Retrô 2006 - Aos 68, Orlandivo retorna ao disco
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Aos 68 anos, Orlandivo se mostrou em grande forma. A voz, claro, já não era a mesma dos áureos tempos, mas - no caso dele - o que sempre contou foi o molho, a divisão de seus sambas sincopados. Que desceram redondos em Sambaflex. O CD nem precisava da releitura eletrônica de Vô Bate Pá Tu, sucesso da efêmera dupla Baiano e os Novos Caetanos nos anos 70, já que o repertório se sustentou muito bem entre regravações de sucessos de Orlandivo (Chavinha, Bolinha de Sabão, Sambadinho, Samba Toff) e várias músicas inéditas em disco - algumas realmente novas como a boa faixa-título, Sambaflex, parceria do artista com o percussionista Beto Cazes. Outras tiradas do baú, caso de Eu Vendo um Samba, escrita há 35 anos (e nunca gravada pelo autor nem por ninguém).
Bastou ouvir Palladium - parceria de Ed Lincoln com Orlandivo, composta em 1975 e gravada em 1977 para disco reeditado pela EMI em 2005 - para atestar que o balanço do artista permanecia contagiante e ainda moderno. Com sambas sacudidos de Dorival Caymmi (Doralice, Rosa Morena) e clássicos do sambalanço como Boogie Woogie na Favela, Orlandivo voltou à cena com um disco delicioso à altura de seu passado e do Rio das décadas de 50 e 60.
1 Comments:
craque!
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