17 de junho de 2007

'Discoteca MTV' lembra as revoluções do RPM

Resenha de programa de TV
Título: Discoteca MTV
- Revoluções por Minuto (RPM, 1985)
Exibição: MTV
Data: 15 de junho de 2007
Cotação: * * *

Semente que fez germinar o fenomenal culto ao RPM, espécie de Beatlemania tupiniquim que marcou o ano de 1986, o belo disco Revoluções por Minuto é um dos trabalhos mais importantes do pop rock brasileiro dos anos 80. "É o melhor disco da gente", reconheceu o tecladista Luiz Schiavon no nono episódio da série Discoteca MTV. Ao analisar o álbum, o programa lembrou o apogeu do RPM sem tocar nas feridas que minariam o sucesso e fariam o grupo se dissolver antes do fim da década de 80 - com direito a várias voltas marketeiras que nem de longe surtiram o efeito devastador daqueles anos de glória e histeria permanente de fãs em hotéis. "Nós saímos diferentes das pessoas que éramos quando entramos...", limitou-se a dizer Paulo Ricardo no episódio.

"A gente fez isso há 20 anos e está vivo", gabou-se o baixista P.A. - como é conhecido Paulo Pagni, que, na época da gravação do LP de estréia do RPM, ainda nem era músico oficial da banda. Luiz Schiavon lembrou que o conceito do som da banda passava pelo tecnopop de bandas como Duran Duran. "Foi ultramoderno para a época. Um disco realmente novo", avalizou o rapper B Negão em depoimento para o programa. "É difícil dimensionar o que foi o RPM", avaliou o jornalista Ricardo Alexandre, autor de Dias de Luta, livro fundamental sobre o rock brasileiro da década de 80.

"A gente tinha conhecimento do que estava fazendo. Queríamos marcar nosso estilo, nossa cara", desmistificou (um pouco) Paulo Ricardo. P.A. recordou que o leilão entre EMI e Sony pelo passe do RPM garantiu ao grupo boas cláusulas contratuais. Já Schiavon lembrou que foi o bom remix de Louras Geladas, e não a gravação original, que invadiu as rádios e detonou a tal revolução. "Paulo Ricardo e Fernando Deluqui eram os caras mais bonitos que tinha na época", testemunhou sem frescura Beto Bruno, o vocalista do grupo gaúcho Cachorro Grande, num depoimento surpreendente.

Escorado nas letras de Paulo Ricardo, o LP apresentou dois lados bem distintos. O lado A era pop. Emplacou os hits Olhar 43, Rádio Pirata, A Cruz e a Espada e Louras Geladas. Já o lado B era mais sombrio, quase dark, e emplacou o hino Revoluções por Minuto, cujo som barulhento da introdução foi extraído a partir da fricção de uma corrente em um cinzeiro. "Eu tive sorte de ter feito parte deste fenômeno", admitiu sucinto o guitarrista Fernando Deluqui.

As egotrips, brigas e orgias derivadas do sucesso do álbum foram omitidas no programa. Mas é inegável que, pelo repertório coeso e consistente e pela sonoridade realmente bem construída, o que passa mesmo para a história do pop nativo é a revolução musical e comportamental causada por um disco que ainda exala frescor 22 anos depois de seu histórico lançamento. É álbum de aura mágica.

13 Comments:

Anonymous Anônimo said...

realmente, um discão. pena que os caras não seguraram a onda.

17 de junho de 2007 às 19:18  
Blogger priscila said...

das melhores coisas que o pop nacional fez. POP com letras garrafais. ah! e ninguém aqui além de mim sentiu a mágoa/raiva entre eles ao comentar do disco?

18 de junho de 2007 às 11:28  
Anonymous Anônimo said...

Um disco histórico, que merece ser lembrado e tido como referência sempre! Importante dizer que eles mais uma vez estão preparando uma volta, com o lançamento de um box c/ um DVD do Rádio Pirata ao Vivo... Já estão inclusive se reunindo para preparar disco de inéditas...

18 de junho de 2007 às 13:19  
Anonymous Anônimo said...

O RPM foi só isso. Depois os egos inflaram e não conseguiram mais trabalhar.
As voltas do grupo são somente para recuperar a conta bancária, o que trazem de novo não supera e nem se iguala a esse primeiro trabalho

18 de junho de 2007 às 15:27  
Blogger Bell said...

O RPM foi a melhor coisa que já aconteceu no Rokc Nacional nos últimos anos,
pena que acabou.

18 de junho de 2007 às 21:22  
Anonymous Anônimo said...

Maria e Priscila estão muito, como diria Cazuza, exageradas.
Uma bandinha muito da meia boca, isso sim.

Jose Henrique

19 de junho de 2007 às 00:59  
Blogger priscila said...

josé henrique, não acho meia boca não. fizeram oq fizeram "sozinhos" e seguindo EXATAMENTE oq foi proposto. na real, depois que reli, até percebi que dexei de esclarecer que o disco foi o melhor do pop. não a banda em si ou os projetos de volta que na verdade sempre foram os mesmo. aliás, o rpm acho que é dos poucos casos no mundo de banda que regravou o mesmo único CD 3 ou 4 vezes. e como disse, acho que eles são bons no POP. ou seja, coisa meio n´sync, backstreet boys. pq vamos combinar, deluqui e pr não passam disso, hehe... agora, se formos abranger pro rock... eles ficam devendo. e mto!

19 de junho de 2007 às 10:57  
Anonymous Anônimo said...

Ahhhhhhhhhh Priscila, agora entendi, o parâmetro é o N'sync e o Backstreet boys.
Putzzzz, vc acabou com o RPM, ehehhehhee
Essas duas bandas que vc citou são o pior do POP, ou seja, o POP fake.
O RPM fez muito sucesso, mas em termos de influência paras as futuras bandas, em termos de legado musical, sua importância é perto de zero.
Mas,entendi o quis dizer.

Jose Henrique

19 de junho de 2007 às 14:20  
Anonymous Anônimo said...

Não gosto dessas comparações,
O RPM tem sua importância no cenário músical sim!!!se não tivesse não seria lembrada e comentada até hoje.
...importância perto do zero ??? deve ser inveja.

20 de junho de 2007 às 08:02  
Blogger priscila said...

HAhaHAha...pô, gente, que isso! n´sync e backstreet boys é super bem produzidos. independente de gostar ou não, há de se dar a mão à palmatória e admitir isso. não curto esse som, mas pelo menos é bem feito. faz oq se propõe. e bem feito. idem american idols da vida. até pq hj em dia (ainda mais na gringa) os discos são 50% produção, 50% talento/artista (isso qdo essa esquação não muda). portanto, acho que o rpm foi, sim, bem produzido na época. fazia algo divertido e despretensioso como a música tb pode (e deve, as vezes) ser. a comparação que fiz não foi relativa ao som, mas à importância pro cenário musical. até pq, jose, concordo contigo... em matéria de relevância/influência musical, a banda não apresentou nada de novo. a revolução ficou só no nome.

ah! e pra acabar, vi o show do backstreet boys aqui no brasil. vou falar, dá pau em mta atração rock/mpb/fodona por aí. ;)

20 de junho de 2007 às 10:57  
Anonymous Anônimo said...

Priscila, não conta essas coisas("fui ao show do Backstreet Boys")queima seu filme, mocinha. :>)
Pra dona Bel: E eu lá vou ter inveja de gente que faz som medíocre, eu tenho "inveja" de John Lennon, de Jimi Hendrix, do Noel Rosa, do Luiz Gonzaga, do Chico Buarque, do Raul Seixas etc.
Meu nível é um pouquinho mais alto. :>)

Jose Henrique

20 de junho de 2007 às 15:03  
Anonymous Anônimo said...

Essa priscila deve ser fã do Legião urbana , Cazuza e outros do gênero pois a maioria daqueles que criticam o RPM vem deste ninho.
Averdade é que os caras produziram um disco de rock incomparável até os dias de hoje "radio pirata ao vivo" no qual causou uma histeria no publico na época parecida com os beatles no qual nenhuma banda no brasil conseguiu fazer e nem chegou perto............E oque mais chateia é ter que escutar comentários pobres come estes de Priscila dizendo que não inflenciou ninguém.........qual banda não queria ter o sucesso que eles tiverão na época e vender 3 milhoes de copias em um disco ao vivo........ter um globo reporter especial só para Eles ou ser capa da revista veja, isto é, etc, ter a musica mais executada da historia do brasil "London London"lotar estadios de futebol no brasil inteiro..........Se isso não influencia então Oscar do basquete não influenciou, Pelé não inflenciou, Guga não inflenciou na verdade priscila é que não influencia ninguem com este comentario pobre decepcionante........

29 de julho de 2007 às 17:50  
Anonymous Anônimo said...

alguem ai sabe as notas do teclado na introdução da música revoluções por minuto, o q fica tocando o tempo todo em um sequencer?

15 de abril de 2009 às 22:03  

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