24 de março de 2007

'Tecnomacumba' é trabalho feito com força e fé

Resenha de
show
Título:

Tecnomacumba
Artista: Rita

Ribeiro
Local: Teatro

Rival (RJ)
Data:
23 de

março de 2007
Cotação: * * * *

A impressão que se tem, a cada vez que Rita Ribeiro inicia seu bem-sucedido e já azeitado show Tecnomacumba, é que a platéia (jovem) recebe coletivamente um santo. Somente isso poderia explicar o transe evidenciado em cada apresentação. Na noite de sexta-feira, 23 de março, o curioso fenômeno se repetiu no Teatro Rival, casa carioca em que o lotado show se consolidou - depois de ter estreado em 2003 no Ballroom - e para a qual voltou esta semana em concorrida minitemporada que badala o homônimo disco gravado em estúdio pela intérprete com recursos próprios e editado pela Biscoito Fino em novembro.

Ao centro do palco, antes do show, um arranjo de rosas vermelhas meio que prepara o clima. Ao entrar no palco, entoando a capella o tema Divino, de seu primeiro CD, Rita Ribeiro já está em casa. E, por conta do axé da cantora, no segundo número, Jurema, a pista já encheu. E assim - cheia - permanece até o fim da apresentação. Com gestuais fortes, a artista parece à vontade no terreiro. Dança, canta e comanda a massa ao som de temas de inspiração africana como Domingo 23 (Jorge Ben Jor), Moça Bonita (do repertório de Ângela Maria nos anos 70), Babá Alapalá (Gilberto Gil), É d'Oxum (hit de Gerônimo que ganha citação de Emoriô, outra de Gil - com João Donato) e Coisa da Antiga (hit da obra de Clara Nunes), entre muitos outros. O vermelho predomina na iluminação, ajudando a esquentar um show já em si caloroso. E Rita Ribeiro nunca perde o pique: ela apresenta sua banda, saúda os orixás (e o fiel público do show) e sai de cena ao som de Cavaleiro de Aruanda, o sucesso de Ronnie Von nos anos 70. A pista ferve. O público parece exorcizar os demônios. E o fenômeno Tecnomacumba promete voltar à cena. Deu tão certo que parece trabalho feito. É coisa feita com fé!

10 Comments:

Anonymous Anônimo said...

moro em são paulo e queria ver esse show por aqui. ou será que veio e eu não vi?

24 de março de 2007 às 17:41  
Anonymous Anônimo said...

Essa mulher é chata demais!!!!

24 de março de 2007 às 22:53  
Anonymous Anônimo said...

Querido Mauro, que bom que vc viu esse LINDO SHOW. Eu simplesmente ví todas as apresentações desde o Ballroom até hoje. Essa MARAVILHOSO, ENCANTADOR e OUSADO Show,l só cresce emelhora a cada apresentação e assim tbm. seu público. Que maravilha ver e ouvir TODA aquela juventude se esbaldando de cantar e dançar TODAS as músicas do TECNOMACUMBA.
SALVE RITA, SALVE SUA CORAGEM E DISPOSIÇÂO DE OUSAR E ACERTAR.
Hoje tem TECNOMACUMBA de novo, só que agora na Marina da Glória, e nossa galera marcará presença mais uma vez.
VAMOS MACUMBAR!!!!!!

25 de março de 2007 às 08:47  
Anonymous Anônimo said...

Só pode!
Rita é corretíssima nos CDs e sensacional em cena. Tem estilo e verdade. E uma voz que os registros em CD ainda não captaram integralmente.
Espero que este 'terreiro' aporte em São Paulo. Estamos precisando de um 'descarrego'.

25 de março de 2007 às 10:34  
Anonymous Anônimo said...

Salve Rita, há tempos que ela merece um bem sucedido show, e deste o sucesso. Ela é ótima. Saravá!

25 de março de 2007 às 14:32  
Blogger Jorge Reis said...

Já olho com carinho para Rita desde o primeiro CD, sempre inovou, dessa vez acertou o publico e a critica, é deve ser "coisa muito bem feita"...

25 de março de 2007 às 20:14  
Anonymous Anônimo said...

EQUIVOCADA !!!

26 de março de 2007 às 00:23  
Anonymous Anônimo said...

O disco ficou uma delícia, principalmente a faixa de abetura, A deusa dos orixás ( Clara Nunes ), Cavaleiro de Aruanda ( Margareth Menezes ) e o delicioso Tambor de criola ( Alcione ), que apesar de não ter nenhum tipo de vinculo religioso está no CD. Adorei.

26 de março de 2007 às 09:53  
Anonymous Anônimo said...

Ela assassinou as músicas da Clara. Bem se vê é o tecnofeiticeira . Despacha na encruzilhada que é muito ruim.

26 de março de 2007 às 10:46  
Anonymous Anônimo said...

Gosto dessa canção 'É d'Oxum'. Vai embalando a gente num suave afoxé.

26 de março de 2007 às 18:28  

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