Toque de Arte evoca tradição dos grupos vocais
Resenha de CD
Título: Pelos Quatro
Cantos
Artista: Toque de Arte
Gravadora: Albatroz
Cotação: * * *
A partir da década de 40, com o Bando da Lua, os conjuntos vocais habitaram o universo musical brasileiro. Em seu segundo disco, Pelos Quatro Cantos, o Toque de Arte evoca essa tradição em repertório que prioriza o samba. Com vocais dirigidos por Magro Waghabi, do grupo MPB-4, o quarteto canta 12 músicas à moda de um outro grupo que fez história com suas vozes: Os Cariocas. Se as inéditas autorais (entre elas, Por que Não Tentar Ser Feliz, Escravo de mim e Um Canto de Fé) estivessem à altura dos sucessos regravados pelo grupo com seu toque vocal, o CD seria excelente. Mas não estão. Ainda assim, o disco oferece grandes momentos. Fato Consumado, belo samba da fase inicial de Djavan, tem seu suingue e quebradas valorizadas pelo quarteto. La Belle de Jour, de Alceu Valença, ganha um novo frescor e é o sopro nordestino do álbum. Já Retalhos de Cetim, o samba magoado de Benito Di Paula, ganha ares nobres. A arrojada introdução a capella do samba-enredo Aquarela Brasileira (Silas de Oliveira, 1963) sugere uma ousadia que o grupo, pena, não leva adiante. Quando entram os instrumentos, a faixa perde força. Por sua vez, Rio Antigo é revivido em tons bem suaves com adesão de Alcione, cantora que lançou a parceria de Chico Anysio e Nonato Buzar em 1979. Enfim, Pelos Quatros Cantos procura reafirmar o talento já esboçado pelo Toque de Arte no CD anterior Samba & Voz (2002). Falta apenas afinar o irregular repertório próprio.
Título: Pelos Quatro
Cantos
Artista: Toque de Arte
Gravadora: Albatroz
Cotação: * * *
A partir da década de 40, com o Bando da Lua, os conjuntos vocais habitaram o universo musical brasileiro. Em seu segundo disco, Pelos Quatro Cantos, o Toque de Arte evoca essa tradição em repertório que prioriza o samba. Com vocais dirigidos por Magro Waghabi, do grupo MPB-4, o quarteto canta 12 músicas à moda de um outro grupo que fez história com suas vozes: Os Cariocas. Se as inéditas autorais (entre elas, Por que Não Tentar Ser Feliz, Escravo de mim e Um Canto de Fé) estivessem à altura dos sucessos regravados pelo grupo com seu toque vocal, o CD seria excelente. Mas não estão. Ainda assim, o disco oferece grandes momentos. Fato Consumado, belo samba da fase inicial de Djavan, tem seu suingue e quebradas valorizadas pelo quarteto. La Belle de Jour, de Alceu Valença, ganha um novo frescor e é o sopro nordestino do álbum. Já Retalhos de Cetim, o samba magoado de Benito Di Paula, ganha ares nobres. A arrojada introdução a capella do samba-enredo Aquarela Brasileira (Silas de Oliveira, 1963) sugere uma ousadia que o grupo, pena, não leva adiante. Quando entram os instrumentos, a faixa perde força. Por sua vez, Rio Antigo é revivido em tons bem suaves com adesão de Alcione, cantora que lançou a parceria de Chico Anysio e Nonato Buzar em 1979. Enfim, Pelos Quatros Cantos procura reafirmar o talento já esboçado pelo Toque de Arte no CD anterior Samba & Voz (2002). Falta apenas afinar o irregular repertório próprio.
2 Comments:
bando da lua, ouvi falar muito, mas nunca ouvi um disco. será que lançaram uma coletânea deles?
pelos cometários ! aparenta ser bem agradavel o disco , e ainda uma canja com alcione na perfeita Rio Antigo !
dal qual a voz é de arrepiar !
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