Menestrel revisa obra em tom íntimo e pessoal
Resenha de CD / DVD
Título: Intimidade
Artista: Oswaldo
Montenegro
Gravadora: Som Livre
Cotação: * * *
Oswaldo Montenegro não envelheceu. Ao menos no que diz respeito à sua voz. Ver e ouvir o menestrel neste DVD e CD ao vivo da série Intimidade, da Som Livre, é constatar que o tempo parece ter passado lento para o artista. O que nunca passa é a mania da indústria fonográfica de viver do passado. Em 2006, Montenegro lançou disco de inéditas, A Partir de Agora, que obteve pouca repercussão. A saída, então, foi mais uma vez regravar os hits que lhe deram fama e (nenhuma) fortuna a partir do final dos anos 70.
O diferencial da série é que, em sintonia com seu título, os shows captados nela são de caráter realmente íntimo - geralmente feitos na casa do artista para (pequenas) pláteias de amigos e familiares. Guilherme Arantes foi o primeiro da série, mas a voz do autor de Amanhã já perdeu brilho e potência. Montenegro, na contramão, permanece em forma vocal. E isso faz de Intimidade, tanto o CD como o DVD, bom cartão-de-visitas para sua obra. E, para quem já é íntimo dessa obra, há algumas novidades como a regravação de Sou uma Criança, Não Entendo Nada (hit de Erasmo Carlos, mais puxado para o country na leitura do menestrel) e a adesão de Zeca Baleiro em Léo e Bia, sucesso do primeiro álbum de Montenegro, Poeta Maldito... Moleque Vadio (1979). Baleiro está em casa.
O DVD apresenta 16 músicas, duas (Mel do Sol e Por Brilho) a mais do que o CD, e também tem a bossa adicional de ter seus números entremeados com depoimentos sobre o trovador, colhidos para o documentário de 25 minutos, filmado (parcialmente) em Brasília (DF) e exibido nos extras. No todo, o registro do show é elegante. Montenegro experimenta tons mais suaves para rebobinar coeso repertório formado quase que inteiramente por canções. E são as canções típicas de Oswaldo, compositor hábil na evocação de um tom medieval. Canções pontuadas por seu violão e pela flauta de Madalena Salles - como é o caso da bela Lua e Flor (1988), último grande sucesso do trovador. Um dos números que destoam desta atmosfera mais lírica e suave é Vamos Celebrar, tema de 2006, de pegada country. Enfim, um bom show, com direito ao bandolim de Pedro Amorim em Bandolins, outro clássico da obra deste artista injustamente carimbado com a alcunha de chato - ainda que, em alguns poucos momentos, ele realmente tenha feito jus ao rótulo.
Título: Intimidade
Artista: Oswaldo
Montenegro
Gravadora: Som Livre
Cotação: * * *
Oswaldo Montenegro não envelheceu. Ao menos no que diz respeito à sua voz. Ver e ouvir o menestrel neste DVD e CD ao vivo da série Intimidade, da Som Livre, é constatar que o tempo parece ter passado lento para o artista. O que nunca passa é a mania da indústria fonográfica de viver do passado. Em 2006, Montenegro lançou disco de inéditas, A Partir de Agora, que obteve pouca repercussão. A saída, então, foi mais uma vez regravar os hits que lhe deram fama e (nenhuma) fortuna a partir do final dos anos 70.
O diferencial da série é que, em sintonia com seu título, os shows captados nela são de caráter realmente íntimo - geralmente feitos na casa do artista para (pequenas) pláteias de amigos e familiares. Guilherme Arantes foi o primeiro da série, mas a voz do autor de Amanhã já perdeu brilho e potência. Montenegro, na contramão, permanece em forma vocal. E isso faz de Intimidade, tanto o CD como o DVD, bom cartão-de-visitas para sua obra. E, para quem já é íntimo dessa obra, há algumas novidades como a regravação de Sou uma Criança, Não Entendo Nada (hit de Erasmo Carlos, mais puxado para o country na leitura do menestrel) e a adesão de Zeca Baleiro em Léo e Bia, sucesso do primeiro álbum de Montenegro, Poeta Maldito... Moleque Vadio (1979). Baleiro está em casa.
O DVD apresenta 16 músicas, duas (Mel do Sol e Por Brilho) a mais do que o CD, e também tem a bossa adicional de ter seus números entremeados com depoimentos sobre o trovador, colhidos para o documentário de 25 minutos, filmado (parcialmente) em Brasília (DF) e exibido nos extras. No todo, o registro do show é elegante. Montenegro experimenta tons mais suaves para rebobinar coeso repertório formado quase que inteiramente por canções. E são as canções típicas de Oswaldo, compositor hábil na evocação de um tom medieval. Canções pontuadas por seu violão e pela flauta de Madalena Salles - como é o caso da bela Lua e Flor (1988), último grande sucesso do trovador. Um dos números que destoam desta atmosfera mais lírica e suave é Vamos Celebrar, tema de 2006, de pegada country. Enfim, um bom show, com direito ao bandolim de Pedro Amorim em Bandolins, outro clássico da obra deste artista injustamente carimbado com a alcunha de chato - ainda que, em alguns poucos momentos, ele realmente tenha feito jus ao rótulo.
7 Comments:
Esse cara tem uma grande voz...
Bruno.
A fama de chato é injustificada e maldosa. Oswaldo Montenegro é autor de melodias muito bonitas, tem uma queda por instrumentação acústica e boa formação musical. Interpreta bem as canções alheias. Basta assistir ao 'Letras Brasileiras' no Canal Brasil. No geral, um artista bom de se ouvir.
OS SRS ME DESCULPEM, MAS O.M. NEM A PALOMA DUARTE - A MAIS CARETEIRA ATRIZ DE SUA GERAÇÃO - MERECE.
AINDA BEM QUE SEUS 'DOMÍNIOS' NÃO ULTRAPASSAM MUITO NOSSO AMADO E LAMENTÁVEL RIO DE JANEIRO.
Como todos falavam que Oswaldo Montenegro era chato eu nem ligava muito pro som dele, mas foi quando me deparei com um cd dele na minha frente e ao ouví-lo, adorei. Hoje mesmo morando em Juiz de Fora-MG, já fui 2x ao Rio só pra ir em shows dele e tenho vários cds. Inclusive o cd A partir de agora que é BELLÍSIMO!
Esse é o cara mais chato da história da música brasileira.
Quem fala que o Oswaldo Montenegro é chato são os carecas que têm inveja daquele cabelão poderoso.
Desculpa...
mas quem fala mal de O.M. é uma pessoa sim a minina condição de chegar aos pés dele. Pra mim isso é Inveja... E todos sabemos que inveja é falta de capacidade...
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