Allen atinge electro-pop perfeito no segundo CD
Resenha de CD
Título: It's Not me,
It's You
Artista: Lily Allen
Gravadora: EMI Music
Cotação: * * * * *
Em 2006, Lily Allen surgiu na volátil cena inglesa com álbum jovial (Alright, Still) que foi superestimado pelos críticos. Neste disco de estréia, voltado para o ska, Allen apresentou - com algum humor ácido - letras que mais pareciam posts extraídos de um blog de cunho bem pessoal. Não dá para dizer que Lily Allen amadureceu neste segundo álbum. O tom de It's Not me, It's You - cujo lançamento mundial está agendado pela EMI Music para segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009 - ainda é bem juvenil. Contudo, há nítido crescimento na abordagem de temas como sexo, drogas e política. Belo exemplo é The Fear, o primeiro irresistível single do álbum. A faixa alfineta a cultura consumista - vivenciada sobretudo pela geração que ouve Allen - e sinaliza a guinada da cantora rumo ao electro-pop. A maior evolução perceptível em It's Not me, It's You é a musical. Sob a batuta de Greg Kurstin, da banda The Bird and the Bee, Allen atinge o (electro)pop perfeito neste álbum delicioso que não perde o pique ao longo da audição de suas 12 faixas. Allen consegue até falar de dependência química num tema solar como Everyone's At It, música que abre um CD que incursiona por pop de acento country (Not Fair, tão sedutora quanto The Fear), por baladas de alto nível (I Could Say) e por temas que alcançam uma rara perfeição pop inimaginável no primeiro álbum de Allen. É bem difícil resistir às melodias e aos refrões ganchudos de músicas como Who'd Have Known, Never Gonna Happen e Chinese - três petardos certeiros em qualquer pista ou parada. Já Fuck You impressiona pelo contraste da letra (em que Allen alveja o ex-presidente dos EUA George W. Bush) com a delicadeza do arranjo, que remete de leve ao som do extinto duo norte-americano The Carpenters. Contudo, It's Not me, It's You não é álbum pautado por sons delicados. Os sintetizadores estão em primeiro plano para garantir os beats acelerados de faixas como Back to Start, faixa em que Allen remói desavenças com uma irmã. Até Deus é evocado em Him. Sim, de certa forma, Lily Allen cresceu e fez um segundo álbum que vai estar em todas as listas de melhores discos de 2009. Pode apostar.
Título: It's Not me,
It's You
Artista: Lily Allen
Gravadora: EMI Music
Cotação: * * * * *
Em 2006, Lily Allen surgiu na volátil cena inglesa com álbum jovial (Alright, Still) que foi superestimado pelos críticos. Neste disco de estréia, voltado para o ska, Allen apresentou - com algum humor ácido - letras que mais pareciam posts extraídos de um blog de cunho bem pessoal. Não dá para dizer que Lily Allen amadureceu neste segundo álbum. O tom de It's Not me, It's You - cujo lançamento mundial está agendado pela EMI Music para segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009 - ainda é bem juvenil. Contudo, há nítido crescimento na abordagem de temas como sexo, drogas e política. Belo exemplo é The Fear, o primeiro irresistível single do álbum. A faixa alfineta a cultura consumista - vivenciada sobretudo pela geração que ouve Allen - e sinaliza a guinada da cantora rumo ao electro-pop. A maior evolução perceptível em It's Not me, It's You é a musical. Sob a batuta de Greg Kurstin, da banda The Bird and the Bee, Allen atinge o (electro)pop perfeito neste álbum delicioso que não perde o pique ao longo da audição de suas 12 faixas. Allen consegue até falar de dependência química num tema solar como Everyone's At It, música que abre um CD que incursiona por pop de acento country (Not Fair, tão sedutora quanto The Fear), por baladas de alto nível (I Could Say) e por temas que alcançam uma rara perfeição pop inimaginável no primeiro álbum de Allen. É bem difícil resistir às melodias e aos refrões ganchudos de músicas como Who'd Have Known, Never Gonna Happen e Chinese - três petardos certeiros em qualquer pista ou parada. Já Fuck You impressiona pelo contraste da letra (em que Allen alveja o ex-presidente dos EUA George W. Bush) com a delicadeza do arranjo, que remete de leve ao som do extinto duo norte-americano The Carpenters. Contudo, It's Not me, It's You não é álbum pautado por sons delicados. Os sintetizadores estão em primeiro plano para garantir os beats acelerados de faixas como Back to Start, faixa em que Allen remói desavenças com uma irmã. Até Deus é evocado em Him. Sim, de certa forma, Lily Allen cresceu e fez um segundo álbum que vai estar em todas as listas de melhores discos de 2009. Pode apostar.
3 Comments:
Em 2006, Lily Allen surgiu na volátil cena inglesa com álbum jovial (Alright, Still) que foi superestimado pelos críticos. Neste disco de estréia, voltado para o ska, Allen apresentou - com algum humor ácido - letras que mais pareciam posts extraídos de um blog de cunho bem pessoal. Não dá para dizer que Lily Allen amadureceu neste segundo álbum. O tom de It's Not me, It's You - cujo lançamento mundial está agendado pela EMI Music para segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009 - ainda é bem juvenil. Contudo, há nítido crescimento na abordagem de temas como sexo, drogas e política. Belo exemplo é The Fear, o primeiro irresistível single do álbum. A faixa alfineta a cultura consumista - vivenciada sobretudo pela geração que ouve Allen - e sinaliza a guinada da cantora rumo ao electro-pop. A maior evolução perceptível em It's Not me, It's You é a musical. Sob a batuta de Greg Kurstin, da banda The Bird and the Bee, Allen atinge o (electro)pop perfeito neste álbum delicioso que não perde o pique ao longo da audição de suas 12 faixas. Allen consegue até falar de dependência química num tema solar como Everyone's At It, música que abre um CD que incursiona por pop de acento country (Not Fair, tão sedutora quanto The Fear), por baladas de alto nível (I Could Say) e por temas que alcançam uma rara perfeição pop inimaginável no primeiro álbum de Allen. É bem difícil resistir às melodias e aos refrões ganchudos de músicas como Who'd Have Known, Never Gonna Happen e Chinese - três petardos certeiros em qualquer pista ou parada. Já Fuck You impressiona pelo contraste da letra (em que Allen alveja o ex-presidente dos EUA George W. Bush) com a delicadeza do arranjo, que remete de leve ao som do extinto duo norte-americano The Carpenters. Contudo, It's Not me, It's You não é álbum pautado por sons delicados. Os sintetizadores estão em primeiro plano para garantir os beats acelerados de faixas como Back to Start, faixa em que Allen remói desavenças com uma irmã. Até Deus é evocado em Him. Sim, de certa forma, Lily Allen cresceu e fez um segundo álbum que vai estar em todas as listas de melhores discos de 2009. Pode apostar.
Não sei o porquê, mas não vou muito com a cara de Lily. Coisa meio besta.
Mas não há como não reconhecer: a dita cuja tem talento. Acho que, de cantoras estrangeiras surgidas nos últimos cinco anos a terem ganho uma certa "aura", que causam frisson a cada lançamento, só ela e Amy Winehouse.
É, tem talento mesmo. Letras afiadas, divertidas, debochadas. The Fear, você disse tudo Mauro, é irresistível. E eu diria o mesmo de Chinese.
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