31 de maio de 2008

Antropofagia rege alegria tropicalista de Beatriz

Resenha de CD
Título: Alegria
Artista: Beatriz Azevedo
Gravadora: Biscoito Fino
Cotação:
* * *


Alegria é álbum gravado por Beatriz Azevedo sob regência tropicalista. A idéia da cantora e compositora foi se utilizar do conceito de antropofagia para criar e registrar repertório quase todo autoral pautado pela diversidade sonora. Suas referências são apresentadas no CD como devorações. Gravado entre Rio de Janeiro, São Paulo e Nova York (EUA), o disco foi idealizado pela artista e ostenta arranjos e direção musical do pianista Cristóvão Bastos. Nem sempre a ânsia antropofágica gera músicas à altura das referências que as inspiraram. Mas predominam no CD bons momentos como o samba Rede, a faixa-título (composta e gravada por Beatriz com Vinicius Cantuária) e a releitura de Speak Low com base rítmica que evoca o maracatu brasileiro. Ovelha negra desgarrada do rebanho tropicalista, Tom Zé dá o ar da graça em Pelo Buraco. Entre ecos do suingue de Henri Salvador (Savoir par Coeur) e do balanço das gafieiras (Não É da Conta de Ninguém), Alegria nem sempre resulta tão interessante na prática quanto na teoria. Mas prima por expor o universo (particular) de Beatriz.

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Nossa, mas que coisa CHATA, quanta pretensão! E agora virou praxe dizer que um cd expõe o "universo particular" (blergh!!!!!) do sujeito que gravou o CD? Não tem também umas "intervenções" de Arnaldo Antunes e uns "ecos" do lundu não? Oh céus.

31 de maio de 2008 às 11:22  
Anonymous Anônimo said...

resenha preguiçosa, hein, Mauro?

31 de maio de 2008 às 16:15  
Anonymous Anônimo said...

Antropofagia cultural é balela. É a desculpa para a tentativa mal feita de imitar a cultura do Primeiro Mundo. Não sabe fazer tão bem quanto eles? Então faz do jeito que dá e chama de antropofagia. Fica chique.

5 de junho de 2008 às 11:43  

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