Livro faz bom raio-x de D2 entre tapas e beijos
Resenha de livro
Título: Vamos Fazer Barulho! - Uma Radiografia de Marcelo D2
Autor: Bruno Levinson
Editora: Ediouro
Páginas: 240
Preço: R$ 49,90
Cotação: * * *
Mesmo sem ser uma biografia no conceito mais ortodoxo do termo, Vamos Fazer Barulho! refaz - sem preocupações cronológicas e documentais - os principais passos da existência de Marcelo D2. Do nascimento (na Piedade, bairro do subúrbio carioca), às turnês pelo exterior, onde o artista já vem sendo cultuado pela batida que promove a perfeita simbiose entre samba e rap. Através de entrevistas feitas com D2 e com pessoas próximas a ele, o autor faz o raio-x da alma de um homem que, aos olhos públicos, parece marrento. Mas sem apologias ao personagem radiografado. O pai carinhoso de quatro filhos é também apresentado nos depoimentos como o artista bem furão que perde a hora de fotos e entrevistas, mas que, não, nunca faltou a um show, como ressalta o empresário Marcelo Lobatto. A convivência com os colegas do ex-grupo Planet Hemp - solidária e familiar no início, atribulada e profissional a partir do sucesso e da (progressiva) projeção individual de D2 - também é abordada com riqueza de detalhes. Um dos momentos mais tocantes é quando D2 rememora o respeito que imperou entre os integrantes da banda no difícil momento em que amargaram uma semana na cadeia, sob a acusação de apologia da maconha. Levinson também foi atrás de Siro Darlan, um juiz inflexível na perseguição ao Planet Hemp que, sim, revela ter se tornado até um fã de D2 a partir do momento em que o rapper buscou a fusão com o samba. Se a mãe Paulete realça o temperamento doce do filho, que chegou a apanhar dos colegas na infância sem revidar, o próprio D2 lembra seu início na música. Por mostrar D2 muito além do estereótipo do maconheiro irado, propalado pela mídia por conta das letras explícitas e panfletárias do Planet Hemp, a radiografia de Levinson dá contribuição para o entendimento da mente e da personalidade de um artista atuante que, queiram ou não, é dos mais importantes da música brasileira produzida a partir dos anos 90. Entre tapas e beijos, o autor nunca esconde sua admiração pelo amigo D2, mas também não deixa de expor todos os lados de uma personalidade multifacetada como é, afinal, o ser humano. E deixa que digam, que pensem, que falem...
Título: Vamos Fazer Barulho! - Uma Radiografia de Marcelo D2
Autor: Bruno Levinson
Editora: Ediouro
Páginas: 240
Preço: R$ 49,90
Cotação: * * *
Mesmo sem ser uma biografia no conceito mais ortodoxo do termo, Vamos Fazer Barulho! refaz - sem preocupações cronológicas e documentais - os principais passos da existência de Marcelo D2. Do nascimento (na Piedade, bairro do subúrbio carioca), às turnês pelo exterior, onde o artista já vem sendo cultuado pela batida que promove a perfeita simbiose entre samba e rap. Através de entrevistas feitas com D2 e com pessoas próximas a ele, o autor faz o raio-x da alma de um homem que, aos olhos públicos, parece marrento. Mas sem apologias ao personagem radiografado. O pai carinhoso de quatro filhos é também apresentado nos depoimentos como o artista bem furão que perde a hora de fotos e entrevistas, mas que, não, nunca faltou a um show, como ressalta o empresário Marcelo Lobatto. A convivência com os colegas do ex-grupo Planet Hemp - solidária e familiar no início, atribulada e profissional a partir do sucesso e da (progressiva) projeção individual de D2 - também é abordada com riqueza de detalhes. Um dos momentos mais tocantes é quando D2 rememora o respeito que imperou entre os integrantes da banda no difícil momento em que amargaram uma semana na cadeia, sob a acusação de apologia da maconha. Levinson também foi atrás de Siro Darlan, um juiz inflexível na perseguição ao Planet Hemp que, sim, revela ter se tornado até um fã de D2 a partir do momento em que o rapper buscou a fusão com o samba. Se a mãe Paulete realça o temperamento doce do filho, que chegou a apanhar dos colegas na infância sem revidar, o próprio D2 lembra seu início na música. Por mostrar D2 muito além do estereótipo do maconheiro irado, propalado pela mídia por conta das letras explícitas e panfletárias do Planet Hemp, a radiografia de Levinson dá contribuição para o entendimento da mente e da personalidade de um artista atuante que, queiram ou não, é dos mais importantes da música brasileira produzida a partir dos anos 90. Entre tapas e beijos, o autor nunca esconde sua admiração pelo amigo D2, mas também não deixa de expor todos os lados de uma personalidade multifacetada como é, afinal, o ser humano. E deixa que digam, que pensem, que falem...
4 Comments:
d2 fez um disco clássico, a procura da batida perfeita, mas estacionou nele. meu samba é assim não tem o mesmo peso
Marcelo D2, Nação Zumbi e Racionais são as melhores coisas surgidas na música pop nos últimos tempos.
Salve D2, como ele mesmo diria:
Os cães ladram e a caravana não pára.
Jose Henrique
Detesto.
Grande artista...
Ele sim é comercial, mas jamais deixa sua musica virar um besteirol...
Bruno.
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