Sá e Maranhão fazem sua história no Canecão
Resenha de show
Título: Roberta Sá e Rodrigo Maranhão
Artistas: Roberta Sá e Rodrigo Maranhão
Local: Canecão-Petrobrás (RJ)
Data: 17 de julho de 2007
Cotação: * * * *
"O que a gente está fazendo aqui hoje é história", se empolgou um pouco Rodrigo Maranhão ao fim do show que marcou sua estréia no palco do Canecão - a mais tradicional casa de espetáculos do Rio, espécie de atestado que confirma a ascensão de um artista - em noite dividida com Roberta Sá. Apesar do exagero desculpável pela ocasião festiva, a frase de Maranhão não deixa de fazer certo sentido. O compositor (dos melhores surgidos nos últimos anos) e a cantora (a melhor dentre as projetadas na atual década) fizeram sua história no palco carioca, por si só histórico. E ela, a história, se fez pelo fato de serem dois artistas que transitam na contramão da banalidade imperante nas rádios e que, diante de um Canecão praticamente lotado, receberam a justa ovação por seus trabalhos voltados para a melhor música brasileira - tradicional e moderna.
Maranhão abriu a noite. Mesmo com sua voz pouco talhada para o canto, ele foi seduzindo o público, aos poucos, por conta da beleza de suas composições. Em Bordado, faixa-título de seu primeiro CD solo, o artista já conduzia as palmas da vasta platéia. Em Noites do Irã, canção de beleza pungente, ela - a platéia - já estava nas mãos de Maranhão. E ele, mais solto e com discurso até bem-humorado, já tinha até contado histórias ao apresentar músicas como Três Marias, antes de sair consagrado ao som de Caminho das Águas.
Antes mesmo de entrar em cena, com Eu Sambo Mesmo, espécie de cartão de visitas que anuncia seu gosto pelo ritmo mais popular do Brasil, Roberta Sá já mostrou, no vídeo que abriu o show, que contava com produção à altura do palco que pisava pela primeira vez. E a cantora surpreendeu ao fazer o melhor show de sua ainda curta trajetória. Dirigida por Bianca Ramoneda e por Pedro Luís, Roberta se apresentou com desenvoltura, dançou pelo palco do Canecão e mostrou que, sim, está evoluindo em cena, deixando para trás a intérprete insegura e tímida de seus primeiros shows.
O roteiro foi urdido com mix de músicas do CD Braseiro com as novidades do segundo disco da cantora, Que Belo e Estranho Dia para se Ter Alegria, nas lojas em agosto. A letra de Alô Fevereiro - samba de Sidney Miller - permitiu a rápida interação da cantora com sua banda, que destacou o percussionista Jovi Joviano. Interessa foi acompanhada com palmas pela platéia e reafirmou a leveza da intérprete ao cantar sambas. Já Janeiros marcou a estréia da artista como compositora, em parceria com Pedro Luís. E a canção Mais Alguém - aliás, um dos temas mais bonitos do disco - valorizou a emissão límpida da voz de Roberta.
Ao sambar e rodopiar pelo palco em Pelas Tabelas, Roberta Sá sinalizou que o palco já não lhe mete medo. E Laranjeira, samba do novo disco, garantiu a animação do fim do show. No bis, houve o encontro da cantora com Rodrigo Maranhão em Samba de um Minuto (outra música do próximo disco) e em Girando na Renda (com a adesão dos vocais de Pedro Luís). Enfim, dois belos shows de dois artistas em ascensão que vieram, sim, para fazer história...
Título: Roberta Sá e Rodrigo Maranhão
Artistas: Roberta Sá e Rodrigo Maranhão
Local: Canecão-Petrobrás (RJ)
Data: 17 de julho de 2007
Cotação: * * * *
"O que a gente está fazendo aqui hoje é história", se empolgou um pouco Rodrigo Maranhão ao fim do show que marcou sua estréia no palco do Canecão - a mais tradicional casa de espetáculos do Rio, espécie de atestado que confirma a ascensão de um artista - em noite dividida com Roberta Sá. Apesar do exagero desculpável pela ocasião festiva, a frase de Maranhão não deixa de fazer certo sentido. O compositor (dos melhores surgidos nos últimos anos) e a cantora (a melhor dentre as projetadas na atual década) fizeram sua história no palco carioca, por si só histórico. E ela, a história, se fez pelo fato de serem dois artistas que transitam na contramão da banalidade imperante nas rádios e que, diante de um Canecão praticamente lotado, receberam a justa ovação por seus trabalhos voltados para a melhor música brasileira - tradicional e moderna.
Maranhão abriu a noite. Mesmo com sua voz pouco talhada para o canto, ele foi seduzindo o público, aos poucos, por conta da beleza de suas composições. Em Bordado, faixa-título de seu primeiro CD solo, o artista já conduzia as palmas da vasta platéia. Em Noites do Irã, canção de beleza pungente, ela - a platéia - já estava nas mãos de Maranhão. E ele, mais solto e com discurso até bem-humorado, já tinha até contado histórias ao apresentar músicas como Três Marias, antes de sair consagrado ao som de Caminho das Águas.
Antes mesmo de entrar em cena, com Eu Sambo Mesmo, espécie de cartão de visitas que anuncia seu gosto pelo ritmo mais popular do Brasil, Roberta Sá já mostrou, no vídeo que abriu o show, que contava com produção à altura do palco que pisava pela primeira vez. E a cantora surpreendeu ao fazer o melhor show de sua ainda curta trajetória. Dirigida por Bianca Ramoneda e por Pedro Luís, Roberta se apresentou com desenvoltura, dançou pelo palco do Canecão e mostrou que, sim, está evoluindo em cena, deixando para trás a intérprete insegura e tímida de seus primeiros shows.
O roteiro foi urdido com mix de músicas do CD Braseiro com as novidades do segundo disco da cantora, Que Belo e Estranho Dia para se Ter Alegria, nas lojas em agosto. A letra de Alô Fevereiro - samba de Sidney Miller - permitiu a rápida interação da cantora com sua banda, que destacou o percussionista Jovi Joviano. Interessa foi acompanhada com palmas pela platéia e reafirmou a leveza da intérprete ao cantar sambas. Já Janeiros marcou a estréia da artista como compositora, em parceria com Pedro Luís. E a canção Mais Alguém - aliás, um dos temas mais bonitos do disco - valorizou a emissão límpida da voz de Roberta.
Ao sambar e rodopiar pelo palco em Pelas Tabelas, Roberta Sá sinalizou que o palco já não lhe mete medo. E Laranjeira, samba do novo disco, garantiu a animação do fim do show. No bis, houve o encontro da cantora com Rodrigo Maranhão em Samba de um Minuto (outra música do próximo disco) e em Girando na Renda (com a adesão dos vocais de Pedro Luís). Enfim, dois belos shows de dois artistas em ascensão que vieram, sim, para fazer história...
34 Comments:
é visível (legível?) como Mauro protege Roberta. Ela é boa, mas não é essa Brastemp toda, não
Parabéns Mauro pela resenha do show. Roberta melhor cada vez mais !
Xiiii Mauro... é capaz do Blog cair de pau em você por essa postagem :)
Ouvi Braseiro, realmente fiquei assustada com a limpidez da voz de Roberta, só comparável a de Lucinha Lins e a de Jane Duboc... mas acho que boa parte de seu repertório é fruto de pesquisa, o que me soa chatérrimo. E, principalmente, a interpretação de Roberta precisa melhorar muito pra se tornar a "melhor dentre as projetadas na década".
Em meio a tragédia do dia o Mauro nos brinda com a maravilhosa Roberta Sá.
O bacana da Roberta Sá é que... eu lembro dela no Fama... e po... era crua pra caraio... naum tinha desenvoltura nenhuma... tinha uma presença de palco bem ruim... mas tinha algo que ja chamava a atenção... sua voz... era mto bonita... ainda mais quando ela apresentou Só tinha de ser com voce, de Jobim, e Coração Leviano, de Paulinho da Viola...
Lembro que ela foi uma das 7 primeiras a sair do programa... e eu torcia por ela unicamente por causa da voz... e agora olha onde essa mina táá... Parabééns pra ela... só axu q ela deveria explorar outros ritmos... colocar outros estilos em sua musica... mas tirando isso... ta de parabens...
Bruno.
Bruno,
Ela foi até a semifinal do programa.
Fátima Jurema,
Desde quando repertório baseado em pesquisa "histórica" é chato. Melhor assim do que essas porcarias atuais, sempre lembrando que há algumas poucas coisas novas que são audivéis.
Pode realmente ter parecido um exagero mas, no fundo, não é.
Roberta e Rodrigo são o futuro da música brasileira.
Que belo e promissor futuro!
Fico curioso para saber como estarão os dois, artisticamente, daqui a 10 anos.
Torço para que continuem nos brindando com o composições e interpretações maravilhosas.
Roberta Boa!!! kkkk! Ela é ótima! Só falta um show desses aqui no Recife, pois esse eixo Rio/Sampa cansa minha beleza nordestina! Vem pra Pernambuco visse mulé!
Eixo SP????rs
É ruim dela fazer show solo em SP...
Até hoje, em quase 3 anos de carreira, foram aproximadamente 5 apresentações apenas.
Estive ontem lá no Canecão, e fiquei surpreso ao ver a casa tão cheia (terça-feira, em pleno PAN), com dois artistas que (ainda) não são estrelas conhecidas pelo grande público.
Acompanho a carreira da Roberta desde o lançamento do Braseiro, e ela -- além da voz linda, afinação impecável, graça, beleza e bom repertório -- vem evoluindo no que era seu ponto mais fraco, a desenvoltura cênica. AInda tem feijão para comer nesse ponto (ela às vezes ainda dá a impressão de não estar realmente à vontade no palco), mas o crescimento é visível.
Discordo do Mauro quando ele diz que a voz do Rodrigo Maranhão é "pouco talhada" para o canto. Ao contrário, ele é um dos jovens compositores/cantores com mais segurança vocal, timbre agradabilíssimo, ótima afinação, suingue e dinâmica. Talvez o som dele seja intimista demais para um palco tão grande como o Canecão, mas ele segurou a onda com galhardia, simpatia e tranqüilidade.
PS: Roberta fez shows nas últimas semanas em Curitiba e Natal, quem sabe com o disco novo ela apareça por SP e Recife...
Abs,
Fred
O Rodrigo Maranhão é a melhor surpresa que a MPB poderia nos presentear nessa década.
E o Edu Krieger também.
Oi Bruno,
Sem dúvida o repertório antigão de Roberta ainda é melhor do que muitas "porcarias atuais" como você mesmo disse. E a moça tem mais mesmo é que cantar o que ELA curte. Mas sim, o Braseiro me deu um pouco essa impressão, quem sabe eu tenha outra nos próximos trabalhos. De qq forma, acho que toda essa turma nova que tá abrindo mão de gravar porcarias pra investir na mpb merece respeito.
O Canecão é a pior casa de espetáculos do mundo. Espelunca descreve melhor o ambiente.
Primeiro: onde tem boa música não pode haver bandejas singrando na linha de visão nem barulho de copos e talheres.
Segundo: os donos do estabelecimento ridicularizam o público, oferecendo-lhe cadeiras e mesas bambas, a ponto de quebrar. Sem falar nas toalhas imundas e na estopa que sai dos assentos furados.
Terceiro: a fila para compra dos ingressos caríssimos parece a do INPS. Maltratar é a palavra de ordem.
Quarto: aquelas arquibancadas são um deboche, um convite ao torcicolo e à lordose. Os espectadores mais gregários sempre podem encostar nas pernas do pessoal de cima. E tem umas mesas de refeitório que chamam de camarote! Hahaha.
Achei que aquele armazém de porto fosse ser demolido e transformado em teatro de verdade pela UFRJ, com poltronas, boa visibilidade, sem garçons e sem autos de infração à saúde pública.
Mas os vereadores resolveram tombar, incentivados por um lobby de artistas que evidentemente não estão nem tchum para o público pagante.
E agora vem a Petrobras e subsidia quem já é rico, da mesma forma que faz com o cinema mequetrefe.
Socorro, quero o meu dinheiro de volta!
Caraiooo
deve ser bom o lugar entaum heinn...
Melhor q isso... só o extinto Olympia... rs
Bruno.
Fátima Jurema, qual o problema em fazer pesquisa? Acho que a grande sacada de Roberta é, nessas pesquisas, fugir do óbvio, resgatar canções completamente esquecidas ou praticamente desconhecidas.Só a regravação de uma obra-prima como CICATRIZES já vale o BRASEIRO.
Caminho das aguas é akela musica q o Jorge Vercilo canta com Jorge Aragão
Pq se for... essa musica é animalll... mto bonitaa
Bruno.
Bruno filhinho, a música do Aragão chama-se Encontro das Águas. Meo Deus!
Não, Bruno, aquela é "Encontro das águas"... "Caminho das águas" foi gravada pela Maria Rita.
Puutss... pode crer...
O anonimo das 11:35 ... errar é humanoo...
Valeu pela informação...
Bruno.
Anônimo Julho 19, 2007 12:17 AM
Você disse praticamente tudo...
deixa a Roberta com o repertório que ela melhor se identifique!
Roberta cantando casa pre fabricada naum tem pra ninguem
Bruno.
Tem pra Maria Rita e como tem!
Jose Henrique
Não tem, não!
Com certeza não tem...Maria Rita fez uma versão ultra-monótona da música do Camelo
Maria Rita tem a melhor releitura dessa musica chata ...
GIRANDO A RENDA DEVERIA FICAR DE FORA DO CD PORQUE E MUITO FRAQUINHA
Para quem dúvidas do que o Mauro escreveu, basta dar uma olhada nos vídeos desse show no youtube!
Bom, gostos à parte, Maria Rita fez uma versão mais prevísivel que Roberta que foi mais pro lado da bossa. Maria Rita parece que declama e não canta. Tem gente que não suporta ver o crescimento de Roberta, muito em grande parte pela sua passagem no FAMA. Roberta sempre!
Hummm... comparando o roto com o mal vestido? As duas são insossas.
Tambem acho Maria Rita e Roberta Sa insossas (e superestimadas)...
Maria Rita e Roberta Sá são as melhores cantoras surgidas nos últimos tempos...
Pedro Luis é o grande engodo de Roberta Sá.Nada a ver as musicas que ela canta dele
A Roberta Sá é maravilhosa...
ELa me impressiona, sua voz muda o meu humor, alegra o meu dia..
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