6 de setembro de 2008

Os buenos aires do pop globalizado de Johansen

Resenha de show
Título: Logo
Artista: Kevin Johansen + The Nada
Local: La Trastienda Club (Buenos Aires, Argentina)

Data: 5 de setembro de 2008
Cotação: * * * *

"You sound great", grita um espectador, em inglês, no meio do show feito por Kevin Johansen em La Trastienda Club, charmosa casa de shows de Buenos Aires, capital da Argentina que acolheu este compositor nascido no Alaska (EUA). A platéia de argentinos nem estranha a saudação em inglês. Afinal, embora cante em espanhol boa parte de seu repertório, Johansen faz pop de sotaque globalizado que abrange músicas cantadas em inglês - como Funny Face e a sensível balada Oh, My Love, my Love - e até em francês, caso de La Chanson de Prévert, um dos destaques do roteiro do show em que Johansen apresenta o repertório de seu último álbum, Logo, gravado com seu entrosado grupo The Nada, que o acompanha em cena e garante os buenos aires de seu bom som miscigenado, que funciona muito bem nos palcos argentinos.
Projetado no Brasil por Paula Toller, que incluiu duas músicas de autoria de Johansen no seu segundo disco solo, SóNós (2007), o compositor tem bom domínio do palco. Falante, geralmente introduz suas canções, como No Seas Insegura, com algum comentário sobre a origem de seus versos, ora românticos, ora mordazes. Musicalmente, munido de seu violão e eventualmente de um banjo, Johansen faz azeitado mix pop de folk, milonga, rap e ritmos portenhos em roteiro que une temas como a cumbia En mi Cabeza, No Voy a Ser Yo (gravado por Luiza Possi em português, em versão assinada por Moska) e Go On! - número especialmente vibrante, inclusive por conta da jam que destacou um duelo de guitarra e gaita travado por feras do (afiadíssimo) grupo The Nada.
Sozinho, acompanhado apenas de seu violão, Johansen também dá conta do recado ao apresentar músicas como Luna sobre Porto Alegre. Ao fim do show, entre milongas e temas de energia mais roqueira, Johansen já tinha na mão o público argentino que hiperlotou La Trastienda Club para fazer coro em canções como Desde que te Perdí e Anoche Soñe Contigo. Se o pop do artista é globalizado, as dores de amores são universais. He sounds great!!!

4 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

"You sound great", grita um espectador, em inglês, no meio do show feito por Kevin Johansen em La Trastienda Club, charmosa casa de shows de Buenos Aires, capital da Argentina que acolheu este compositor nascido no Alaska (EUA). A platéia de argentinos nem estranha a saudação em inglês. Afinal, embora cante em espanhol boa parte de seu repertório, Johansen faz pop de sotaque globalizado que abrange músicas cantadas em inglês - como Funny Face e a sensível balada Oh, My Love, my Love - e até em francês, caso de La Chanson de Prévert, um dos destaques do roteiro do show em que Johansen apresenta o repertório de seu último álbum, Logo, gravado com seu entrosado grupo The Nada, que o acompanha em cena e garante os buenos aires de seu bom som miscigenado, que funciona muito bem nos palcos argentinos.
Projetado no Brasil por Paula Toller, que incluiu duas músicas de autoria de Johansen no seu segundo disco solo, SóNós (2007), o compositor tem bom domínio do palco. Falante, geralmente introduz suas canções, como No Seas Insegura, com algum comentário sobre a origem de seus versos, ora românticos, ora mordazes. Musicalmente, munido de seu violão e eventualmente de um banjo, Johansen faz azeitado mix pop de folk, milonga, rap e ritmos portenhos em roteiro que enfileira temas como En mi Cabeza, No Voy a Ser Yo (gravado por Luiza Possi em português, em versão assinada por Moska) e Go On! - número especialmente vibrante, inclusive por conta da jam que destacou um duelo de guitarra e gaita travado por feras do (afiadíssimo) grupo The Nada.
Sozinho, acompanhado apenas de seu violão, Johansen também dá conta do recado ao apresentar músicas como Luna sobre Porto Alegre. Ao fim do show, entre milongas e temas de energia mais roqueira, Johansen já tinha na mão o público argentino que hiperlotou La Trastienda Club para fazer coro em canções como Desde que te Perdí e Anoche Soñe Contigo. Se o pop do artista é globalizado, as dores de amores são universais. He sounds great!

6 de setembro de 2008 às 19:00  
Blogger O blog said...

Pena ele não fazer sucesso no Brasil. Chega de Rick Martin, RBD, Alejadro Sanz, Camila, etc...queremos mais coisa boa por aqui e quem sabe depois do lançamento do DVD da Paula Toller, ele não venha fazer shows por aqui, nem que seja numa casa pequena. Viva a vinda de sua música pro Brasil e agradeço a você Mauro por ajudar e contribuir para isso.

7 de setembro de 2008 às 10:38  
Anonymous Anônimo said...

Opa!

É bom saber que eu não sou o único aqui no blog que curte a boa musica latina.

8 de setembro de 2008 às 09:18  
Blogger Unknown said...

Cara, que susto eu levei ao ver esse post no meu feed, pensei que Kevin tinha feito show aqui e eu não tinha me informado! Ven, Kevin, te queremos!

9 de setembro de 2008 às 15:17  

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