Arnaldo também anuncia saída dos Mutantes...
Apenas um dia depois de Zélia Duncan, foi a vez de Arnaldo Dias Baptista (à direita na foto) tornar pública sua saída do grupo Os Mutantes por meio de comunicado oficial assinado por Marcelo Dolabela e enviado aos jornalistas na tarde de sexta-feira, 21 de setembro. A nota lista alguns projetos solos de Arnaldo sem se referir explicitamente ao fato de ele estar se retirando do grupo. Fica tudo subentendido. Mas sabe-se que o irmão de Arnaldo, o guitarrista Sérgio Dias Baptista, tem planos de continuar com o grupo e de gravar o (prometido) disco de inéditas que sairia em 2008. Eis a íntegra do comunicado oficial de Arnaldo Baptista:
Arnaldo Dias Baptista - Um Mutante para Sempre
O ano de 2006 está irremediavelmente inscrito e escrito na história da “cultura rock”. Um feito aparentemente corriqueiro: a reunião de antigos parceiros para um pequeno show de um grupo que havia encerrado seu ciclo vital no longínquo ano de 1972. Seria banal se o grupo em questão não fosse Os Mutantes. Artífice máximo da “contribuição-rock” para o inovador movimento tropicalista.
A breve (re)volta seria para uma apresentação em Londres em uma mostra-evento de comemoração dos 40 anos da Tropicália. Seria, se os aplausos do público e o frenesi da crítica não exigissem novas apresentações. O grupo, agora sem Rita Lee, dignamente substituída por Zélia Duncan, e sem Liminha, montou uma estrutura que permitiu reproduzir as inventivas canções e os geniais arranjos do maestro dadá-soberano Rogério Duprat.
A participação de Arnaldo Dias Baptista foi, sem dúvida, o epicentro do reencontro. O mutante entrou em cena com sua voz valvulada de timbres estranhos e sua imagem nonsense de Don Quixote clown-pop. Europa. Estados Unidos. Brasil. As novas gerações puderam presenciar, estupefatas, a diferença entre “lenda” e “revolução”.
2007-2007. Para Arnaldo, um eterno mutante, a jornada (dos heróis) estava concluída. Agora, era retomar seus projetos solos. Um livro (vida-obra), sob a coordenação de sua colaboradora master, Fabiana Figueiredo. Um longa/documentário produzido pelo Canal Brasil -LOKI - dirigido por Paulo Henrique Fontenelle com produção executiva de André Saddy. Uma exposição de seus bric-à-brac visuais: pinturas, gravuras, desenhos, histórias em quadrinhos, camisetas e objetos. O lançamento em CD de dois álbuns de sua fase solo, ao lado do grupo paulistano Patrulha do Espaço. Uma turnê, com shows-happening. Em cada cidade, um convidado especial. O lançamento, pela Editora Rocco, de seu livro de ficção "Rebelde Entre os Rebeldes". Uma rapsódia joyceana-psicodélica.
Enfim, o sempre mutante, o eterno mutante, o permanente mutante. Parafraseando Wladimir Maiakovski, “cuja anatomia é toda revolução".
Marcelo Dolabela
Arnaldo Dias Baptista - Um Mutante para Sempre
O ano de 2006 está irremediavelmente inscrito e escrito na história da “cultura rock”. Um feito aparentemente corriqueiro: a reunião de antigos parceiros para um pequeno show de um grupo que havia encerrado seu ciclo vital no longínquo ano de 1972. Seria banal se o grupo em questão não fosse Os Mutantes. Artífice máximo da “contribuição-rock” para o inovador movimento tropicalista.
A breve (re)volta seria para uma apresentação em Londres em uma mostra-evento de comemoração dos 40 anos da Tropicália. Seria, se os aplausos do público e o frenesi da crítica não exigissem novas apresentações. O grupo, agora sem Rita Lee, dignamente substituída por Zélia Duncan, e sem Liminha, montou uma estrutura que permitiu reproduzir as inventivas canções e os geniais arranjos do maestro dadá-soberano Rogério Duprat.
A participação de Arnaldo Dias Baptista foi, sem dúvida, o epicentro do reencontro. O mutante entrou em cena com sua voz valvulada de timbres estranhos e sua imagem nonsense de Don Quixote clown-pop. Europa. Estados Unidos. Brasil. As novas gerações puderam presenciar, estupefatas, a diferença entre “lenda” e “revolução”.
2007-2007. Para Arnaldo, um eterno mutante, a jornada (dos heróis) estava concluída. Agora, era retomar seus projetos solos. Um livro (vida-obra), sob a coordenação de sua colaboradora master, Fabiana Figueiredo. Um longa/documentário produzido pelo Canal Brasil -LOKI - dirigido por Paulo Henrique Fontenelle com produção executiva de André Saddy. Uma exposição de seus bric-à-brac visuais: pinturas, gravuras, desenhos, histórias em quadrinhos, camisetas e objetos. O lançamento em CD de dois álbuns de sua fase solo, ao lado do grupo paulistano Patrulha do Espaço. Uma turnê, com shows-happening. Em cada cidade, um convidado especial. O lançamento, pela Editora Rocco, de seu livro de ficção "Rebelde Entre os Rebeldes". Uma rapsódia joyceana-psicodélica.
Enfim, o sempre mutante, o eterno mutante, o permanente mutante. Parafraseando Wladimir Maiakovski, “cuja anatomia é toda revolução".
Marcelo Dolabela
11 Comments:
sem Arnaldo, aconselho Sérgio a pendurar suas chuteiras de vez.
Uma pena essa debandada dos Mutantes, tava botando fé no disco novo, agora, perdi o interesse.
Jose Henrique
Coitado, sem Rita e agora sem Zélia, tá simplesmente se achando! Faz-me rir cidadão!
Tá na cara que houve barraco... claro que eles jamais irão admitir isso.
Pois é, José Henrique...
Será que agora ficou claro que tudo não passou de mais um grande golpe de marketing? Nunca houve a "volta dos Mutantes", logo não pode haver uma debandada.
Eu já tinha feito um comentário nesse sentido quando eles "ressurgiram"...
Já vão tarde. Saudosismo, tou fora.
abração,
Denilson
Nem a ZD conseguiu fazer esses caras sairem do túmulo!! Pô será que não entenderam que acabaram faz tempo? Ficaram tocando pelo mundo feito zoombies. Cai fora, sô.
Essa gente se acha, né não?
Quem foi o infeliz que escreveu esse release? Estou irritada, estragou o meu dia.
'os aplausos do público e o frenesi da crítica
maestro dadá-soberano Rogério Duprat
O mutante entrou em cena com sua voz valvulada de timbres estranhos e sua imagem nonsense de Don Quixote clown-pop. Europa. Estados Unidos. Brasil.
Uma rapsódia joyceana-psicodélica'.
Acho que há algo de podre nesse reino da Dinamarca.
Mas quando a Zélia Duncan disse q ia sair... ja tinha saido na midia que o Arnaldo Baptista tbem sairia...
É uma pena... mas Mutantes ja teve sua história... ja é uma lenda há mto tempo...
Bruno.
KAUS:
Arnaldo sempre foi o cérebro de tudo mas desde que se jogou daquele prédio morreu musicalmente. Era constrangedor vê-lo no palco.
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