume a guitarra neste projeto paralelo) e a tecladista Binki Shapiro. O fervo aconteceu não somente pela natureza do show - mais caloroso do que o primeiro álbum do Little Joy, de tom mais brando - mas pelo fato de Amarante estar tocando e cantando em casa. " vendo um monte de rosto amigo aqui...", festejou o hermano após ver o público fazer coro a plenos pulmões em The Next Time Around, um dos carros-chefes do CD Little Joy. Parecia mesmo que era um show dos Los Hermanos. A vibe era quase a mesma. Tanto que, ligeiramente alto como a temperatura do show, Moretti puxou o verso inicial de Último Romance ao fim do bis, em tese encerrado com Brand New Start (outro hit do disco, com inclusão já garantida na segunda trilha sonora da novela global Três Irmãs). Foi o que bastou para que a platéia animada - e com gosto de quero mais, pois o show dura pouco menos de uma hora - começasse a cantar sozinha a música do repertório do quarteto Los Hermanos. Um fecho espontâneo para show (felizmente...) registrado em DVD, por conta do próprio trio.
Já na primeira das 14 músicas do roteiro, Play the Part, já deu para perceber que o trio entrou com tudo no palco do Circo Voador. O show seria perfeito não fossem os tímidos solos vocais de Binki Shapiro em Unattainable, em Don't Watch me Dancing e em Walking Back to Hapiness, música (não gravada pelo Little Joy) do repertório de uma cantora inglesa, Helen Shapiro, que, ao contrário do que faz logo supor o sobrenome idêntico, não tem parentesco com Binki. Quando a tecladista se dedica apenas ao seu instrumento, o show adquire atmosfera encantadora. Até porque as músicas do trio parecem feitas para proporcionar alegria. A platéia embarcou na onda e marcou com palmas o ritmo de How to Hang a Warhol com tal entusiasmo que Amarante exclamou: "Êta ferro! em casa!". E não foi apenas ele que expressou sua alegria. "Finalmente chegou! Desculpa... Finalmente chegamos!...", entusiasmou-se também Moretti, atrapalhado com o português e a concordância verbal. Músicas como Keep me in Mind têm tom tão jovial que até a eventual melancolia de alguns temas, como With Strangers, se dissipa no palco. Se o CD é light, o show tem aura mais roqueira - inclusive porque, no palco, o trio conta com as adesões de Todd Dahlhoff (baixo), Noah Georgeson (guitarra e teclados) e Matt Romano (bateria). Tanto que o cover de This Time Tomorow - música tirada do baú valioso do grupo inglês The Kinks - se ajustou perfeitamente a essa pegada roqueira do roteiro, que incluiu ainda No One's Better Sake, Shoulder to Shoulder e música inédita ainda sem título. A alegria foi grande como o show.

3 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Já solar por natureza, o pop do Little Joy esquenta muito no palco. A temperatura esteve alta no show que encerrou no Circo Voador (RJ) na noite de sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009, a miniturnê brasileira do trio que une Rodrigo Amarante (no centro do palco e das atenções), Fabrizio Moretti (baterista do Strokes que assume a guitarra neste projeto paralelo) e a tecladista Binki Shapiro. O fervo aconteceu não somente pela natureza do show - mais caloroso do que o primeiro álbum do Little Joy, de tom mais brando - mas pelo fato de Amarante estar tocando e cantando em casa. "Tô vendo um monte de rosto amigo aqui...", festejou o hermano após ver o público fazer coro a plenos pulmões em The Next Time Around, um dos carros-chefes do CD Little Joy. Parecia mesmo que era um show dos Los Hermanos. A vibe era quase a mesma. Tanto que, ligeiramente alto como a temperatura do show, Moretti puxou o verso inicial de Último Romance ao fim do bis, em tese encerrado com Brand New Start (outro hit do disco, com inclusão já garantida na segunda trilha sonora da novela global Três Irmãs). Foi o que bastou para que a platéia animada - e com gosto de quero mais, pois o show dura pouco menos de uma hora - começasse a cantar sozinha a música do repertório do quarteto Los Hermanos. Um fecho espontâneo para show (felizmente...) registrado em DVD, por conta do próprio trio.
Já na primeira das 14 músicas do roteiro, Play the Part, já deu para perceber que o trio entrou com tudo no palco do Circo Voador. O show seria perfeito não fossem os tímidos solos vocais de Binki Shapiro em Unattainable, em Don't Watch me Dancing e em Walking Back to Hapiness, música (não gravada pelo Little Joy) do repertório de uma cantora inglesa, Helen Shapiro, que, ao contrário do que faz logo supor o sobrenome idêntico, não tem parentesco com Binki. Quando a tecladista se dedica apenas ao seu instrumento, o show adquire atmosfera encantadora. Até porque as músicas do trio parecem feitas para proporcionar alegria. A platéia embarcou na onda e marcou com palmas o ritmo de How to Hang a Warhol com tal entusiasmo que Amarante exclamou: "Êta ferro! Tô em casa!". E não foi apenas ele que expressou sua alegria. "Finalmente chegou! Desculpa... Finalmente chegamos!...", entusiasmou-se também Moretti, atrapalhado com o português e a concordância verbal. Músicas como Keep me in Mind têm tom tão jovial que até a eventual melancolia de alguns temas, como With Strangers, se dissipa no palco. Se o CD é light, o show tem aura mais roqueira - inclusive porque, no palco, o trio conta com as adesões de Todd Dahlhoff (baixo), Noah Georgeson (guitarra e teclados) e Matt Romano (bateria). Tanto que o cover de This Time Tomorow - música tirada do baú valioso do grupo inglês The Kinks - se ajustou perfeitamente a essa pegada roqueira do roteiro, que incluiu ainda No One's Better Sake, Shoulder to Shoulder e música inédita ainda sem título. A alegria foi grande como o show.

7 de fevereiro de 2009 às 16:06  
Blogger Carlos Lopes said...

Adoraria ter visto! Adoro essa banda!

7 de fevereiro de 2009 às 19:12  
Anonymous Anônimo said...

Show curto e caro.

O disco parece uma fita demo.

Não entendo como a tosquidão virou estética agora.

Abraços em todos.

8 de fevereiro de 2009 às 00:02  

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