14 de maio de 2008

Morto há dez anos, Sinatra simboliza uma era

Morto há exatos dez anos, em 14 de maio de 1998, Frank Sinatra permanece como o símbolo máximo de canto masculino de uma era pré-pop. Além da arte da interpretação, a Voz dominou a arte de viver. A coletânea ora editada pela Warner Music - Nothing But the Best, com 22 gravações feitas pelo mestre em sua gravadora, a Reprise Records, fundada por ele em 1960 para se dissociar da Capitol Records - oferece pálida amostra de sua arte maior, a do canto. Inclusive a gravação alardeada como inédita, Body and Soul, traz a rigor de novo somente a orquestração, conduzida por Frank Sinatra Jr., o filho do astro. Nada relevante...
Nothing But the Best rebobina algumas das gravações mais emblemáticas da obra fonográfica de Sinatra - entre elas, My Way e Theme from New York, New York. Contudo, a partir dos anos 60, o cantor foi perdendo progressivamente a aura de modernidade que envolveu sua voz na fase inicial na Columbia e, sobretudo, no período áureo vivido na Capitol, quando sua emissão vocal já estava completamente depurada e aliada ao suingue nato do intérprete. Ainda assim, a compilação realça a capacidade de Sinatra (1915 - 1998) de não perder seu público e de acompanhar seu tempo. Até porque a importância deste majestoso crooner nunca residiu somente em suas raras qualidades vocais - como a dicção perfeita. Sinatra foi a mais perfeita tradução de uma América pré-pop e pré-rock. Depois de Elvis Presley (1935 - 1977), teve início outra era. Outra História...

4 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Já que, infelizmente, fala-se de mortes aqui, parto de Sinatra para lamentar a perda de um dos grandes da guitarra aqui no Brasil, Wander Taffo.

Wander ajudou a lapidar o rock brazuca antes ainda do estouro nos 80 - Made in Brazil, Joelho de Porco, Rita Lee... e esteve na primeira onda dos 80, a bordo do Rádio Taxi.

Além de grande guitarrista, foi grande também ao fundar o IG&T, depois EM&T, das maiores escolas de música do país.

Sem dúvida, ajudou a tornar as seis cordas elétricas um pouco menos ultrajantes para nós, tapuias.

Felipe dos Santos Souza

14 de maio de 2008 às 18:54  
Anonymous Anônimo said...

o que fica de Sinatra é o que se ouve em seus discos, não sua 'arte de viver'

14 de maio de 2008 às 19:02  
Anonymous Anônimo said...

Mauro, esqueceu ontem de falar que a "Sapoti" completou 80 anos ?

14 de maio de 2008 às 20:23  
Blogger Unknown said...

Tenho 24 anos, e graças a minha mãe sou fã de Sinatra. Ele marcou uma geração, e a sua versão de "fly me to the moon" está em meu Top 10!

A revista metrópole fez um especial bacana sobre ele, e eu me emocionei...

18 de maio de 2008 às 09:00  

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