2 de setembro de 2007

Ed põe boa e soturna música à serviço do teatro

Resenha de Musical
Título: Sete - O Musical
Texto: Charles Möeller
Música: Ed Motta (música) e Cláudio Botelho (letras)
Elenco: Alessandra Maestrini, Eliana Pittman, Gottsha,
Rogéria, Zezé Motta e outros
Em cartaz: Teatro João Caetano (RJ)
Cotação: * * *

Difícil associar o Ed Motta que estreou no mercado fonográfico em 1988 - cantando funk e soul, já na função de condutor da Conexão Japeri - ao compositor sofisticado que estréia no teatro em Sete - O Musical. São de Ed as músicas (letradas por Cláudio Botelho) e a direção musical (com Botelho) da 15ª produção do duo formado por Charles Möeller com Botelho. O refinamento das melodias está em total sintonia com o repertório de recentes álbuns de Ed, como Dwitza (2002) e Aystelum (2005). O que surpreende - e muito positivamente - é a habilidade do compositor de pôr sua música à serviço do teatro. Ed não faria feio na Broadway com temas como Canção em Torno do Defunto, Amigas Cartas, Olha pra mim, Se Essa Rua (com citação da quadrinha Se Essa Rua Fosse Minha) e Meu Peito no Seu. A música de Ed Motta tem um clima soturno e sombrio que acabou inspirando o tom dark da trama de Möeller, costurada com referências aos contos dos Irmãos Grimm e várias alusões a feitiçarias. No eclético e improvável elenco, as mulheres dominam a cena desta (luxuosa) produção. Alessandra Maestrini, Gottsha e Marya Bravo reafirmam a habilidade e intimidade com o repertório de musicais. Zezé Motta e Eliana Pittman parecem bem menos à vontade no tom dos temas de Ed, porém, no todo, deixam boa impressão por conta da larga experiência como cantoras. Já o elenco masculino soa opaco - sem comprometer o brilho de Sete.

10 Comments:

Anonymous Anônimo said...

não posso falar do musical, que não assisti. mas posso falar de
ed, que ficou sofisticado, mas chato

2 de setembro de 2007 às 14:11  
Anonymous Anônimo said...

Olha ali a Ida Gomes, com a maçã na mão!

Terá feito o mesmo papel que dublou no desenho animado de Walt Disney?

2 de setembro de 2007 às 20:04  
Anonymous Anônimo said...

sou fãzaço da ida gomes. belo porte e uma voz maravilhosa. inconfundível.

3 de setembro de 2007 às 17:04  
Anonymous Anônimo said...

sou fãzaço da ida gomes. belo porte e uma voz maravilhosa. inconfundível.

3 de setembro de 2007 às 17:04  
Anonymous Anônimo said...

Será que Eliana Pittman canta "Eu vou de banda / de banda / de banda / eu vou pro lado..."?

4 de setembro de 2007 às 14:30  
Anonymous Anônimo said...

Bom ver Zezé Motta numa boa produção, ela é uma grande artista que foi desperdiçada pelo Brasil.

4 de setembro de 2007 às 19:40  
Anonymous Anônimo said...

Sofisticado? rsrsrsrs...isso e um apelido pomposo pra "sem-pe nem cabeça"?
Ed nao faz mais musica ha tempos...ele brinca de tortura com as notas musicais.

Raros sao os que saem felizes de uma audiçao a Ed Motta hoje, seja em show ou em disco. Mesmo os classicos, ele faz questao de subverter sem aparente direção...apenas joga fora algumas notas que se parecem com as originais, decepcionando e tensionando o ouvinte.

No disco que o trouxe de volta ao publico "MANUAL PRATICO PARA BAILES E AFINS", o produtor Liminha me contou que a UNICA faixa que estourou, "FORA-DA-LEI", so deu certo pois o mesmo foi obrigado a negociar que ali ele nao mexeria em nada...so cantaria...e assim foi feito...e assim deu certo.

A sorte dele, é que ele descobriu cedo que sendo amigo dos jornalistas, o futuro dele estava garantido...e isso ELE PROPRIO me falou varias vezes : Nao arrisco me queimar na imprensa, pois é o que segura a minha carreira.A "musica" que faço nao sobrevive sem a imprensa.

Mauro...deixa essa bobagem pro A.C.MIguel que é baba-ovo incondicional do Ed. Vc nao precisa.
A som que ele tira dos instrumentos é uma falta de honra ao mérito que o povo deu a ele um dia...diria ate um desrespeito.

Chega dessa palhaçada.

5 de setembro de 2007 às 01:39  
Anonymous Anônimo said...

“Estou bastante animado com a peça. Tem música quase operística, diferente do estilo pop do Ed. É dark, obscura, densa. O público vai se surpreender: para o bem ou para o mal”, avalia Claudio Botelho.
Bem, devo dizer que me surpreendi para o mal. Uma lástima de fato, que a sobreposição de dissonâncias sem nexo seja considerada pela crítica carioca boa música de teatro. Ed deveria retornar aos cds de pequena tiragem e deixar música para quem realmente a compreende e respeita.
Sobre o espetáculo que se diz uma fábula ambientada num Rio de Janeiro urbano, digo que nada vi de Rio ou de urbano. Vi clichês circulando por um cenário inexpressivo durante três ou mais horas de tortura musical e visual.
Parabenizo o elenco, pois cantar daquela maneira canções tão anti-musicais não deve ser fácil.
Beijo.

4 de novembro de 2007 às 19:04  
Anonymous Anônimo said...

Que maldade! Tá certo que a música de 7 - o musical está longe, muito longe de ser considerada bonita, mas dizer que é uma tortura já é demais.
Ok, realmente é tortura sim. Tem razão.
Sobre os cenários: não achei inexpressivos. Gostei sim. A luz é linda e o figurino também, embora (mais uma vez vc tem razão), em momento NENHUM evoquem o "RIO DE JANEIRO URBANO" mencionado no programa do espetáculo.
Acho que é um espetáculo de grande valor sim, por ser original. Isso é positivo. Chega desses musicais biográficos chatos e dessas remontagens de enlatados!
Que venham os OITOS, NOVES, mas que sejam, ao menos, mais prazeirosos para os ouvidos e olhos!

6 de novembro de 2007 às 01:23  
Blogger JOANNES LEMOS said...

Estive no Rio no fim de semana de finados e me hospedei em frente ao Teatro João Caetano. E que grata surpresa, descubro que essa peça maravilhosa estava em cartaz bem perto de mim. Achei tudo maravilhoso, figurino, cenário, som, direção. Nota 10 para todos envolvidos com a montagem.

7 de novembro de 2007 às 14:44  

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