29 de agosto de 2008

Insano, Michael completa 50 com futuro incerto

Difícil se referir aos 50 anos completados por Michael Jackson nesta sexta-feira, 29 de agosto de 2008, sem abordar a recente chegada de Madonna aos mesmos 50 anos. Michael e Madonna são os dois maiores ícones da música pop da década de 80. Contudo, enquanto ela permanece em atividade com o mesmo vigor e marketing daqueles anos iniciais, ele parece ter perdido o rumo por conta de seu temperamento excêntrico. Mergulhado em dívidas e comportamentos bizarros, Michael Joseph Jackson em nada lembra o artista inovador que ditou boa parte da estética musical dos anos 80 com sua obra-prima Thriller (1982). A azeitada mistura de rock, funk e pop que pautou aquele álbum - e que já pulsara também em Off the Wall (1979), primeiro trabalho solo da fase adulta do artista - ainda hoje ecoa em discos de astros da atualidade como Justin Timberlake, por exemplo. Se havia muito do som de Michael nas entranhas de Justified, (2003), o primeiro álbum solo de Justin, é porque a música do Rei do Pop permanece influente e vai sobreviver à mente megalômana do cantor e aos problemas judiciais que o associaram ao abuso sexual de crianças (Michael foi absolvido da acusação em 2005). Pena que o retorno ao mercado fonográfico deste artista tão influente ainda seja incerto. Em fevereiro de 2007, começaram a espocar rumores sobre o sucessor do insosso Invincinble (2001), um álbum de inéditas que teria o dedo de will.i.am, o rapper do grupo Black Eyed Peas. Mas 2007 terminou e nada de Michael aprontar o álbum, que, pelo visto, também não vai sair neste ano de 2008. É pena. Por conta de títulos como Bad (1987) e Dangerous (1991), a discografia de Michael Jackson já lhe garante um reinado vitalício na música pop. Mesmo que o cantor nada venha a produzir de relevante daqui por diante. Ainda assim, é triste constatar que Michael Jackson chega aos 50 anos sem a força de outrora e com apenas uma nova coletânea (King of Pop, com hits escolhidos por fãs em seleção que diverge de país para país) no horizonte. Seu talento sucumbiu ao temperamento louco? Seus súditos anseiam que um novo álbum responda que ainda não.

12 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Difícil se referir aos 50 anos completados por Michael Jackson nesta sexta-feira, 29 de agosto de 2008, sem abordar a recente chegada de Madonna aos mesmos 50 anos. Michael e Madonna são os dois maiores ícones da música pop da década de 80. Contudo, enquanto ela permanece em atividade com o mesmo vigor e marketing daqueles anos iniciais, ele parece ter perdido o rumo por conta de seu temperamento excêntrico. Mergulhado em dívidas e comportamento bizarros, Michael Joseph Jackson em nada lembra o artista inovador que ditou boa parte da estética musical dos anos 80 com sua obra-prima Thriller (1982). A azeitada mistura de rock, funk e pop que pautou aquele álbum - e que já pulsara também em Off the Wall (1979), primeiro trabalho solo da fase adulta do artista - ainda hoje ecoa em discos de astros da atualidade como Justin Timberlake, por exemplo. Se havia muito do som de Michael nas entranhas de Justified, (2003), o primeiro álbum solo de Justin, é porque a música do Rei do Pop permanece influente e vai sobreviver à mente megalômana do cantor e aos problemas judiciais que o associaram ao abuso sexual de crianças (Michael foi absolvido da acusação em 2005). Pena que o retorno ao mercado fonográfico deste artista tão influente ainda seja incerto. Em fevereiro de 2007, começaram a espocar rumores sobre o sucessor do insosso Invincinble (2001), um álbum de inéditas que teria o dedo de will.i.am, o rapper do grupo Black Eyed Peas. Mas 2007 terminou e nada de Michael aprontar o álbum, que, pelo visto, também não vai sair neste ano de 2008. É pena. Por conta de títulos como Bad (1987), a discografia de Michael Jackson já lhe garante um reinado vitalício na música pop. Mesmo que o cantor nada venha a produzir de relevante daqui por diante. Ainda assim, é triste constatar que Michael Jackson chega aos 50 anos sem a força de outrora. Seu talento parece ter sucumbido ao seu temperamento.

29 de agosto de 2008 às 17:36  
Anonymous Anônimo said...

Ele diluiu sua arte na proporção em que diluiu seu corpo, sua aparência, em função da loucura de se transformar em outra pessoa - talvez o monstro não tenha o mesmo talento que o ser anterior a ele.

29 de agosto de 2008 às 17:39  
Anonymous Anônimo said...

Li a mesma coisa no globo.Pena.Poderia ter alguma reflexão original no texto.Não Tem.
Carlos

30 de agosto de 2008 às 06:00  
Anonymous Anônimo said...

Muito obrigado ao Michael pela visão arrojada nos anos 80 que revolucionou a arte com videoclips e a dança de forma pessoal e abriu o mercado para artistas negros, seu nome já é imortal,digam o que quiserem.

30 de agosto de 2008 às 07:45  
Anonymous Anônimo said...

Michael se confundiu. Não somos criadores; somos criaturas. Só quem sobrevive a esta constatação mantém a lucidez a despeito das inevitáveis ego trips.

O artista foi realmente maravilhoso. Assisti a dois espetáculos seus e saí maravilhada de ambos.

maria

30 de agosto de 2008 às 08:24  
Anonymous Anônimo said...

Acho moralista e racista recriminar Michael Jackson por suas transformações físicas.

Entendo que se critique o resultado, com base no gosto estético pessoal. Mas não entendo a censura a suas motivações íntimas. É uma coisa boba (queria dizer uma palavra mais forte), careta e cheira a batina.

Para mim, todo o processo de quase mutação do cantor faz parte de sua persona artística e não pode ser dissociado de sua música - muito boa, na maior parte - e de sua expressão corporal inovadora.

30 de agosto de 2008 às 13:35  
Anonymous Anônimo said...

Tantas mulheres e homens turbinados, siliconados, plastificados por aí... MJ não é o único, com a diferença que foi pego para Cristo.

30 de agosto de 2008 às 20:45  
Anonymous Anônimo said...

Luc, apesar de suas boas intenções, devo lhe informar que neurose existe, psicopatia existe, alienação, idem, delírio, enfim...
Não confunda discernimento com preconceito. É muito razo. Vazio.

31 de agosto de 2008 às 10:12  
Anonymous Anônimo said...

"Por conta de títulos como Bad (1987) e Dangerous (1991), a discografia de Michael Jackson já lhe garante um reinado vitalício na música pop."

EU GOSTARIA DE EXPRESSAR A OPINIÃO DE QUE NÃO CONCORDO COM O COMENTÁRIO DO DONO DO BLOG FEITO ACIMA, ATÉ PORQUÊ, OS ÁLBUNS: OFF THE WALL (1979) E THRILLER (1982), SIM LHE GARANTEM REINADO VITALÍCIO NA MÚSICA POP!!

BAD E DANGEROUS FORAM SIMPLESMENTE, ÁLBUNS LANÇADOS, NÃO VERDADEIROS SUCESSOS COMO OS CITADOS 1979 E 1982

31 de agosto de 2008 às 16:16  
Anonymous Anônimo said...

Não há como banalizar ocomportamento estético do artista. A busca pelo clareamento da pele (quem é racista nessa história?) é o mais óbvio de suas neuroses e anormalidades.
E assim, na medida em que foi ficando branco, foi diminuindo sua produção - a tal arte que era o que mais interessava independente de ser negro ou amarelo ou vermelho, ou.... (quem é racista nessa história?)

1 de setembro de 2008 às 10:27  
Anonymous Anônimo said...

Quando branco escurece a pele ao sol, todo mundo acha lindo. Michael Jackson resolve clarear um pouco a pele e lá vem bomba.

Afilar o nariz é procedimento perfeitamente aceito entre brancos. Michael Jackson faz o mesmo e é desprezado (pessoalmente, acho que um cantor, qualquer cantor, deve evitar mexer no nariz, por motivo de emissão da voz).

Então, senhores, quem é racista?

Quanto a criticar artistas por neurose, alienação, delírio e esquisitice, me dá vontade de rir, juntamente com Artaud, Freud, Dalí e Bispo do Rosário.

2 de setembro de 2008 às 10:43  
Anonymous Anônimo said...

Desculpa, Mauro, só mais um. Brancos adotam crianças negras e têm o altruísmo exaltado. Michael tem filho de pele clara e o pessoal condena.

2 de setembro de 2008 às 10:52  

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