2 de março de 2008

Rio celebra a bossa em show que destaca Rita

Resenha de show
Título: Bossa Nova 50 Anos
Artista: BossaCucaNova, Carlos Lyra, Emílio Santiago,
Fernanda Takai, João Donato, Joyce, Leila Pinheiro,
Leny Andrade, Marcos Valle, Maria Rita, Oscar Castro
Neves, Roberto Menescal, Wanda Sá e Zimbo Trio
Local: Praia de Ipanema (RJ)
Data: 1º de março de 2008
Cotação: * * * *

E coube a Maria Rita - a artista que menos tinha a ver com a Bossa Nova entre os nomes recrutados para o evento que celebrou os 50 anos do movimento musical - protagonizar um dos números mais especiais do show Bossa Nova 50 Anos. Ao reviver Corcovado de forma intimista, ao lado do violão de Oscar Castro Neves, a filha de Elis Regina (1945 - 1982) comprovou seu raro e versátil talento vocal, reafirmado mais uma vez quando, na seqüência, apresentou o Samba do Avião com balanço carioca, na companhia da banda.

Berço da velha bossa, o Rio celebrou o suingue cinqüentão sob as queixas de alguns artistas (em especial, Pery Ribeiro e o grupo Os Cariocas) que não engoliram suas ausências na escalação em favor de nomes mais jovens, como Fernanda Takai, convidada por conta do excelente álbum solo em que recria o repertório de Nara Leão (1942 - 1989), musa da bossa. Aliás, Takai defendeu Insensatez e O Barquinho na companhia de Roberto Menescal e, embora tenha marcado boa presença, deixou claro que brilha mais quando está envolvida pela criativa ambiência sonora do grupo Pato Fu, mote de seu álbum solo. Takai cantou trecho do Barquinho em japonês.

Acima de rivalidades, a bossa nova foi celebrada em seu berço por artistas de diferentes gerações e estilos. Apresentado por Miéle e Thalma de Freitas, o show teve roteiro estruturado em seis blocos temáticos. Coube a Leila Pinheiro abrir o primeiro com ensolarada versão de Manhã de Carnaval. Logo na seqüência, Emílio Santiago entoou medley com Bim Bom e Oba-lá-lá, emendando com Chega de Saudade em arranjo de Roberto Menescal. Foi justa referência ao lançamento do histórico disco de 78rpm de João Gilberto com Chega de Saudade. Editado em agosto de 1958, o disco oficializou o nascimento da bossa que vinha sendo formatada há vários anos.

A rigor, se a velha bossa é a tal batida diferente de João Gilberto, ela não esteve presente no show. No entanto, no amplo universo estilístico hoje cultuado como bossa-novista, houve espaços para a maestria instrumental do Zimbo Trio, que tocou a Gabriela de Tom Jobim (1927 - 1994), antes de receber a sempre exuberante Leny Andrade para reviver músicas como Tempo Feliz, Sabe Você e Tem Dó. A segunda é bela parceria de Vinicius de Moraes (1913 - 1980) com Carlos Lyra, que, em seguida, entrou no palco e lançou mão das românticas Minha Namorada e Primavera, convocando a platéia para acompanhá-lo nos dois clássicos de seu repertório. Na seqüência, Wanda Sá foi chamada ao palco e apresentou o hit Desafinado (com a pouco conhecida introdução desta parceria de Tom Jobim com Newton Mendonça) e Rio. Deu conta do recado...

No sexto e último bloco, João Donato mostrou seu suingue todo próprio em versão instrumental de Café com Pão e se arriscou a cantar Bananeira. Com Joyce, a próxima convidada, João Donato mostrou em primeira mão parceria inédita da dupla, No Fundo do Mar, que não empolgou, apesar dos esforços dos dois autores para contagiar o público. Só que Joyce, que está cantando muito bem, se redimiu com sedutora versão do Samba da Benção, com direito a citações de O Que É que a Baiana Tem? e Aquarela do Brasil. No fim, foi a vez da bossa eletrônica. Esperto, Marcos Valle convocou o DJ Nado Leal para turbinada leitura do Samba de Verão e o trio BossaCucaNova reprocessou, com beats eletrônicos e a antenada voz de Cris Delanno, Samba da Minha Terra e Garota de Ipanema, sinalizando que a bossa sempre se renova e vai ficar em pauta nos próximos 50 anos. Foi show elegante como a própria bossa nova.

45 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Mauro,

Cê sabe se esse show foi gravado? Vai sair em cd ou dvd?

Eu, de fato, espero que sim. Fiquei curiosíssimo pra ouvir Maria Rita cantando Corcovado e Samba do avião.

Abraço,

Anderson Falcão
Brasília - DF

2 de março de 2008 às 13:01  
Anonymous Anônimo said...

Querido Mauro, Maria Rita não tem que provar mais nada...que me perdoem os invejosos de plantão. O show foi ótimo e quanto ao Sr.Pery Ribeiro já teve seus dez minutos de fama...abraços.

2 de março de 2008 às 13:47  
Blogger Daniel said...

A Fernanda Takai estava linda, e discordando de você, achei bem à vontade...

2 de março de 2008 às 14:05  
Anonymous Anônimo said...

Acho que as queixas de Pery e d'Os Cariocas são pertinentes. É um descaso com a própria história da Bossa. E Alaíde Costa? Ela também faz parte desta história...

2 de março de 2008 às 16:19  
Blogger Ju Oliveira said...

foi gravado para ser lançado em dvd sim, só não sei quando...

e há ainda a possibilidade do show ser realizado em SP. tomara... os paulistas agradecem.

Quando a Maria Rita, pode-se gostar ou não de parte ou de todo o repertório dela, mas a verdade é que seu belíssimo timbre e afinação impecável sempre se sobressaem em shows coletivos. Ela é simplesmente uma cantora maravilhosa.

é importante que artistas novos busquem repertório inédito para seus discos, mas acho que MR podia se sentir mais livre para, em seus shows, explorar mais os clássicos da música brasileira. Todos que já ouvi ela cantando ficaram lindos.

2 de março de 2008 às 17:58  
Anonymous Anônimo said...

Maria Rita(melhor do que mãe!) sempre arrebentando.
É mesmo uma belezura de contora.

Jose Henrique

2 de março de 2008 às 18:25  
Blogger Robson Pereira said...

Algumas pessoas falam tão mal de Maria Rita por causas das coincidências com sua mãe e acabam por esquecer de apreciar a ótima artista que é.
Ainda bem que nem todo mundo pensa assim.
Ela terá sempre um lugar entre as grandes interpretes da MPB, independentemente do parentesco com quem quer que seja.

2 de março de 2008 às 20:01  
Anonymous Anônimo said...

Não sou fã de Maria Rita. Não tenho nenhum de seus CDs. Gosto da mãe, mas só da fase "cesariana".

Mas, que está ficando cada vez mais claro que ela é muito mais do que "a cópia da mãe" que os detratores tanto falam, ah, isso está. Li algumas coisas sobre o show aqui resenhado e todas foram unânimes em destacar MR.

Felipe dos Santos Souza

2 de março de 2008 às 20:10  
Anonymous Anônimo said...

O show não foi gravado. Maria Rita foi a mais aplaudida da noite e foi a melhor no palco, realmente. Noite linda!!

3 de março de 2008 às 08:16  
Blogger Maurity said...

Acredito ser relevante a queixa de Pery e cia, mas, sinceramente, é preciso mostrar as novas caras, o futuro da bossa-nova. Eles deveriam estar felizes, pois foram muito bem representados por João Donato, Carlos Lyra, Joyce, Wanda Sá.

Achei fantástico terem convidado Maria Rita, Fernanda Takai, O DJ Nado e BossaCucaNova.

Vida Longa à Bossa-Nova!!!

3 de março de 2008 às 10:22  
Blogger Daniel Barbosa said...

Bom seria se acontecesse uma comemoração em Sampa tbm...

3 de março de 2008 às 13:43  
Anonymous Anônimo said...

Acredito ser relevante a queixa de Pery e cia, mas, sinceramente, é preciso mostrar as novas caras, o futuro da bossa-nova. Eles deveriam estar felizes, pois foram muito bem representados por João Donato, Carlos Lyra, Joyce, Wanda Sá.

Achei fantástico terem convidado Maria Rita, Fernanda Takai, O DJ Nado e BossaCucaNova.

Vida Longa à Bossa-Nova!!!(2)

3 de março de 2008 às 14:10  
Anonymous Anônimo said...

Tá todo mundo elogiando a performance de Maria Rita.
Acho que shows desse tipo deveria ocorrer mais vezes na praia e convidados fora do estilo Bossa Nova são sempre bem vindos pra reverenciar o estilo.

Tomara mesmo que tenha capturado pra DVD

3 de março de 2008 às 14:12  
Anonymous Anônimo said...

Maria Rita é assim mesmo, onde chega arrebenta,fazer o quê,tem talento de sobra.Todas as noticias lidas a respeito do show destacam a presença dela como sendo um destaque.Ela foi sempre assim, talentosa desde o começo e com tendências a melhorar.

3 de março de 2008 às 14:53  
Anonymous Anônimo said...

O SHOW NÃO FOI GRAVADO NEM PRA CD ,NEM PRA DVD!!!!!

3 de março de 2008 às 15:56  
Anonymous Anônimo said...

Jose Henrique...Adoro essa insistência"(melhor do que a mãe!)"Além de concordar plenamente contigo,isso ajuda a desacralizar e exorcisar o fantasma do absoluto e do definitivo.

3 de março de 2008 às 16:56  
Anonymous Anônimo said...

Tambémmmmm!!!tem herança musical e que herança,canta bem,tem presença no palco,canta música de qualidade e sempre está em boa companhia instrumental,só pode sair daí coisa boa mesmo.
Maria Rita faz parte daquela parcela de artistas que fazem valer a pena sair de casa, na certeza de se ver um belo show! Viva Maria Rita!!!

3 de março de 2008 às 17:09  
Blogger Ju Oliveira said...

o anônimo das 3:56 parece ter a maior certeza do que está dizendo. seria legal se ele dissesse quem é e como tem essa informação...

não estou duvidando, mas se as pessoas não se identificam não dá para levar em consideração nada que elas dizem, certo?

3 de março de 2008 às 17:24  
Anonymous Anônimo said...

Melhor que a mãe...?
Ainda está pra nascer uma cantora que supere Elis Regina.

3 de março de 2008 às 17:44  
Anonymous Anônimo said...

Leila Pinheiro estava linda!!!
Joyce, como sempre cheia de suingue ao lado de seu mestre Donato. Dupla do som!

3 de março de 2008 às 19:30  
Anonymous Anônimo said...

Querido Mario
Já deves estar informado sobre a grande novidade em Portugal, divulgado pela agência lusa esta semana:
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Cultura/Interior.aspx?content_id=82602
bjs

3 de março de 2008 às 22:59  
Anonymous Anônimo said...

"Maria Rita(melhor do que mãe!) sempre arrebentando.
É mesmo uma belezura de contora.

Jose Henrique"
Tà bom, José henrique, desta vez vou deixar você e a tua afirmação, você deve ser bem novinho.Quando você entender porque isso não è verdade,você vai ter amadurecido.
De qualquer forma uma coisa è engraçada a repetição pode ser ou levar a uma reflexão, se for somente um martelinho, não vira.
Se você estudar um pouco de mùsica e ou tiver alguèm que te mostre algumas coisinhas sobre, naturalmente você irà ver a verdade.Pelo momento, você fica com a tua,que quer dizer que pra você funciona.Então perfeito.cada um cria a sua mitologia pessoal.
tudo de bom

4 de março de 2008 às 07:22  
Blogger Ju Oliveira said...

é impressionante como sempre tem gente que precisa desqualificar opiniões discordantes como fruto da ignorância alheia. não conseguem admitir que a verdade absoluta não esteja com eles.

agora, é mais impressionante ainda que essas mesmas pessoas nunca sintam a necessidade de assinar o que escrevem.

Deus me livre da arrogância intolerante!

4 de março de 2008 às 10:23  
Anonymous Anônimo said...

Tem uma espécie de making off do show no youtube, no link abaixo:

http://br.youtube.com/watch?v=Yrqe1SMQE1Q

Nele dá pr'a gente ouvir um pedacinho de alguns artistas e depoimentos também.

E claro, pelo pouquinho que se ouve da Maria Rita, dá pra perceber que ela arrebentou.

Anderson Falcão
Brasília - DF

E Zé, essa tua afirmação continua causando arrepios por aqui, hein? Me divirto um bocado, confesso. Abraço!

4 de março de 2008 às 10:49  
Anonymous Anônimo said...

Fala, Anderson, é verdade. ehehe :>)
Acho Elis over e acho Maria Rita bem mais cool, questão de gosto e não abro mão do meu.

PS: Anônimo, vc me ensinaria sobre música? ehehehehe :>)

Jose Henrique

4 de março de 2008 às 14:08  
Anonymous Anônimo said...

José Henrique,

Eu acho a Maria Rita bem over, como a mãe... Só que é mais chata..

Sem contar que a Elis foi a original. MR é a cópia fabricada.

rsrsrs

Sinceramente, não gosto da MR. Mas respeito opiniões contrárias.

abração,
Denilson

5 de março de 2008 às 01:52  
Anonymous Anônimo said...

Ju me parece que a ignorancia intolerante aqui vem mesmo è da tua parte.
Dei a minha e respondi do meu jeito ao Josè Henrique.
Prefiro a resposta do Jose Henrique, pois ele teve humor e isso è algo que aprecio nas pessoas. E alèm do mais è a primeira vez que ele explica aqui o porque da sua afirmação.
Josè Henrique, eu falaria neste caso mais de uma troca.Mas se eu puder te ensinar algo, sem problemas ; a Elis que eu mais gosto è também a cool.
Eu também nnao abrirei mão da minha, mas ja estou aceitando a tua.
Um abraço
()

5 de março de 2008 às 06:16  
Anonymous Anônimo said...

Elis era uma excepcional cantora.Mas foi fabricada e super exposta pela mídia.Era capa quase semanal em revistas como "O Cruzeiro",espécie de Caras da época,além de especiais constantes na TV.Maria Rita diz hoje a imprensa que não quer ser "diva" e que "passado é coisa de museu".Mas deveria tomar mais conhecimento das verdades do passado e como foi fabricada a diva "Elis",que ela tanto se assemelha.Maria Rita foi grande nesse show em Copacabana,mas quase um plágio de Elis.

5 de março de 2008 às 12:08  
Anonymous Anônimo said...

Comparar a "fabricação" de Maria Rita com o fato de Elis ter sido capa de revista muitas vezes é loucura. Se Elis era uma cantora fabricada, o que dizer dos ídolos da Jovem Guarda? Elis Regina tornou-se a maior cantora do Brasil por méritos próprios.

5 de março de 2008 às 12:43  
Anonymous Anônimo said...

Opa, anônimo(a)
Eu tb respeito a opinião alheia, a parada aqui é mais pra palpitar mesmo.
Querer impor gosto musical beira o ridículo.

PS: Elis da fase cool é legalzinha, mas, a Elis over é chata de marré marré.

Jose Henrique

5 de março de 2008 às 14:14  
Anonymous Anônimo said...

Esqueci de mandar o velho e bom abraço.
Ahhhh não vou querer trocar conhecimentos musicais, vc vai me oferecer Elis.
Eu vou sair perdendo. eheehe:>)

Jose Henrique

5 de março de 2008 às 14:17  
Anonymous Anônimo said...

Leo,Elis foi tão ou mais fabricada e hiper-exposta que a Ivete Sangalo,que aliás Maria Rita anda reverenciando.Os tempos são outros,os gostos são outros...E títulos como esse "a maior cantora do Brasi",também é artifício de marketing.Méritos e defeitos todas tem!

5 de março de 2008 às 15:11  
Anonymous Anônimo said...

Pelo que entendi na entrevista, MR reverenciou o pique que a Sangalo tem para a maratona pula-pula de shows,fôlego que ela não deve ter, ainda mais com filho pequeno pra criar.Espero que as reverências fiquem por aí.Mas se não ficarem por aí, a carreira é dela e a faça como quiser.Nós de cá que saibamos avaliar a trajetória de cada um e dar o seu devido valor.

5 de março de 2008 às 15:52  
Anonymous Anônimo said...

Anônimo das 3:11, acho difícil q uma artista tão "fabricada" resista ao tempo da forma como Elis resiste. 47 anos se passaram desde que ela gravou seu primero disco. 26 anos se passaram desde a sua morte, e ela está mas viva do que muitos artistas por aí. O fato de estarmos aqui comparando e falando sobre ela prova isso. Será q Ivete Sangalo (tão fabricada quanto Elis, segundo você) vai durar tanto assim?

5 de março de 2008 às 16:12  
Anonymous Anônimo said...

Mas é isso mesmo 3:52,que a Maria Rita reverenciou.E essa possibilidade de "maratonas pula-pula" de shows não é resultado de grande propaganda por trás de Ivete?Com Elis acontecia o mesmo.Mas Elis é um mito,uma diva,coisa que Maria Rita e Ivete ainda não são.So o tempo...

5 de março de 2008 às 16:13  
Blogger Pedro Progresso said...

afee...
que coisa mais "se joga bee" essa coisa de mito, de diva.
caiam na real. que história é essa de revista Cruzeiro, de Caras, de vangloriar Ivete Sangalo?
Isso interfere na hora da música?
Ah tá, achei que não.

ó só: Elis (mitos a parte) foi mesmo uma cantora única, foi. Com momentos muito over que nem mesmo os fãs gostam, fato! Ou alguém maqui realmente gosta de "Fascinação"?
Mas vá lá, é uma cantora de timbre único, técnica mil, tá na memória de muitos e está sendo muito procurada pelos novos (em especial a fase fino da bossa pré-cool).

Maria Rita também: ótima cantora, fez seu errinho no segundo tá voltando, tem seus momentos "nada a ver" nos shows (batidinha rocker pra terminar "Cara valente"?... BORING!) mas tá aí, a mina é muito boa, acima da média em voz, empostação, presença de palco.

conclusão:
Xiitas de Elis são um saquinho e essa é a pior herança que a MR poderia ter recbido, mas recebeu.

5 de março de 2008 às 22:03  
Anonymous Anônimo said...

Pedropeter a mídia interfere na música sim.E sobremaneira.Essa história do "Cruzeiro" além de verdadeira,serve para derrubar mitomaníacos ou os que se deixam levar por eles em seus endeusamentos fictícios.É apenas constatação,num país que não quer ter memória e teme a verdade dos fatos.Xiitas de Ivete também são um saquinho.E isso é proporcional ás investidas do produto no mercado.

6 de março de 2008 às 07:24  
Blogger Pedro Progresso said...

Então quer dizer que as belas canções que Elis gravouão são mais belas por causa da mídia, é isso que vocÊ quer me dizer?
Ou você compra discos pela influência da mídia ou pelas capas dos discos? Pq nesse caso é extremamente proporcional sim a influência da mídia.
Pois é, era isso que eu tentava te explicar.
O endeusamento e a mídia NÃO interferem na audição de um disco, de uma canção, e na hora de classificá-los como bons ou ruins (pra mim) não há jornal ou revista que me faça mudar de opinião. O mesmo serve para endeusamentos...
Povo: música independe de tudo isso, de mercado, de foto, de grana, de publicidade, de gravadora, de distribuição.
As cantoras (como já disse Marisa Monte) servem apenas pra cantar. Não precisam de endeusamento, de ideologia e nem tampouco precisam ser mitos. O que importa aqui é apenas aquele resultado, não importando oque aconteceu para ser feito.
Se Elis quebrou o pau (e ela quebrou) com Tom Jobim, várias vezes durante a gravação do cd dos dois, pouco me importa. O que interessa foi oque ficou daquilo. E é um resultado lindo. Desencanem das imagens e dos mitos (essa palavra diva... é de uma pobreza... da dó!), fiquem com o que realmente impiorta no fim das contas: o som.

6 de março de 2008 às 11:04  
Anonymous Anônimo said...

Hahaha,pedropeter mas para mim tudo é interessante,sabe?Os porques siceros me interessam.Muito!Outras opiniões são importantes sim.Reveladoras e engrandecedoras.E é por isso e para isso que estamos aqui,não é?

6 de março de 2008 às 14:04  
Anonymous Anônimo said...

Pedro Peter mandou bem. O que importa é o som.

Agora o protesto: a Elis Regina pré-1972 é muito boa, tá ligado? A influência da Angela Maria foi se depurando logo e o dramalhão virou logo perfeição. Antes de falarem besteira, ouçam 'Canção do Sal', 'Corrida de Jangada', todo o 'Elis, Como e Porque' (1969), as coisas do Baden, todo o 'Em Pleno Verão' (1970)...

Eu sou viúvo da Elis, fã xiita, sou o saquinho mencionado pelos colegas acima. E a Maria Rita tem minha simpatia, sexta-feira estou lá.

Pronto.

6 de março de 2008 às 17:44  
Anonymous Anônimo said...

Luc,

se é de Brasília também? Não me lembro de já ter mencionado isso...

Também vou pro show na sexta. Trocamos impressões, ok?

Anderson Falcão.

Brasília - DF

(cadeira, setor 2, 0292)

Abraço!

6 de março de 2008 às 23:55  
Blogger Pedro Progresso said...

para o anônimo_ os porques pra mim são muito interessantes também. do contrário eu não ficaria lendo as fofocas do nelson motta no "Noites tropicais". mas nunca colocaria isso como importância musical.

Quanto ao Luc, tô contigo: ouçam mais Elis!
Pré 72 tem muita coisa, mas muita coisa boa mesmo (dois na bossa, os registros do fino da bossa, o disco com o zimbo...)
Assim como Maria Rita pré-primeiro disco (Popó, tristesse, de frente etc).

7 de março de 2008 às 00:13  
Anonymous Anônimo said...

Claro,Peter.A musicalidade de Elis é inquestionável.Mas as fofocas e as meias verdades tropicais simpáticas do Nelsiho Motta sim!Grande abraço!

7 de março de 2008 às 10:35  
Anonymous Anônimo said...

Peninha MR não ter cantado mais Popó nos shows dela. Essa música que ela cantava lá bem no começo da carreira(fase Chico Pinheiro)já demonstrava o potencial dela como cantora.Afinal,Popó não é pra qq cantor(a).Pessoal de Brasilia, bom show procês,que semana quem vem me deliciarei aqui em SP com o espetáculo que é ver Maria Rita no palco.

Assinado:Outro Xiita de Elis que é tb um saquinho e tb faz parte da pior herança(segundo o Peter)que a MR poderia ter recebido,e recebeu.

7 de março de 2008 às 14:12  
Anonymous Anônimo said...

Oi, Anderson. Desculpe, só li este post hoje, sábado.
A Maria Rita esteve esplêndida ontem. Canta cada vez melhor, está à vontade no palco, bonita, repertório de primeira. O samba é tudo.

Mas que lugar horrível esse Marina Hall, onde realizou-se o show. Trata-se de um galpão-corredor, no meio de um lamaçal, sem o menor tratamento acústico. O responsável pelo som merecia ser processado. O público foi brindado com um som achatado, sem a menor profundidade, compactado no registro médio, sem baixos nem agudos, no qual a voz e todos os instrumentos ficaram no mesmo volume.

Resultado: as sutilezas dos arranjos se perderam, juntamente com as possíveis filigranas que a cantora terá imprimido às suas versões.

Senhores artistas, não se apresentem no Marina Hall. É um lixo.

Acho que vou a São Paulo assistir de novo ao show, um grande acontecimento musical que merecia tratamento melhor.

8 de março de 2008 às 17:43  

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